𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼

♤Cap 68♤ Dolce Matteo

Doce Matteo

Esfreguei minhas mãos uma na outra quando fui atingido pela brisa fria da noite. Coloquei-as nos bolsos do casaco e continuei andando sem rumo. Foi preciso uma alta quantidade de autocontrole para não quebrar o pescoço de Frank Lombardi, o homem que destruiu minha família... Meu lar. Foi excruciante ver o quão bem vive o assassino dos meus pais. Vê-lo sorrir tranquilamente, como se não tivesse assistido meus pais serem engolidos pelas chamas que ele ateou em nossa casa. Parei subitamente, respirando fundo e lentamente, tentando controlar a ira que ondulava ferozmente em meu interior. Voltei a caminhar rapidamente até quase tropeçar em uma pessoa. Franzi o cenho, confuso.

— Andrey Rurik...?

O homem dormia, esparramado na grama, uma garrafa de bebida vazia ao seu lado. Suspirei, impaciente.

— Ei. — Chamei, me agachando. — Rurik.

Soltei um bufo irritado e belisquei seu nariz, fazendo-o se sobressaltar.

— O que...? — Murmurou, olhando ao redor.

— Finalmente acordou, belo adormecido. — Fiquei de pé, colocando as mãos nos bolsos novamente.

Andrey me fitou por alguns segundos até se levantar com dificuldade.

— Você fica mais fácil de suportar assim. — Comentou.

Ergui as sobrancelhas.

— Ao que se refere?

— Sem aqueles olhos. — Resmungou, batendo nas roupas a fim de tirar qualquer sujeira.

Mirei-o em silêncio.

— Algo de errado com meus olhos?

O russo focou sua atenção em meu rosto.

— Você tem os mesmos olhos que ele.

— Luigi?

— Não fale o nome dele.

— Por que?

— Não quero mais ouvir falar dele. — Declarou.

Franzi o cenho, confuso.

— Por que isso tão de repente?

— Ele é um mentiroso.

Qualquer pergunta que eu tivesse em minha mente se perdeu em um instante.

Que porra...?

— Do que está falando?

O Rurik soltou uma risada amarga.

— Ele disse que me amava... Que tolo fui em acreditar naquelas palavras vazias. Aquele homem apenas me usou para seus planos maiores--!

Desferi um soco no rosto do chefe da máfia russa com força, fazendo-o cambalear.

A raiva estava me consumindo.

Como ele ousa falar assim de Luigi? Sendo que tudo que ele fez foi tentar proteger a todos? Como ele se atreve a dizer que o amor de Luigi era falso?

A imagem de Luigi iluminou minha mente.

"Primo, eu descobri que amo Andrey Rurik."

Agarrei a gola da camisa do russo e o aproximei do meu rosto.

— Ouça bem, seu desgraçado... Eu não permitirei que você manche a bela imagem de Luigi com a porra da sua amargura. Sim, você não pôde protegê-lo, ninguém pôde. Todos nós falhamos em cuidar dele. O mínimo que podemos fazer é honrar a sua memória! Uma das coisas mais inegáveis foi o amor que Luigi nutria por você. Então, se ousar desmerecer todo o esforço do meu primo novamente... Eu mesmo te matarei!!