Capítulo 17

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Eu teria lido suas cartas de amor todas as noites
E fugido e deixado tudo para trás
Você ainda teria sido meu, nós teríamos sido atemporais

Timeless — Taylor Swift

Mordisco o lábio inferior enquanto caminho pelos corredores do colégio, sentindo os olhares debochados das garotas em mim

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Mordisco o lábio inferior enquanto caminho pelos corredores do colégio, sentindo os olhares debochados das garotas em mim. Desde o desfile eu tive que faltar, mas agora preciso realizar as últimas provas.

Coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e caminho até o meu armário. Pego a chave e destranco, colocando alguns livros dentro dele. Escuto pelos alto-falantes sobre o baile de conclusão e suspiro quando ouço que irão eleger uma nova rainha e um novo rei. Sempre fui a rainha do baile, mas agora não faço a mínima questão de estar aqui.

— Angel, que bom que voltou — escuto a voz do Rilmer, ele é o capitão do time e o cara mais popular do colégio. Ele foi o rei do baile ano passado — Tem um minuto? — aceno impaciente e ele estende uma rosa vermelha para mim.

— Pra mim? — me finjo de surpresa e pego a rosa — Obrigada — sussurro falsamente e querendo revirar os olhos — O que quer?

— O baile está logo aí. Você foi a rainha do baile todos os anos, mas agora sua situação está meio complicada já que não que mais uma estrela ou importante — ele diz tranquilamente e respiro fundo para não me irritar — Mas eu ainda sou o cara popular, e se quiser recuperar sua dignidade deveria sair comigo, linda — coloca a mão no armário e se aproxima mais de mim.

— Minha dignidade? Como é que é? — sussurro, não acreditando no que eu ouço.

— Sabe, você ainda é a mais bonita, só não é mais a importante. Se quer ser a rainha do baile de 1993, comece a sair comigo. Sua popularidade voltará em um estalar de dedos. Posso levar você ao topo — seguro o riso e ouço o sinal tocar, e os alunos saírem dos corredores.

— O que te faz pensar que eu preciso de você para chegar ao topo? — pergunto sorrindo divertida e ele me olha sem entender — Por que você não pega a sua popularidade e enfia no meio do seu rabo — sussurro em seu ouvido e o empurro, me afastando dele.

— Como é? Eu estou te fazendo um favor, Angel. Acha que ainda será respeitada nessa cidade sem ao menos ser popular?! — ele segura meu braço e o olho séria.

— A única coisa que eu sei é que não preciso de você. E se quiser continuar com a mão, sugiro que solte o meu braço agora — digo entre dentes e ele larga. Encaro o corredor vazio e prendo a respiração ao ver o Hades aparecer de cabeça baixa e com o telefone na mão. Sinto meu telefone vibrar com uma mensagem de texto e tiro da bolsa.

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