Capítulo 15

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Porque, amor, eu poderia construir um castelo
Com todas as pedras que jogaram em mim
E todo dia é como uma batalha
Mas todas as noites conosco são como um sonho

New Romantics — Taylor Swift

Assopro a fumaça encarando o céu estrelado e sentindo a cabeça latejar

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Assopro a fumaça encarando o céu estrelado e sentindo a cabeça latejar. Não era desse jeito que eu pensava que seria a conversa com a Angel. Foi fodidamente cruel.

— Angel, vem cá! — grito olhando para cima e ajeitando o cigarro entre os dedos — Garota teimosa do caralho — sussurro quando não ouço resposta e nem escuto seus passos — Merda — jogo o cigarro no chão e encaro a cama dentro da casa, não a vendo.

Sigo em passos duros até dentro da casa e franzo o cenho quando não a vejo. Enrijeço os músculos olhando para a cozinha e não a vendo em lugar nenhum. Chamo seu nome novamente e não obtenho resposta.

Encaro a geladeira aberta e meus olhos vão em direção às cervejas, as drogas em sacos e fico rígido. Sinto os pelos da nuca se arrepiarem e cerro as mãos em punhos.

— Hades!!! — ouço seu grito vindo da porta dos fundos e saio disparado, vendo um cara caído no chão e um vaso de vidro quebrado. Meus olhos vão em direção a Angel e ela corre para meus braços, me apertando — Eu mordi ele e acertei sua cabeça com o vaso — sussurra trêmula, segurando o lençol que envolve seu corpo — Acho que e-ele queria me...— ela não completa e eu entendo.

— Filho da puta! — sussurro enxergando tudo vermelho e me agacho, começando a socar a cara do verme.

Escuto a voz da Angel gritando para que eu pare, mas eu não consigo. Eu só penso em cortar as mãos dele e arrancar seus olhos.

— Ele não fez nada, Hades. Não me tocou assim — grita puxando meu braço e eu não consigo me conter, apenas faço esse cara ter se arrependido de ter nascido — Hades, alguém está chegando — Angel sussurra puxando meu braço e largo o verme no chão. Me afasto dele com as mãos ensanguentadas e encaro a Angel.

Ouço o barulho de pneus de carros na estrada de terra e seguro um xingamento. Encaro a minha garota que está com os olhos marejados e o cabelo bagunçado. A puxo para os meus braços e a abraço apertado, cheirando seu cabelo e sentindo a merda dos meus olhos arderem.

— Hades, está tudo bem. Eu estou bem — ela sussurra passando a mão na minha barriga e afastando o rosto para me olhar — Eu juro que estou bem — diz segurando meu rosto — Nós temos que ir, agora — fala e apenas encaro o maldito no chão. Ele está apenas desmaiado, logo vai acordar. Cerro os punhos novamente e sinto uma vontade de foder com a vida dele e enterrá-lo numa maldita cova.

— Pega as coisas e corre pra floresta, Angel — digo sério quando vejo os faróis do carro — Corre Angel! — mando e ela assim faz, correndo para dentro da casa e pegando nossas coisas.

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