♠︎Cap 63♠︎ Per ogni guadagno, una perdita

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Para cada ganho, uma perda

A imagem fria e pálida da neve tomava conta do meu campo de visão. Eu podia sentir os flocos de neve caírem com delicadeza em meu cabelos. A ponta do meu nariz estava fria, com certeza estava vermelho, indicando a temperatura baixa do dia. O jardim da mansão estava completamente coberto de neve. Eu chutava um pouco dela, enquanto esperava por Rydell, meu treinador oficial. Mesmo nevando, eu preferia sempre treinar ao ar livre. Aquela casa era sufocante e solitária demais.

— Vamos treinar, jovem Rurik? — Ouvi uma voz desconhecida atrás de mim.

Me virei rapidamente, desconfiado. O homem ergueu ambas as mãos em rendição.

— Onde está o tio Rydell? — Exigi saber.

— O Sr. Rydell está indisposto e pediu que eu o ensinasse no lugar dele.

Franzi o cenho, irritado.

— Não quero. — Declarei, cruzando os braços.

— Senhor... — Começou o homem.

Não. — Permaneci irreversível.

O desconhecido bufou, frustrado.

O encarei por alguns instantes.

— Me diga, Rydell falou algo a você sobre alguém que o papai traria pra eu brincar?

O homem ficou em silêncio, me lançando um olhar triste.

— Sinto muito, jovem Rurik, porém o Sr. Rydell disse que o Sr. Rurik estava irreversível em sua decisão. Pediu que escolhesse um outro alguém para brincar.

— Não!! — Exclamei. — Eu não quero! Quer saber?! Eu mesmo vou buscá-lo!!

Antes que o homem pudesse questionar o que eu quis dizer, saí correndo o mais rápido que meu pés poderiam ir com toda a neve no solo.

Eu não era burro. Sabia muito bem que ninguém me ajudaria realmente. Então, descobri sozinho onde estava meu irmão. Corri até um lago congelado que ficava dentro dos limites da propriedade dos Rurik. Aquele lago fazia fronteira com o território dos Varvary, que significa Bárbaros em russo. Um grupo de mercenários, conhecidos por serem os piores da região. Eles faziam os piores trabalhos possíveis, não tinham empatia nem mesmo pelas mulheres e crianças. Sua principal característica era a tortura psicológica, sendo a mesma mais dolorosa e difícil de se recuperar do que a física. O que é um fato.

Meu irmãozinho estava com eles. E eu o tiraria de lá.

Sem pensar duas vezes, comecei a atravessar o lago silenciosamente. Ao chegar do outro lado, respirei fundo, ainda decidido.

Caminhei em passos firmes e determinados até uma casa enorme de arquitetura rústica. Era mal cuidada, fedia a suor, sangue e poeira. Mesmo com o frio, era possível sentir o aroma desagradável.

Havia alguns homens logo à frente, que pareceram confusos ao me ver.

— O que um pirralho faz aqui? — Questionou um homem, cruzando os braços sobre o peito.

Seu rosto tinha uma grande queimadura, ele era incrivelmente alto, mais parecia uma parede de músculos. Era assustador... Mas, não me abalei.

— Eu sou Alexei Rurik. Terceiro filho de Levy Rurik, o chefe da máfia russa. — Declarei, sem hesitar.

— Ele nos mandou mais um? — Perguntou outro, ele não tinha alguns dentes na frente. — Ele tá achando que aqui é uma creche?

Franzi o cenho, indignado.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora