A mãe foi chamar Raffaela e demorou um pouco para voltar.
Levei-a juntamente com Rita para ver o Ciclone. Pelo caminho dei um olá na Bárbara que como de costume não sai da àgua.
- Não estejas preocupada, mãe. A Ju é muito sensata.
- Eu só quero que tudo fique em paz.
Eu acho que a tua irmã está com alguns problemas e não quer contar.- É bem possível, mas não lhe dá o direito de destratar os outros e muito menos uma criança.
- Já briguei muito com ela, ontem.
Raffaela chegou bem mansinha junto de mim. Eu estava sentada na cadeira que antes era ocupada por Laurinha.
- Senta-te, disse eu. Vamos esclarecer uns assuntos.
- O que te fez a minha filha para a tratares como trataste, ontem?
- Ontem eu estava nervosa.
- E descontas na criança. E se eu fizesse o mesmo com a Bárbara?
Se em vez de ser o Rodolffo a estar com a Rita, fosse eu, tu ias provar a força da minha mão.
Não vou admitir que a minha filha seja humilhada. Feia? Insuportável?E tu és o quê?
Um fantoche nas mãos do teu marido. Não gostares de mim porque o teu marido te contou vá-se lá saber o quê.
Pensa por ti. Acaso sabes o que se passa naquele apartamento? Isso ele não te conta.
- Ele diz que se reúne com amigos para ver futebol.
- Devem estar sempre a meter golos, porque a gritaria é de lascar. E desde quando futebol se assiste com música no máximo volume? Mas isso é assunto que não me interessa. Vou continuar a chamar as autoridades quando me sentir incomodada, vou.
O assunto principal que me trouxe aqui nem é esse. A mim só me interessa a minha filha e ai de quem se meter com ela. Entendidas?
Cria vergonha na cara.- Desculpa, Juliette. Eu realmente não estava bem ontem. Não quero que os meus pais saibam, mas o meu casamento não vai bem.
- És nova. A tua filha está bem grandinha. Se precisares de conversar, apesar de tudo eu estarei disponível. E se precisares dos meus serviços profissionais ou de um colega meu, também podes dispor.
E não guardes para ti. O teu irmão já percebeu. Conversa com ele.
Mandei mensagem a Rodolffo que já podiam regressar.
Rita assim que viu Raffaela escondeu-se atrás de Rodolffo.
- Vem cá, Rita. Vem à tia Raffaela que eu quero falar contigo.
Rodolffo aproximou-se da irmã com Rita ao colo.
- A tia ontem estava doente e por isso falou aquelas coisas feias.
Desculpa. Tu não és feia. És muito bonita mesmo e também não és insuportável. Eu é que sou insuportável quando estou doente.
Desculpas?Rita envergonhada acenou que sim.
- Então dá um beijo na tia.
Rodolffo deu um beijo na irmã e foi seguido por Rita.
- Agora podemos ir embora, diz Juliette.
- Ah não! Fiquem para lanchar e jantar, disse Laurinha aproveitando que aparentemente estava tudo bem.
- Queres ficar, amor?
- Rodolffo olhou para mim e eu sabia que sim.
- Ficamos sim, dona Laurinha.
- Tira aí essa dona. É só Laurinha.
- Eu quero ir para a piscina, diz Rita.
- Nem trouxeste biquíni.
- Está aqui o de ontem. Já o lavei e está seco. Vem que a vó ajuda-te a vestir.
As duas saíram e Rodolffo foi abraçar a irmã que estava com os olhos húmidos.
- Desculpa mano, as barbaridades que falei ontem.
- Esquece. Lembra-te só que somos uma família e sempre nos ajudámos.
Eu estarei sempre aqui.Saí dali com a minha namorada e fomos dar uma volta pela quinta. Fui apresentar-lhe o famoso Ciclone e alguns outros animais.
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Depois da tormenta
Fanfiction...onde houver escuridão, que se faça luz, onde houver ódio, que renasça o amor...