♠︎Cap 65♠︎ Per comandare bisogna obbedire

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Para comandar, é necessário obedecer

Cabelos desgrenhados, rosto vermelho até as orelhas, roupa amarrotada, olhos úmidos e respiração irregular. O espelho evidenciava minha situação decadente.

Tudo culpa de Alexei Rurik.

— Quando eu me recuperar, vou te bater. — Resmunguei.

Alexei riu, divertido.

— Ah, é? Então, pelo meu próprio bem, não posso deixar você se recuperar.

Um frio se instalou em minha espinha com isso.

— Espera, não!!

Comecei a me contorcer, tentando impedir que Alexei fizesse qualquer outra coisa indecente.

De súbito, a porta é aberta bruscamente. Alexei e eu ficamos imóveis. Ergui o olhar em direção a porta em uma lentidão torturante, temendo a presença à nossa frente. Eu quis chorar ao me deparar com a figura do meu irmão mais velho.

Oh... — Soltou Matteo.

Seus olhos pareciam que iam pular das orbes. Meu irmão ganhou uma nova tonalidade de vermelho. Ao perceber que estávamos o encarando, ele finalmente pareceu reagir, já que estava parado, como se não conseguisse absorver a situação.

— Oh! — Exclamou. — Me desculpe! Não foi minha intenção! E-Estou saindo!!

Matteo deu as costas rapidamente, saindo e batendo a porta com força.

Esfreguei meus rostos com ambas as mãos, tentando expulsar a vergonha e frustração. Alexei tinha um sorriso debochado no rosto.

— É... Esquecemos de trancar a porta. — Comentou.

Baixei as mãos e travei a mandíbula.

Oh, é mesmo...? Eu sequer notei. — Ironizei.

Como eu vou olhar na cara do meu irmão agora?!

Respirei fundo, buscando uma forma de superar isso, sem me enterrar no cemitério mais próximo.

Decidido a sair antes que tudo piorasse, me remexi, a fim de levantar, contudo, acredito que senti algo que não deveria... Ou melhor, não queria ter sentido.

Suspirei, derrotado.

— O que vai fazer... Com isso? — Indaguei baixinho.

Alexei pareceu pensar um pouco, depois sorriu.

— Eu posso lidar com isso.

Fiquei em silêncio, levantei da cama com dificuldade. Sentindo minhas pernas falharem um pouco, fui até a porta, trancando-a. Girei em direção à Alexei, apoiando as costas na porta. Meu namorado pareceu levemente confuso.

Fitei os braços de Alexei, que se encontravam enfaixados. Suspirei olhando em seus olhos.

Eu... Posso fazer isso pra você. — Murmurei, com constrangimento na voz. — Não posso permitir que você faça esforço físico. Então, não praticaremos o ato. Mas...

Apertei os lábios, tentando vencer a vergonha.

— Eu... — Engoli em seco. — Posso usar a minha boca... Se quiser.

Fechei os olhos, sem coragem de encarar meu namorado, que permaneceu em silêncio.

— Só que você vai ter que me ensinar. — Balbuciei. — Eu nunca fiz isso antes e--!

Abri os olhos, atônito ao sentir uma presença próximo ao meu rosto.

Alex...? — Murmurei.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora