Fogo Cruzado (+16)

♠️Teorias da Conspiração ♠️

Meus nervos tremem, minhas veias queimam e as minhas mãos soam. Eu ainda não conseguia entender do porque que os meus melhores homens tinha deixado ele escapar.

— Você adquiriu muitas habilidades com o passar desses anos. — falo e olho o porta retrato que tem uma foto da qual eu guardo a 10 anos.

A foto é eu e Sanzu, quando ainda éramos da Toman, como capitão e vice-capitão da quinta divisão. Na foto, ele está abraçado comigo e o seu sorriso se mantém oculto por baixo da máscara que ir lhe presenteei, mas é possível saber que ele sorri devido as expressões embaixo dos seus olhos com cílios grandes.

Abro um sorriso. Aquela época éramos felizes.

— Yasu?

— Sim?

— Você acha que vamos descobrir quem é o traidor da Toman? — ele disse enquanto olhava para o céu estrelado.

— Eu acredito que sim, Haru. Por que? Está apreensivo?

— Não sei se apreensivo seria a melhor resposta, mas um pouco preocupado. — ele disse e respirou fundo.

— Vai ficar tudo bem. — falo e viro o rosto dele para mim. — Eu prometo.

Ele me olhou com os seus olhos azuis e soltou uma risada boba, em seguida eu olhei fixamente para ele e disse:

— Tire essa máscara. Está apenas nós dois.

Ele hesitou por alguns segundos mas logo retirou a máscara e a guardou no bolso do uniforme, olhou para mim e disse:

— Yasu, você gosta das minhas cicatrizes?

— Eu amo as suas cicatrizes, Haru. — disse e acariciei o rosto dele. — Suas cicatrizes dão um toque tão único em você.

— Eu queria poder remover elas. Eu odeio elas.

— Nem se atreva a fazer isso. — disse rindo e ele riu junto. — Elas não são feias, não precisa tirar elas. Elas fazem de você o Sanzu que eu tanto amo.

Ele sorriu e eu o puxei para mais perto, encostamos nossas testas e em seguida ele disse:

— Yasu, posso te perguntar uma coisa?

— Claro. O que é?

— De qual sentido você me ama? — ele perguntou e eu abri um sorriso.

— Eu amo você do sentido de fazer amor todo dia e casar.

Ao dizer isso suas bochechas ficaram vermelhas como tomates, e eu sorri com isso, ergui o seu queixo e disse:

— Eu te amo, Haru.

Nossas bocas se tocaram em seguida e eu me entreguei totalmente para aquele beijo. Seu gosto, sua boca macia, e tudo sobre ele me enfeitiçava, eu amava demais aquele homem.

Ele me deitou ali no chão do tempo Musashi Shrine e subiu encima de mim, apoiando suas mãos com dedos finos e compridos em meu peitoral, apertando de vez e outra. Minhas mãos estavam em sua cintura, o segurando com certa força.

— Eu te amo, Haru.

— Eu também, Yasu.

Meus olhos se encheram de lágrimas ao me lembrar dessa lembrança. Eu sinto tanta falta do que éramos antes, do que nós fazíamos... e de tudo que era antigamente.

Agora, somos água e vinho, completamente opostos, e para adicionar, somos inimigos. Eu sou da Akuma e ele é da Bonten. Ambos vivemos com um X nas costas.