Já eram 22 horas. Juliette foi deitar Rita que já dormitava com os blocos de lego na mão.
Enquanto esperava Rodolffo serviu-se de um whisky. Estava um pouco nervoso.
Juliette regressou e convidou-o para irem para o sofá. Ele trouxe o whisky e ela continuou com o vinho.
- Fica à vontade se quiseres ir embora. Não conheço os teus hábitos e não te quero prender aqui. É sexta feira e de certeza que tinhas um programa melhor.
- Não me conheces. Se não estivesse aqui estaria de certeza em casa.
- Porquê? Ainda és jovem. O que te faz ser tão recatado.
- Eu já fui casado, Juliette. A minha esposa faleceu há anos.
- Desculpa. Não sabia. É difícil falares do assunto?
- Não gosto de lembrar.
Rodolffo pegou no copo e bebeu todo o whisky de um trago.
- Ein! Calma. Lembra-te que vais conduzir.
Rodolffo encostou-se no sofá e deitou a cabeça para trás.
- O que foi Rodolffo? Alguma coisa que eu falei?
- Não.
- Então, porque ficaste assim?
- Tem uma coisa que eu estou com vontade de fazer desde que te vi.
Rodolffo segurou no rosto dela e beijou-a. Juliette foi apanhada de surpresa, mas não se afastou. No instante seguinte os braços dela rodearam o seu pescoço enquanto ela a deitava no sofá.
Seguiu-se uma serie de beijos e amassos e então Juliette levantou-se e segurando a mão dele levou-o até ao seu quarto onde se entregaram aos prazeres da carne.
Quando por fim se deram por saciados, Juliette não deixou ele ir embora. Dormiram de conchinha a noite toda.
Rodolffo foi o primeiro a acordar. Olhou à volta e sorriu.
Foi à casa de banho, lavou o rosto e saiu do quarto depois de lhe dar um beijo.
Na sala encontrou a camisa e o telemóvel. Vestiu-se e saiu. Já no carro enviou-lhe uma mensagem.Desculpa sair assim, mas não queria que a Rita nos visse. Não por mim, mas fiquei com receio por ti.
Foi uma noite maravilhosa.
Falamos depois.
BeijoEra verdade. O que diríamos a uma criança se ela nos visse. Não quero complicar a cabecinha dela.
Passei no Centro comercial, comprei chocolates e um buquê de girassóis e pedi para entregarem na casa dela.Acordei e estava dorida. A última pessoa com quem fiz sexo foi o pai da Rita. Fazia anos.
Relembrei a noite passada e fiquei triste por ele não estar ali.Fui ver as horas no telemóvel e vi a mensagem dele. Sorri e chamei-lhe tolo.
Tomei um banho e quando estava a fazer o café para tomar o pequeno almoço, tocaram à campainha.
Abri a porta e vi o mais lindo buquê de girassóis e ainda chocolates. Agradeci ao e entregador e abracei as flores.
Coloquei os girassóis numa jarra com àgua e fui acordar a minha filha.
Encontrei-a já acordada e de volta dos legos.
- Vem tomar o pequeno almoço, Rita.
- Mãe, o tio hoje também vem?
- Não. Hoje não vem.
Fui responder à sua mensagem com um simples,
Também gostei muito.
Obrigada pelos girassóis e chocolates.
JuHoje já faz quinze dias depois dessa noite. Rodolffo nunca mais telefonou nem apareceu. Eu tenho vontade de saber dele, mas tenho medo de respostas. Não sei o que vai na mente dele, nem o porquê do afastamento.
Liguei para a imobiliária e perguntei por ele sem me identificar. Disseram-me que ele estava para Lisboa fazia três dias.
Resolvi não me atormentar com isso e tentar seguir com a minha vida normal.
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Depois da tormenta
Fanfiction...onde houver escuridão, que se faça luz, onde houver ódio, que renasça o amor...