[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Em um mundo onde as máfias dominam os territórios, Muto e Sanzu se encontram em lados opostos, como inimigos implacáveis. No entanto, quando a máfia Akuma ataca os territórios da Bonten e invade sua fortaleza, Muto de...
— Você é o homem do dinheiro, Kokonoi. Sei que sabe fazer dinheiro melhor do que ninguém. Portanto faça o mesmo trabalho aqui. — sugere Muto.
— Eu nunca imaginei que eu iria fazer dinheiro para um inimigo.
— Não somos mais inimigos meu caro. Somos uma única máfia a partir de hoje, e juntos seremos invencíveis. — ele fala com um sorriso no rosto.
— Vou ser invencível quando eu e o restante da Bonten for...
— Fazer o que? — questiono assim que chego na sala.
Todos me olham impressionados. Talvez seja pela forma que eu esteja sendo apresentado neste momento: com as mãos, rosto e roupa cheio de sangue.
— Mikey está de volta. — falo e puxo Manjiro para entrar na sala e assim que todos olham para ele, ficam assustados.
— O que você fez com ele?! — indaga Rindou.
— Ele estava muito sério. Precisava de um sorriso no rosto. — respondo. — E olha só, esses corte vão ficar cicatrizes tão lindas, não vai? — falo e aperto a mandíbula do Manjiro.
— Eu não acredito que você...
— Todos estão me julgando por ter feito isso com ele, mas ninguém o julgou quando ele fez isso comigo. — falo e faço uma expressão manhosa. — O mundo é tão injusto.
— Ele é o seu...
— Amigo? Ele já foi um grande amigo meu, agora será o meu subordinado. — falo e olho para ele. — Não é, Sano?
Ele assente positivamente e eu abro um sorriso com isso, deixo Manjiro junto com eles e deixo a sala na presença do Muto, que acaricia o meu ombro e diz:
— Não acredito que você o puniu.
— Ele me puniu quando eu era criança por um erro que não era meu. — respondo enquanto limpo o sangue que está em meu rosto. — E eu o puni, por algo que ele realmente fez.
— Acho melhor você tomar um banho, para se limpar desse sangue todo. — ele sugere e sorri.
Abro um sorriso e seguimos para o nosso quarto, ali enquanto eu retiro as minhas roupas, Muto prepara a banheira para o meu banho, que assim que eu entro, a água cristalina fica vermelha devido ao sangue.
— Você não é o mesmo Haruchiyo.
— Não mesmo. — falo enquanto lavo o meu rosto para tirar o sangue. — Sou um novo Haruchiyo. O Haruchiyo que estava esse tempo todo escondido em mim pelas dores das minhas cicatrizes e do meu passado.
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Mikey fica sentado em um cadeira, enquanto meu irmão mais velho, Ran, faz os curativos nele. Os dois cantos da sua boca estão cortados em cortes perfeitos, onde cada canto da sua boca tem um símbolo de uma carta de baralho: o lado esquerdo tem o símbolo de Ouros e o lado direito o símbolo de Espadas.
— Por que ele fez isso? — pergunta Kokonoi.
— Você ainda pergunta? — falo olhando para ele. — Foi o castigo que ele deu para o Mikey já que ele cortou a boca dele também.
— Tô achando que isso tem o dedo do Muto, aposto que ele que fica envenenando o Sanzu para fazer essas coisas.
— Não tem nada a ver com ele. — diz Sanzu assim que aparece na porta da sala, encostado na batente e com a sua katana em mãos.
— Que garantia temos agora sobre confiar em vocês? — questiono.
— Podem confiar, basta não errar feio. E outra, eu e o Manjiro não estávamos muito bem, agora estamos quites. — ele responde e sorri.
— Haru esse não é você. Para de seguir as ordens do Muto!
— Quantas vezes eu vou ter que falar que as minhas atitudes não tem nada a ver com ele? — ele responde enquanto gira a sua katana. — Eu cansei de ser feito de idiota.
— Do que você está falando? — questiono incrédulo. — Você nunca foi feito de idiota! Cara você é literalmente o número dois da Bonten! Mikey te escolheu para ser o ombro direito dele!
— Eu nunca fui o lado direito dele. — ele responde com a voz embargada. — Manjiro sempre me manipulou esse tempo todo.
— Como assim?
— Ele usou a "morte" do Yasuhiro para me manipular a fazer tudo que ele queria. — ele diz e em seguida lágrimas se formam em seus olhos. — Desde que Mikey disse que o Yasuhiro morreu, tenho feito tudo que ele ordena, pensando que era para honrar o Yasu. Mas agora percebo que ele estava apenas me manipulando pela minha lealdade.
— Por que nunca disso isso?
— Porque ele era o líder, e questioná-lo poderia causar problemas dentro do nosso grupo.
— Entendo sua preocupação, mas seria importante se você defendesse a sua própria integridade.
— As coisas nunca foram tão fáceis assim, Rindou. — ele diz e seca as lágrimas. — Todos vocês sabiam o tanto que eu sofria pela morte do Muto, e mesmo assim preferiram agir como se fossem cegos, deixando que Manjiro me fizesse de capacho.
— Sanzu não foi nada disso. Nós não sabíamos disso. — falo e dou passos para me aproximar dele.
— Não se aproxime. — ele diz e aponta a sua katana para mim. — Agora que tudo já aconteceu, não há mais nada que vocês possam fazer, a não ser seguir as ordens minhas e do Muto.
Um silêncio sepulcral paira no ar, e Mikey, mesmo ferido caminha até perto de Sanzu, não tão perto quanto devia, mas em uma certa distância.
— Se eu soubesse que isso te afetaria tanto, eu teria ido atrás de todas as informações antes de eu te machucar...
— Suas lamentações não farão eu mudar de ideia, Manjiro. — ele responde ríspido e ainda aponta a katana. — Nunca mais tente vir com esse seu papinho de bom moço para mim.
— Haruchiyo, eu estou realmente te pedindo desculpas pelo o que aconteceu. — diz Mikey e o olha fixamente. — Eu realmente sinto muito, e queria te dizer que eu sempre amei ter você ao meu lado e...
— Já chega! — ele grita e lágrimas começam a escorrer no rosto do rosado. — Eu cansei de te ouvir, cansei de seguir suas ordens e cansei de ouvir tantas mentiras vindas de você! — ele fala e seca as lágrimas. — O único que sempre me amou acima de tudo é o Muto, e eu não vou deixar de ficar do lado dele por sua causa e nem por causa de ninguém.
— Não estou falando para você ficar longe dele, eu estou apenas...
— Cale-se! — ele diz ríspido. — Não quero mais te ouvir hoje. Faça o que tenha que fazer e nunca mais tente se dirigir comigo novamente.
— E quanto a nós? — questiono e aponto para os outros membros da Bonten.
— Não tenho raiva de nenhum de vocês. — ele fala e eu suspiro aliviado, porém não fico tão aliviado assim. — Eu tenho apenas mágoa. E vou usar o mínimo da bondade que há em mim para poupar a vida de vocês. Portanto façam apenas o que vocês tem que fazer. — ele responde e em seguida deixa a sala.
Ficamos em silêncio por uns instantes, processando tudo o que tinha acabado de acontecer.
— Ele está arrasado mesmo. — diz Takeomi.
— Ah não diga? — ironiza Kokonoi.
— Tá de ferradura nova?
— Da para vocês calarem a boca? — resmunga Mikey. — Discutir não vai levar a nada.
— O Kazutora sempre esteve certo o tempo todo, é tudo culpa do Mikey. — diz Mochi.
