♠️Observado?♠️

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— Quando eu descobrir quem foi o desgraçado que fez isso com o meu carro, eu juro por tudo que é sagrado que eu vou arrancar a maldita cabeça dele! — falo irritado enquanto observo o meu carro sendo restaurado.

— Foi algum desgraçando da Akuma. — diz Ran e joga a bituca de cigarro no cinzeiro.

— Tudo está dando errado para nós desde que esses filhos da puta da Akuma se envolveram no meio dos nossos negócios. — reclama Rindou enquanto observa o seu carro. — A minha neném tinha acabado de ser pintada!

— Agora nós temos que saber quem é o homem do vídeo. Eu acho que ele deve ser o chefe da Akuma. Pela formalidade dele. — diz Ran.

Sinto minha cabeça girar. Não pode ser você, Muto. Você morreu!

— Tá tudo bem, moranguinho?

— Será que dá para parar de me chamar de moranguinho? — resmungo e desfiro um tapa no Haitani mais novo.

— Tá bom. Pantera cor-de-rosa está melhor?

Olho para Rindou com certo ódio e desfiro outro tapa nele.

— Me erra. — falo e mostro do dedo do meio para ele e em seguida me afasto. Indo até a parte externa da oficina e me sentando em um banco de madeira.

Respiro fundo e retorno com os meus pensamentos sobre o homem misterioso e mascarado.

Aquelas mãos grandes, com veias saltadas e dedos grandes não podem ser de outra pessoa a não ser do Muto. Ou será que ele tem uma cópia idêntica a ele em todos os detalhes?

Se a voz não tivesse alterada eu facilmente descobriria se era ele ou não. Afinal eu me lembro claramente até hoje como que era a sua voz: grave e rouca.

— Haru? Podemos conversar?

— Sim. — falo e olho para o Ran. — O que foi?

— Você está todo estranho depois que viu aquele vídeo.

Respiro fundo e tento formular da melhor forma possível o que eu vou dizer, e assim he eu consigo formular falo:

— Ran, eu estou quase certo de que o homem mascarado é o Muto. — falo e olho para Ran que me encara surpreso.

— Não pode ser, Sanzu. O Muto morreu há muito tempo. Fomos até o cemitério. A lápide dele está lá.

— Mas e se ele forjou a própria morte? Ele era um mestre em enganação, não podemos descartar essa possibilidade. — falo firme.

— É uma teoria intrigante, mas não faz sentido. Ele não teria motivo para isso. — explica Ran balançando a cabeça negativamente.

— Talvez ele estivesse tramando algo grande, algo que só ele poderia executar. — falo e me levanto. — Sei que isso parece louco, mas você sabe que as minhas suposições nunca são erradas.

— Entendo, Haru. Mas ainda assim, é uma conjectura arriscada. Precisamos de evidências concretas antes de acusar alguém, especialmente alguém que já se foi. — ele fala e me encara.

— Você tem razão, Ran. Vamos continuar investigando antes de tirarmos conclusões precipitadas. — falo e respiro fundo. — Mas eu ainda não esqueço essa possibilidade.

— Sabe, talvez você esteja batendo muito nessa tecla porque você não aceita a morte dele.

Engulo seco e encaro o Ran.

— Ran, não tem nada a ver.

— Eu sei que você nunca aceitou o fato do Muto ter falecido. — ele fala e se aproxima de mim. — Eu também não aceito muito bem em coisas do meu passado, mas eu sigo em frente. E eu acho que você deveria fazer a mesma coisa.

— Ran...

— Ele se foi, Haru. Aceita isso.

Sinto meus olhos arderem e em seguida eu abaixo a cabeça e me entrego as lágrimas e as minhas emoções, me permitindo chorar.

Sinto o Ran me abraçar e acariciar minhas costas.

— Você vai superar isso.

— Você tem razão. Eu não aceito a morte do Yasu... eu... eu... eu sinto saudades dele. — falo chorando e Ran seca as minhas lágrimas.

— Haru, uma hora você vai ter que aceitar isso. — ele fala compreensível. — Muto está em um lugar melhor agora. O que você prefere, continuar amando ele mesmo ele não estando vivo ou preferia que ele estivesse vivo e fosse o seu inimigo?

Fico em silêncio por alguns segundos e em seguida respondo.

— Eu preferia que ele fosse o meu inimigo. Assim eu poderia ver ele de novo... só mais uma vez.

Ran abre um sorriso fraco e me abraça. Acho que pelo fato dele ser o irmão mais velho do Rindou e ter criado ele como se fosse o seu filho, Ran acabou desenvolvendo esse lado mais "paternal" se assim posso dizer. E eu me sinto confortável em seu abraço.

No topo de um prédio, observo silenciosamente a movimentação agitada embaixo, com um sorriso no rosto

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No topo de um prédio, observo silenciosamente a movimentação agitada embaixo, com um sorriso no rosto.

Abaixo de mim, a oficina onde os membros da Bonten estão reunidos e conversando sobre os danos que eu causei em seus veículos. Como cheguei até aqui em tão pouco tempo? Bem, essa é uma história interessante...

Primeiro, quando eu descobri que a Bonten estava planejando um grande golpe na minha área, decidi agir rapidamente.

Gravei um vídeo, sendo bem diretor em questão de ameaça, deixando claro que eu e a minha máfia Akuma não brincamos em serviço. E depois disso, sabotei seus carros, fazendo questão de deixar um aviso bem claro nos seus capôs do carro.

Depois de completar essa primeira parte, percebi que precisava encontrar uma maneira rápida de monitorar a reação dele e felizmente, eu conheço os atalhos da cidade como a palma da minha mão.

Persegui o trajeto que o guincho fez através dos becos e ruas secundárias, evitando qualquer atenção indesejada por eles. E confesso, só de me lembrar disso me faz sorri como um psicopata, afinal eu consegui fazer tudo perfeitamente.

Cheguei ao prédio em frente à oficina em questão de minutos. Subi as escadas rapidamente e encontrei um local perfeito para observar a situação sem ser detectado.

Agora, enquanto observo os membros da Bonten examinando os carros danificados, sinto uma mistura de satisfação e tensão. Minha missão foi bem-sucedida até agora, mas sei que ainda há muito trabalho a ser feito para neutralizar essa ameaça de vez. E, como sempre, estou pronto para o desafio.

Meu dedo desliza suavemente sobre o controle do zoom do meu rifle de precisão. Vou ajustando ele até ele ficar ideal nos alvos lá embaixo.

Entre todos os meus alvos, um homem se destaca: um terno roxo com cabelo cor-de-rosa.

Me concentro nele, observando cada movimento, cada gesto. Ele parece familiar, mas não consigo identificar de onde o conheço. Minha respiração fica mais lenta e controlada enquanto tento manter a calma e analisar a situação.

Certo momento, o homem de terno roxo se vira, revelando seu rosto, e o meu coração parece congelar no peito...

Aqueles olhos... eram familiares demais.

Fogo Cruzado (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora