♦️Uma Troca♦️

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Sanzu fica estático. Vejo em seus olhos e expressões que ele tenta dizer algo mas não consegue. Ergo o seu queixo e olho ele fixamente.

— Vamos Haruchiyo. Fale!

— Muto eu... eu não te amo mais.

— Você desviou o olhar. Não consegue dizer isso olhando para mim? — falo e abro um sorriso.

— Muto chega desses joguinhos!

— Chega? O único chega que eu quero é que você para de falar!

— O que?! Tá maluco? Eu...

Antes que ele fizesse algo, o puxo para beija-lo.

Nossas bocas se tocam e se encaixam perfeitamente, como se fossem feitas um para o outro. Ele fica hesitante no começo mas logo sinto que ele fica mais seguro. Se aproxima de mim e coloca as mãos no meu peitoral.

Durante o beijo, sinto dois detalhes novos e m sua boca: piercings. Sendo um na língua e um na boca inferior, um piercing labret.

Aqueles acessórios só o deixa ainda mais atraente, e me deixa mais atiçado para beija-li até faltar ar em nossos pulmões.

— Eu senti sua falta. — falo e olho para ele assim que nossas bocas se afastam.

— Muto o que estamos fazendo é muito errado.

— Por que você pensa o tempo todo nos outros e não em você?

— Somos inimigos, Yasu. Não devemos nos envolver desse jeito.

— Meu problema são com eles. Não com você.

— Mesmo assim. Não podemos levar isso a diante. Eu sinto muito. — ele fala e me olha fixamente com aquele belo par de olhos azuis com cílios grandes.

— Eu não vou te ver partir de novo. — falo e seguro ele pela cintura. — Eu já consegui o que eu queria. Derrubar a Bonten. Agora o que eu mais quero é você.

— Muto eu...

— Fica do meu lado. E juntos vamos dominar Tokyo e até o Japão todo se você quiser. — falo e acaricio o seu rosto macio. — Vou te fazer muito feliz, vou fazer com que tudo aquilo que nós planejamos no passado se torne realidade. Vou construir um império para nós dois.

— Fico muito grato por me incluir nos seus planos e objetivos. Mas eu não posso aceitar.

— Qual é a sua condição? O que eu tenho que fazer para que você fique comigo?

— Não há condições algumas.

Seguro ele com mais força pela cintura e o olho.

— Me fale, o que você quiser.

Ele respira fundo, olho para os lados e a sua volta, em seguida me fita com seu olhar e diz:

— Eu fico do seu lado desde que você deixe a Bonten em paz e devolva todo o prejuízo que você causou.

Abro um sorriso. Ele mesmo assim continua pensando nos outros.

— É isso mesmo que você quer?

— Sim. — ele responde.

— Seu desejo é uma ordem.

— Até quando vamos ficar nesse fim de mundo? — resmunga Rindou

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— Até quando vamos ficar nesse fim de mundo? — resmunga Rindou.

— Não sei. — respondo. — Mas reclamar não vai adiantar nada.

— Onde está o Sanzu? Ele não apareceu até agora. — diz Takeomi.

— Será que alguma coisa aconteceu com ele?

— Não sei. Só sei que eu estou ficando preocupado com isso tudo. — diz o Akashi mais velho.

No meio da nossa conversa, ouvimos o bipe da cela de abrindo, e a pessoa que estava parada na porta nos deixa aliviados.

— Sanzu! Que bom que você está aqui!

— Saiam. — ele fala e da passagem para nós deixar a cela.

— O que?!

— Saiam da cela. Um grupo vai escoltar vocês até a saída e levarem vocês em segurança até a fortaleza da Bonten.

Olho para Rindou e para todos incrédulo. O que ele estava fazendo?

— Sanzu, como assim?

— Ran é uma ordem! — ele fala sério e um grupo de homens entram na cela e começa a nos tirar dali.

Todos somos retirados dali, e assim que eu passo do lado do Sanzu, paro no meio do caminho e olho para ele.

— O que está acontecendo?

— Vocês estão livres, Ran. — ele fala e olha para mim com os olhos cheios de lágrimas. — Vão embora daqui e não me procurem.

— Sanzu você é um de nós! Não podemos te deixar para trás! Se a gente for embora, você vai ter que vir com a gente.

— Não vai dar, Ran. — ele diz e se aproxima de mim e segura os meus ombros. — Cuida de todos da Bonten por mim. — ele diz e me abraça. — Eu confio em você. Agora vai.

O homem começa a me puxar e eu vou me afastando do Sanzu que permanece ali, parado e cabisbaixo. Olho para Rindou e seus olhos estão cheios de lágrimas.

— Ele não vem? — diz Rindou chorando.

— Não, Rin. — falo tentando conter minhas lágrimas.

Entramos dentro da van e a porta é fechada bruscamente. Todos me olham com um olhar de quem quer respostas.

— O que aconteceu? — pergunta Kokonoi.

— Acho que o Sanzu abriu mão da liberdade dele para nos deixar livres. — falo e começo a chorar.

Olho para a cela vazia e sinto meus olhos arderem, em seguida deixo as lágrimas rolarem em meu rosto

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Olho para a cela vazia e sinto meus olhos arderem, em seguida deixo as lágrimas rolarem em meu rosto.

Eu nunca imaginei que eu iria abrir mão de algo tão precioso que eu tinha como a minha liberdade. Meu coração parece que encolhe e eu me sinto como um passarinho em uma gaiola, preso em uma decisão sufocante.

Coloco as mãos no rosto e começo a chorar, desesperado e com certo receio e medo do que vai ser da minha vida e futuro daqui para frente.

De repente, sinto alguém atrás de mim que me abraça com seus braços fortes e diz:

— Vai ficar tudo bem.

— Muto... — falo chorando e me viro para ele. — Me diga que eu posso falar com eles de vez em quando, por favor.

— Ainda é muito cedo para pensar nisso. Mas prometo que vou pensar no seu pedido. — ele fala e ergue o meu queixo. — Não chore. Você não fica bonito chorando.

— Eu não consigo... — falo chorando.

— Shh, eu vou cuidar de você. — ele fala e seca as minhas lágrimas. — Prometo que você não vai se arrepender. Vou te fazer muito feliz aqui.

— Como eu posso ser feliz se eu estou preso?

— Você não está preso. — ele fala e ergue o meu queixo. — Você vai ter toda a liberdade que merece aqui comigo. — ele responde e me beija. — Eu prometo.

Fogo Cruzado (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora