O grande iceberg esfriou todo o salão e espalhou pequenos flocos de neve que se despregavam e flutuavam sem destino o frio trouxe uma sensação de tristeza a Silfo, quando um dos flocos de neve pousou sobre o seu nariz não apenas o seu corpo, mas também a sua alma se tornou fria, ele sabia o significado daquilo era como um aviso de que seus pupilos haviam chegado ao extremo. Fechando os olhos, ele fez uma prece ao universo para que eles estivessem vivos e para que todos pudessem se recuperar de qualquer ferimento sofrido.
Assim que a consciência de Genitor se apagou, Genetriz sentiu um forte aperto, pois sabia que seu companheiro havia perdido, era difícil para ela acreditar na derrota, mas diante de uma evidência como aquela não havia como revogar a veracidade de um fato. Para ela não existia dor ou luto, tudo o que ela conseguia sentir era sede por vingança, cerrando os punhos aquele seria seu método de amenizar os sentimentos incompreensíveis que percorriam por todo seu corpo, ainda invisível ela pronunciou-se:
— Não entendo, como puderam vencer o pai de todos?
Com o sentimento de que deveria vencer aquela luta a qualquer custo como uma forma de apagar a derrota, Genetriz encontrava-se totalmente desestabilizada e ao contorcer o pescoço ela atacou aos berros:
— Ninguém jamais me venceu, ninguém jamais me vencerá!
Os gritos entregavam a posição de inimiga que se aproximava para prosseguir com a batalha, com a sua audição, Silfo percebeu que Genetriz vinha em sua direção e antes que ela pudesse se aproximar o suficiente o forte sopro da ativação "vento pungente" a afastou. Tomada pelo ódio, Genetriz era indiferente à dor causada pelo vento cortante e manteve-se rente na empreitada combatendo a magia com o próprio corpo, ela continuou seguindo em frente ultrapassando o forte vento talhante.
Mesmo sem enxergá-la, Silfo sentia o corpo da inimiga cortar sua magia e persistir em atacar aproximando-se rapidamente, ao perceber a presença dela cada vez mais perto, ele cancelou a magia e saltou para longe antes que ela chegasse perto demais. Esquivar não foi uma boa ideia, pois a presença da inimiga sumiu e quando ele pensou estar distante o suficiente, Genetriz o surpreendeu com o fortíssimo soco na nuca, cuspindo sangue ele cai em velocidade e um segundo impacto ainda mais forte o atinge na barriga lançando-o de volta para cima.
Sangrando e sentindo fortes dores, Silfo não conseguia se sustentar no ar e nem reagir aos golpes sofridos e com isso, Genetriz aproveitava-se da imediata fraqueza do seu adversário e o aplicou um terceiro golpe aumentando exponencialmente a força, tentando acabar com luta o quanto antes para que ela pudesse enfim procurar o paradeiro de Genitor, ela manteve a pressão e aplicou golpes cada vez mais poderosos lançando Silfo de um lado ao outro neutralizando qualquer reação que ele pudesse apresentar.
Caída em meio a escuridão do salão, Sorah vagarosamente abre os olhos e ainda confusa enxerga tudo embaçado ao ouvir o barulho da batalha ela passa a mirar o alto e aos poucos focaliza o que está ocorrendo, notando a situação complicada em que Silfo se encontrava, ela desesperou-se e usou todas as suas forças para conseguir levantar. Dando passos desajeitados ela conseguiu sair dos rochedos onde deixaram-na, tentando carregar sua magia vem o fracasso, depois da dura derrota seu corpo estava esgotado, mas nem mesmo diante dessa grande dificuldade a garota desistiu de continuar, seguiu carregando continuamente a sua magia depois de algumas falhas e persistência trouxe-lhe a almejada forma mágica, assim que o brilho da transformação cessou veio a prece:
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Há Magia
FantasíaUm céu real e uma terra servil dividiram uma sociedade em mundo onde há magia. Em meio a conflitos o mundo mágico moldou-se em sua imensidão, cheio de histórias e tradições, seres mágicos convivem entre ordens e leis, ramificados por classes e famíl...