Capítulo 5

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E então veio o frio com os dias escuros
Quando o medo invadiu a minha mente
Você me deu todo o seu amor e tudo que eu te dei foi um adeus

Back To December — Taylor Swift

— Você sempre foi inteligente, rapaz — o diretor Figuer afirma avaliando a prova que fiz — Gabaritou o teste — comenta me olhando surpreso — Sr

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— Você sempre foi inteligente, rapaz — o diretor Figuer afirma avaliando a prova que fiz — Gabaritou o teste — comenta me olhando surpreso — Sr. Radcliffe, falta dois meses para encerrar o colegial. Você deveria já ter terminado, mas eu entendo que houve alguns empecilhos — aceno sério, me ajeitando em sua cadeira — Mas, aceitar você... — o corto, já entendendo o rumo da conversa.

— O governador não irá permitir e eu sou um Radcliffe, estive preso. Não precisamos continuar a conversa — falo esquentado e levantando.

— Espere, eu não terminei — o diretor diz e o olho — Você fez um teste extremamente difícil, Hades, e você gabaritou. Se não fosse aquela noite, o seu futuro teria sido o mais promissor possível. E ainda pode ser, irei aceitar que termine os seus estudos aqui. Nenhum outro aluno gabaritaria esse teste, Radcliffe — ele fala e coloca a mão no meu ombro — Só se comporte aqui.

— Beleza — sussurro indo até a porta.

— Pode começar agora — fala assim que o sinal toca. Ele me entrega o papel com o número da minha sala e a chave do meu armário. Caminho até os corredores e os olhares queimam em minhas costas. Os burburinhos sobre mim.

— Eu soube que ele foi preso porque enviou um cara para um hospital todo arrebentado — um garoto fala para outro, não se importando se eu vou escutar. Chego ao meu armário e abro, pegando alguns livros na minha bolsa e jogando dentro dele.

— Ele foi preso com drogas há dois anos, passou vários meses preso. Mas eu não sei porquê ele estava na cadeia e não em um reformatório para jovens — uma garota cochicha e sorrio sem humor. Fecho o armário com força e sigo até a quadra, vendo no papel que agora é aula de educação física.

Paro no meio do corredor ao ver uma estante com vários troféus e fotografias. Um sorriso involuntário se forma nos meus lábios ao ver uma foto da Angel em um palco, com flores nas mãos e uma coroa na cabeça. Leio embaixo da foto e não fico surpreso: Rainha do Baile de 1992.
Minha pequena estrela.

Hoje eu não tive como segui-la até o colégio, já que precisei estar cedo com o diretor. Todas as manhãs eu a sigo, quando a vejo caminhando sozinha e desprotegida. A cidade de Manhattan é pacata para alguns, um paraíso para outros, mas aqui é obscuro. E Angel precisa estar segura.

Chego na quadra e vejo dois caras jogando futebol americano. Sigo para arquibancada e subo duas escadas, observando os caras que param de jogar e me olham sérios e surpresos. Ignoro e tiro meu caderno da bolsa, junto com a folha que peguei ontem da mansão Weffen.

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