Durante a nossa curta viagem, eu contei tudo a Rodolffo.
Ia ter uma rusga esta noite lá na casa do barulhento e também no bar do Vítor.
- Rodolffo, eu apresentei queixa de violência doméstica contra a tua irmã por parte do marido. Liga para ela e se ela não quiser sair de casa, deve estar atenta.
- À noite a Bárbara está em casa. Ela diz que quando a filha está, ele não faz nada.
- Mas liga e avisa-a. É melhor.
- Sinto que não deviamos ter vindo. Eu sei que ela vai precisar de mim.
- Queres voltar? Deixamos a Rita nos teus pais ou na Bete?
- Na Bete. Jantamos aí nalgum lugar e aguardamos.
Liguei à minha amiga e fomos deixar a minha filha.
Era cerca da meia noite recebi uma chamada do comandante. A força da intervenção estava a postos nos dois locais. A operação ia ser feita em simultâneo para que não pudesse haver troca de informação.
Rodolffo estava muito nervoso ao contrário de mim. Agora era esperar que tudo desse certo.
A polícia invadiu o apartamento do prédio de Juliette quando a festa tinha praticamente iniciado. No interior do apartamento além do proprietário estavam mais três indivíduos assim como é mulheres em trajes menores.
Sobre uma mesa devidamente posicionadas estavam linhas de cocaína pronta a ser consumida.
Nas buscas ao apartamento foram encontrados alguns kgs de produto igual ao consumido. Do Vítor nem sinal. Perguntámos por ele e o que disseram é que ele saiu mais cedo.
...
- Fui buscar a encomenda semanal e não pude ficar porque tinha um cliente especial para uma grande quantidade.
Saí directo para o bar, mas quando estava a chegar vi o carro do corpo de intervenção estacionar nas traseiras do bar. Alguns agentes com coletes à prova de bala saíram e posicionaram-se de G3 em punho.
Saí dali e fui directo para casa. Precisava de alguns documentos para fugir.
- O que se passa Vítor? Não estás no bar, porquê?
- Saí da frente, sua vadia. A polícia está lá no bar.
Vítor trazia um saco na mão que colocou no chão.- No bar a fazer o quê? Vítor abria o cofre, retirava vários papeis até que se virou para mim.
- Onde está a arma que estava aqui?
- Que arma? Não vi nenhuma arma.
- Nunca ves nada, nunca sabes nada. Sua inútil, diz dando-lhe um tapa que a fez sangrar nos lábios.
Com o barulho, Bárbara saiu do quarto.
- Porque estás a bater na mãe?
- Não te metas ou também apanhas.
- Bárbara vai para o teu quarto, filha. Deixa que eu resolvo com o teu pai.
- Não vai nada. Eu quero saber onde está a minha arma, diz ele agarrando uma faca e ameaçando a filha.
- Deixa a Bárbara. É a tua filha.
- Duas imprestáveis. Se não aparecer a arma eu retalho-a toda, diz fazendo um pequeno corte na bochecha dela.
- Deixa-a. Eu dou-te a arma diz Raffaela levando a mão ao bolso do casaco e retirando a arma.
- Dá-ma.
- Larga a tua filha.
Vítor largou a filha e caminhou em direcção a Raffaela. Esta não exitou e disparou atingindo Vítor no peito. Disparou uma segunda vez atingindo-o novamente.
Vítor caiu e não se moveu mais.
Raffaela largou a arma e ajoelhou-se
sendo abraçada pela filha.Depois da invasão no bar, o comandante ligou para Juliette e avisou que não encontraram Vítor, tendo já mandado uma viatura para casa deles.
Rodolffo e Juliette seguiram imediatamente para lá.
Bárbara ao ouvir a sirene veio à porta e deixou os agentes entrarem.
Constactaram a morte de Vítor no local.
Rodolffo e Juliette chegaram para dar apoio às duas. Juliette conversava com o comandante e relatava a situação.
Apesar de Raffaela confessar o crime e com a promessa de Juliette de que ela se apresentaria na esquadra na manhã seguinte, foram liberadas para sair dali.
Rodolffo levou as duas para a quinta dos pais. Lá elas teriam o aconchego necessário para enfrentar os dias difíceis que ainda viriam.
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Depois da tormenta
Fiksi Penggemar...onde houver escuridão, que se faça luz, onde houver ódio, que renasça o amor...