Pelo imenso salão as cores cintilavam afastando a escuridão e percorriam para junto da grande esfera magica que habitava o ponto central daquele ambiente. No canto próximo à entrada, Silfo e seus aliados encavam os sequestradores que haviam os encurralado e para saírem vivos dali eles tinham que lutar.
Ao encarar a face de Genetriz, Sorah tremia e seu corpo estava gélido era um sentimento intenso demais para decifrar, interpretava como medo e noutra vez como ódio pela dor que aquele ser lhe causara. Ninguém ousava atacar primeiro era apenas uma luta de olhares como se analisassem a situação, mesmo com tanto estudo nenhum dos lados declarava o primeiro movimento.
Um forte vento soprou e mesmo a mais gélida do grupo sentiu um arrepio, Quione que tinha grande resistência ao frio notou sua pele enrijecer rapidamente, a pressão causada pelo vento aumentava cada vez mais e uma presença maligna aproximava-se. No ápice da ventania um vulto passou rapidamente entre os infiltrados e o mal se revelou, o poder era tão grandioso que Jherfs tinha dificuldades em se mover e foi necessária uma grande força para enfim conseguir mover o rosto e enxergar o poderoso ser.
Olhos profundos carregados de ódio e magoas que chegavam a causar dor apenas com um olhar, a pele era tão alva e opaca como se nunca tivesse visto a luz, cabelos negros que se escondiam na escuridão com pontas que roçavam nos ombros, ao primeiro passo seus pés descalços marcaram a terra ao chegar mais perto sua camisa de mangas largas mostrava os diversos desenhos que pintavam seus braços e corpo, sua boca pouco se abria, mas sua voz causava temor a todos os ouvintes:
— Sou Filius o filho do mundo! E amos todos vocês meus irmãos, até mesmo os que me causaram dor, sinto muito ter que fazer isso, mas esse é um bem necessário para alcançar a minha plenitude. — Vagarosamente ele estendeu o braço e com o indicador apontou para Jhérfs. — Ainda preciso extrair a magia da família Sônico, os outros são descartáveis.
Filius consumia todos os sentimentos apenas com seu forte olhar que por um instante se encontrou com os olhos de Sorah, ele sentiu uma estranha magia exalar daquela garota, sem conseguir distinguir de que família aquele poder se tratava sabia que não tinha capturado ninguém com poder semelhante àquele, então apontou para o rosto dela e se pronunciou:
— Esperem! — depois de uma pausa para análise ele prosseguiu. — Essa garota, ela tem uma magia que ainda não extraímos deixem-na viva também.
— Ela pertence à família Esperança, eu mesma capturei a prima dela e matei a matriarca de sua família, ela está viva porque eu esqueci de matá-la. — Genetriz explicou.
Aquelas palavram trazia grande tristeza a Sorah, de seus olhos começavam a escorrer lagrimas de dor, ao mesmo tempo em que sentia um medo extremo por estar sob o mirar de Filius que ainda insistia na sua convicção:
— Não é a única magia que sinto nela, tem algo grandioso nesse ser. — Com seu corpo vibrando em alta velocidade, ele falou. — Siga as minhas ordens!
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Há Magia
FantasiUm céu real e uma terra servil dividiram uma sociedade em mundo onde há magia. Em meio a conflitos o mundo mágico moldou-se em sua imensidão, cheio de histórias e tradições, seres mágicos convivem entre ordens e leis, ramificados por classes e famíl...