11 - Novo ser

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     A voz rouca calou-se aos poucos e em meio silencio, Sorah virou-se rapidamente para verificar quem havia falado, atrás de si pôde enxergar uma velha senhora, sua pele era enrugada suas vestes desgastadas tinham um tom acinzentado, seus cabelo...

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     A voz rouca calou-se aos poucos e em meio silencio, Sorah virou-se rapidamente para verificar quem havia falado, atrás de si pôde enxergar uma velha senhora, sua pele era enrugada suas vestes desgastadas tinham um tom acinzentado, seus cabelos bagunçados na altura dos ombros demarcavam bem um ponto expressivo em sua aparência, escamas com uma coloração verde escuro preenchiam o a parte posterior do seu pescoço.

     Vendo a expressão de medo que havia causado com sua aparição repentina, a senhora caminhou vagarosamente e aproximou-se de Sorah e levemente pousou sua mão sobre o obro dela. Vendo os olhos da garota se arregalar de medo, a velha tratou de se pronunciar para findar com a situação estranha que causou:

     — Agradeço por ter salvado meu lar, jovem de bom coração.

     Sem palavras naquele momento, Sorah apenas acenou com a cabeça, a senhora então afastou-se dando alguns passos para trás, aliviando assim a tensão da sua presença. Depois de alguns minutos de um absoluto silencio, a velha se apresentou:

     — Pode me chamar de Ciranda. — Com uma expressão confusa, ela constatou. — Na verdade, você deve me chamar assim, porque esse é o meu nome.

     — Eu me chamo Sorah. — A garota disse, em seguida deu uma risada forçada, e apressadamente tratou de encerrar o assunto. — Agora eu tenho que ir.

     Com passadas ligeiras, Sorah distanciava-se do casebre, pois temia que a história relatada pelos garotos fosse verdade, e arrependeu-se por intervir em assuntos que não compreendia. Depois de uma curta caminhada pela floresta, ela notou que alguém a seguia e então uma voz soou:

     — Sabe eu também tinha que vir. — Ciranda disse acompanhando a garota.

     — Sério? — Sorah balbuciou e em seguida apressou ainda mais a caminhada.

     — Mas era apenas para saber se está tudo bem? — Ciranda ultrapassou a garota e à frente constatou. — Suas roupas estão bem surradas, queria me certificar da sua segurança.

     A demonstração de preocupação em relação ao seu estado, deixou Sorah ainda mais em dúvida quanto ao caráter daquela senhora. O mundo molda escolhas e transforma vidas, mesmo que as aparências mostrem um determinante há sempre a possibilidade de uma verdade diferente.

     — Eu estava praticando minha transformação. — Sorah falou baixinho, ainda com um tom de desconfiança revelou. — Depois de muito treino minhas roupas ficaram assim.

     — Garota você ainda não conseguiu sua forma mágica? — Questionou Ciranda.

     — Estou trabalhando nisso. — Sorah respondeu desanimada.

     — Mas...— Antes que Ciranda interrogasse, houve uma interrupção adiantando a resposta da pergunta que ela faria.

     — Sim, eu já completei quinze ciclos. — Cabisbaixa, Sorah contou o seu drama. — Todos já me consideram uma sem magia por esse fato, mas mesmo assim tenho trabalhado para provar que estão errados.

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