19 - Esquadra Azul

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     Como o primeiro ser servil a entrar na esquadra azul, Sorah havia conseguido o respeito e ao mesmo tempo a admiração de sua família e de todas as outras de classe servil, seu nome era comentado por todos os cantos do mundo mágico inclusive po...

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     Como o primeiro ser servil a entrar na esquadra azul, Sorah havia conseguido o respeito e ao mesmo tempo a admiração de sua família e de todas as outras de classe servil, seu nome era comentado por todos os cantos do mundo mágico inclusive por famílias reais que não compreendiam o decorrido.

     Seria mérito ou apenas sorte? Ninguém sabia. Ao acordar Sorah recebeu uma grande surpresa, as notícias haviam chegado aos ouvidos de Nicholas, que orgulhoso do grande desempenho da filha mandou-lhe um bilhete através da magia "telegrama" capaz de enviar uma mensagem instantânea entre seres que possuem uma conexão. Ao se deparar com uma bolha flutuando sobre sua cama, ela deu uma leve risada e rapidamente a perfura com o dedo indicador e no ambiente pôde se ouvir:

     — Meu orgulho, sabia que você era capaz de fazer o impossível, desejo sorte na sua jornada, te amo filha!

     Com o fim da mensagem, Sorah abriu um largo sorriso e seus olhos umedeceram de emoção, era um sentimento estranho, sempre como a "sem magia" a sensação de fracasso transbordava e uma situação ao acaso mudou tudo. Ao olhar pela janela e notar a posição do sol, ela percebeu o quão tarde era e apressadamente se arrumou e partiu para o instituto mágico.

     Depois de atravessar os céus e enfim chegar ao seu destino, a garota pousou sobre o pilar da torre azul, quando olhou para o pico da torre uma presença desconhecida a abordou o reluzir de cachos dourados, o manto azul vivido e uma forte presença a intimidou, buscando um refúgio longe da figura inibidora, ela deu alguns passos e afastou-se, mas sentiu que os olhos azuis a rodeava. Com passos largos a jovem desconhecida rodeou Sorah e com um tom irônico falou:

     — Você é a famosa?

     — Famosa? Eu? —Com certo temor do desenvolver da situação, Sorah balançou a cabeça em negativa e falou. — Imagina!

     — Sorah, correto? — A jovem questionou.

     — Sim, e você quem é? — Mesmo tímida, Sorah cedeu a curiosidade.

     — Você não sabe quem eu sou? — Enfurecida, a jovem jogou os cachos louros de lado e falou. — Volt, Volt Elétrons! — Lembre-se desse nome! — Ao concluir saiu andando de modo agitada e adentrou a torre azul.

     Aquela situação ainda não havia sido desvendada por Sorah que observava Volt distanciar-se, em sua mente palavras rondavam, "Volt Elétrons, esse nome não me é estranho, esse cabelo dourado, olhos azuis, de onde eu me lembro disso?" Com uma feição de surpresa, ela falou alto:

     — A princesa! — Em seguida tapou sua boca com as mãos e apenas em seus pensamentos presumiu "agora sei por que ela ficou brava."

     Iniciando sua jornada na esquadra azul de um modo desastroso, Sorah ergueu a cabeça e deixou de lado seus pensamentos inconclusivos e adentrou na imensa torre. Pelos corredores olhares a intimidava, olhos reais curiosos a respeito de um ser servil, como refúgio de tanta atenção, ela adentrou o banheiro e escondeu-se numa das cabines, sua respiração ofegante demonstrava estresse que só aumentava ao ouvir os sussurros.

     — Soube o que a recruta servil fez?

     — Não, me conta!

     — Disseram que ela tratou mal a princesa e antes mesmo de pôr os pés na torre já estava arrumando confusão.

     — Esses servis são uns selvagens, ela é de uma classe inferior e ainda pensa que pode chegar nessa esquadra como a tal só por que foi a primeira servil a conseguir isso, ela não pode tratar a princesa assim.

     — Acho que foi um erro do túnel do destino, deveria ser proibido servis na esquadra azul, temos que dar um basta nessa servilzinha.

     Ouvido cada palavra daquela conversa carregada de ódio e preconceito a seu respeito, Sorah suava frio e lutava com todas as suas forças para não responder as garotas com as palavras que elas mereciam ouvir. O desfecho daquela conversa seguiu:

     — Não apenas nessa servil e sim em todos esses seres indignos, todos deveriam ser extintos.

     — Extinção aos servis! — As garotas falaram em uníssono em meio a risadas sádicas.

     Esse foi o estimulo final que motivou Sorah a chutar a porta da cabine do banheiro fortemente e impulsiva encarava as garotas, sua feição irada amedrontou as jovens que gritaram de susto. Com a voz embargada por tamanha revolta, ela gritou:

     — Extinção a maldade e aos sentimentos ruins, extinção ao preconceito e a indiferença, extinção a classes e divisões sociais. — Ofegante, Sorah proclamou. — Extinção a tudo de ruim que há no mundo mágico!

     Com o fim do discurso, as garotas correram e rapidamente saíram do banheiro com uma expressão de espanto, rondando pelos corredores subiram as longas escadarias até o topo da torre e adentraram a sala do embaixador da esquadra azul.

     Depois de refletir um pouco, Sorah partiu para a introdução da esquadra que ocorreria no salão de eventos, pelo caminho, Volt Elétrons a fitou com um sorriso irônico, o desconforto a fez desviar o olhar rapidamente, ação não efetiva, pois Vol...

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     Depois de refletir um pouco, Sorah partiu para a introdução da esquadra que ocorreria no salão de eventos, pelo caminho, Volt Elétrons a fitou com um sorriso irônico, o desconforto a fez desviar o olhar rapidamente, ação não efetiva, pois Volt aproximou-se e maliciosamente falou:

     — Chegou agora e já está se achando a própria rainha, mas sabe bem que não passa de uma servil qualquer. — Enquanto colocava sua franja atrás da orelha, Volt provocou. — As consequências de suas ações baterão a sua porta.

     Ao fim do comentário, uma senhora de meia idade com vestimentas azuis abordou Sorah, com uma feição séria a senhora comunicou:

     — Sorah Esperança, o senhor Flamel Chamas embaixador da esquadra azul está a aguardando em sua sala. — Virando-se e iniciando a caminhada, a senhora ordenou. — Siga-me!

     Acatando as instruções, Sorah seguiu o ordenado, ao fundo pôde ouvir a gargalhada de Volt e todo o burburinho pelos corredores, isso gerou nela um grande rancor em relação aquela gente. Mesmo fervendo de ódio, ela caminhava rente a senhora, subiu as escadarias com a cara fechada mantendo o silencio e enfim chegou a temida sala.

     Frente ao embaixador, Flamel encarava a recruta servil com seus olhos fervorosos como o fogo, sua testa enrugada e feição séria transpareciam arrogância, o silencio era gritante e mesmo cheia de razões por trás das suas ações, Sorah mantinha-se calada. Olhando fixamente para a recruta com intuído de amedrontar, o embaixador iniciou a bronca:

     — Temos padrões elevados na esquadra azul, não imagino como alguém como você tenha conseguido a proeza de torna-se um membro, suas ações iniciais provam que não pertence a este lugar. Espero que não volte a arrumar confusão com nenhum de nossos integrantes, você como um ser de classe servil deveria saber o seu lugar, curve-se as novas regras ou o que ultrapassar os nossos limites será cortado.

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