Capítulo 18

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Conheci ela quando era jovem
Nos reencontramos quando estávamos um pouco mais velhos
Nos apaixonamos
Carrego alguns problemas e fardos nos meus ombros
Minha reputação me precede

End Game — Taylor Swift

Esfrego as mãos na minha calça jeans nervoso

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Esfrego as mãos na minha calça jeans nervoso. Estou esperando o guarda me levar até a cela do meu pai, a de segurança máxima.  Fiz tudo que a Angel me disse e deu certo. A agitação no meu peito não para, estou ansioso e nervoso. Eu vou ver o meu pai depois de tanto tempo. Irei ouvir sua voz, a que tenho tanto medo de esquecer.

Respiro fundo lembrando da Angel. Ela está no jantar com os pais dela comemorando o aniversário. Porra, tudo que eu mais quero é estar com ela também. Assim que minha visita acabar, eu irei pilotar o mais rápido que posso e voltar para Manhattan e estar com ela.

Deixei seu presente na porta de sua casa. A pelúcia que ela sempre quis. Angel no aniversário dela de 15 anos me disse que sonhava com essa pelúcia de pantera negra, mas que nunca conseguiria ter pois já tinha sido parada de fabricar. Juntei uma parte do dinheiro que tinha das vendas de drogas que fiz pro Jaidon e um valor do prêmio dos jogos do Halloween 24, e eu mandei o dono da fábrica fazer uma pelúcia dessa pra Angel.

Foi maluco eu ter conseguido isso, mas deu certo. E junto, coloquei as cartas que escrevi para ela quando estava na cadeia. É o meu presente. Pra ela sempre saber que eu pensei nela todos os dias, sonhei com ela cada vez que fechava meus olhos para dormir, que eu a amei até no dia mais fodido da minha existência.

— Venha! — o guarda aparece e o sigo pelo corredor. Entramos em um elevador e bato meus pés no chão ansioso — Então você é o filho do estripador — diz me olhando inteiramente e fico em silêncio — Parece com ele — a porta do elevador é aberta e sigo o homem. Esfrego a mão no peito ansioso quando ele digita o código de segurança no painel — Tem 30 minutos — ele diz sério e aceno. A porta abre e adentro sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos quando vejo meu pai de costas, com um macacão laranja e segurando um livro.

— Pai — sussurro com a voz grogue e George Radcliffe vira o rosto lentamente para trás — Oi — murmuro com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Hades — meu pai sussurra incrédulo, levantando da cama e correndo para me abraçar. Seus braços me apertam com força e sinto meu pescoço molhar com suas lágrimas. Deito minha cabeça no seu ombro e fungo, o abraçando com força — É você... — ele sussurra ofegante e se afastando para me olhar. George toca meu rosto com os dedos trêmulos e sorrio. Ele está com a aparência mais velha, a barba crescida e magro — Como...? — questiona limpando às lágrimas.

— Você está bem, pai? Fizeram alguma coisa com o senhor? — questiono o olhando e ele apenas abre um sorriso, me abraçando novamente — Eu senti tanta falta sua — digo com a voz grogue.

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