Fogo Cruzado (+16)

♦️Game Over♦️

♠️🎴Um mês depois... 🎴♠️

Um mês tinha se passado desde o meu sequestro falho. E desde aquele dia, uma série de coisas começaram a acontecer não apenas comigo, mas com a Bonten inteira.

Eu passei a receber todos os dias cartas e bilhetinhos de ameaça, das quais a pessoa por trás dela dizia que estava de olho em mim e em cada passo meu. Essas mesmas cartas passaram a ser recebidas para todos os membros da Bonten, mas o foco da quem recebia mais dessas cartas era eu.

Invasões. Nossas terras e mercadorias tinham sido invadidas e roubadas. Por mais que nós tivéssemos aumentado a segurança, ainda sim isso foi capaz de acontecer. De maneira impossível.

Aquele dia em que eu ordenei para que o capitão do barco fosse com a embarcação para Los Angeles mesmo faltando entrega tinha dado certo, e o homem que recebeu a mercadoria ficou bem satisfeito. Porém deu falta dos três contêineres... e eles tinham sido furtados, deixando Mikey furioso.

Nossas ações no mercado negro e ilegal estavam caindo drasticamente. Eu não estava vendendo tantas drogas como antes. E o que eu conseguia vender, não chegava nem a 1% de ajudar a Bonten.

Para se resumir, a Bonten estava falida.

— A Bonten está sofrendo um golpe após outro devido às constantes invasões de nossa carga pelos nossos inimigos. — diz Mikey furioso.

— Droga! Essas invasões estão nos causando grandes perdas financeiras. Como vamos lidar com isso? — questiona Kokonoi bravo.

— Parece que nossos inimigos estão aproveitando cada brecha que encontram em nossa segurança. Precisamos reforçar nossas defesas e impedir esses ataques. — sugere Takeomi.

— Não importa o que a gente faça. Essa maldita Akuma está nos falindo! Parece que eles sabem de cada golpe e passo que vamos fazer. — responde Mikey e se senta na cadeira bufando.

— Talvez devêssemos considerar uma abordagem mais ofensiva. Ir atrás dos responsáveis por essas invasões e mostrar que não vamos tolerar mais nenhum ataque contra a Bonten. — responde Ran enquanto coloca a bituca de cigarro no cinzeiro.

— É uma ideia arriscada, mas pode ser necessária para enviar uma mensagem clara aos nossos inimigos. — responde Mochi.

Mikey respira fundo e em seguida diz:

— Certo. Vamos elaborar um plano de ação imediato. Não podemos permitir que nossos inimigos nos enfraqueçam dessa maneira. — ele diz e coloca os cotovelos na mesa.

Todos nós nos olhamos um para o outro e começamos a discutir um plano para virar aquele jogo. Afinal isso não podia continuar.

A minha frente, eu encaro o quadro com um sorriso no rosto. Ali, naquele quadro se encontra fotos e todas as informações que eu tinha conseguido em tão pouco tempo sobre a Bonten. Na verdade, eu venho colhendo essas informações a um bom tempo... a exatos 4 anos.

Me lembro perfeitamente quando a Bonten roubou duas cargas da Akuma, nos deixando no vermelho por seis meses. Agora, depois desse tempo todo, eu estava disposto a virar o jogo, e pisar ao máximo neles.

Olho no quadro e abro um sorriso ao ver a data riscada no calendário, 22 de fevereiro 2018.

Hoje seria o dia em que a Bonten iria conhecer a fúria da Akuma.

— Senhor? — pergunto Shion.

— Sim?

— Já está tudo pronto.

Abro um sorriso e em seguida me afasto do quadro, visto minhas luvas de couro e a minha máscara de caveira que cobre o meu rosto todo, pego a minha AK-47 e deixo a minha sala.

Entro em um dos carros blindados e carrego minha arma.

— Game over para vocês, Bonten.

Estávamos na sala executiva da Bonten, discutindo e formulando um plano de nos reeerguer e de derrubar a máfia Akuma.

De repente a mesa começou a balançar, as luzes começaram a piscar e ouvimos um barulho muito alto de um helicóptero que parecia que estava caindo sobre nós

— Que porra é essa?! — diz Rindou.

— Eu não sei...

Minha fala foi interrompida assim que o teto de vidro da sala foi quebrado. Pedaços de vidro voaram por toda a sala executiva e nós nós abaixamos para nos proteger dos estilhaços.

O teto, antes de vidro agora era um buraco aberto com a forte presença do vento violento devido as hélices do helicóptero. Oito homens armados desceram de rapel do helicóptero e sem outra opção, começamos a correr.

— CORRE! VISTAM OS COLETES E PEGUEM SUAS ARMAS! — grita Mikey.

Saímos correndo entre os tiros e trancamos a porta da sala executiva pelo lado de fora, assim iríamos ganhar um pouco de tempo, espero.

Corremos até a sala de munições e ali vestimos os nossos coletes balísticos e pegamos a nossa melhor arma e nos preparamos para atacar.

Assina que a porta da sala executiva foi arrombada, uma troca de tiros de inicia, e o som estrondoso dos tiros me deixam surdo por alguns segundo mas tento ignorar.

— Só podem ser membros da Akuma. — diz Rindou.

— Você acha ou tem certeza, maninho? — pergunta Ran enquanto recarrega sua arma.

— Esses filhos da puta não vão cansar enquanto não matar e tiver a cabeça de todos nós em uma bandeja! — resmunga Kokonoi.

— Apenas atirem!

Entre tiros e trocas de cartuchos de munições, percebo que as minhas munições acabaram.

— Droga! — resmungo com raiva de mim mesmo por não ter pegado um estoque maior.

Olho para os lados e saio correndo entre os tiros até as escadas. Eu preciso pegar mais munições na sala de munições reserva que tem no andar de cima.

Corro pelos corredores olhando para trás para ter certeza de que não tem ninguém atrás de mim.

Digito a senha na porta tremendo e assim que ela se abre, entro na sala, pego uma bolsa que tem ali e começo encher ela de munições.

Com a bolsa cheia tento voltar caminho de volta para a porta, porém assim que eu me viro para a porta, sinto meu corpo gelar ao ver
um homem alto bem vestido de terno com im colete balístico e uma máscara de caveira que cobre todo o seu rosto.

— Que ótimo te ver aqui. — ele fala com a voz abafada pela máscara.