GUSTAVO MIOTOMe concentro no que uns dos nossos sócios fala, sobre o desempenho da empresa, os lucros, sobre os setores, e os pontos que precisamos melhorar um pouco.
-- Acho que é isso Sr Mioto - Bruna diz olhando para mim.
-- Então terminamos por hoje - Digo já finalizando a reunião e indo pra minha sala.
Escuto Bruna vindo atrás de mim com os relatórios de toda a reunião, Bruna foi a única secretária que deu certo mesmo, todas as outras ficavam se jogando pra cima de mim, nas entrevistas só passei estresse, mais com Bruna foi diferente, ela era a única interessada em trabalhar e conseguir o emprego.
Entro na minha sala e ela entra logo atrás, me sento na cadeira e já ligando meu computador.
-- Aqui os relatórios da reunião Senhor - Diz e deixa os papeis encima da minha mesa -- Precisa de mais alguma coisa? - Pergunta.
-- Por agora não Bruna, obrigado - Digo e ela logo saí da sala.
Um tempo depois escuto baterem na porta, e logo mando entrar.
-- Fala aí Gu - Diz Murilo, praticamente invadindo minha sala.
Já falei que Murilo é inconveniente? Pois ele é, e muito.
-- Chora Murilo - Digo concentrado no e-mail que estou lendo.
-- Assim que você recebe seu melhor amigo? - Diz fazendo o típico drama de sempre.
-- Nem vem cara, tô trabalhando - Digo ainda concentrado.
-- Eu sei eu sei, senhor Mioto - Diz com deboche -- Só vim te convidar para a inauguração da nova Boate aqui de São Paulo - Diz animado.
-- Não quero, muito obrigado - Digo sem vontade nenhuma de ir.
Não gosto de barulho, de muita gente no mesmo lugar, ainda mais numa boate, lá dentro você vê de tudo.
-- Ah mais você vai sim - Diz e senta na cadeira á minha frente.
-- Murilo não vou e ponto - Digo.
-- Larga de ser chato Gustavo - Diz e bufa -- Essa é nova Gu, vai ser melhor que aquela que fomos naquele dia - Diz tentando me convencer.
Nesse dia eu queria matar o Murilo, aquela boate cheirava droga e mais droga, tudo que você imaginava tinha lá dentro.]
-- Não sei se acredito - Digo não dando muita bola.
-- Larga de ser velho ranzinza - Fala -- Já coloquei nossos nomes - Diz se levantando -- Vai que você conhece o amor da sua vida hoje irmão - Diz zombando.
-- Vai á merda Murilo - Digo o mostrando o dedo do meio.
-- Te espero lá ás 22PM - Diz abrindo á porta -- E não se atrase - Diz e saí.
Bufo e reviro os olhos, já sabendo que teria que o acompanhar hoje, tirando esses pensamentos da cabeça e me concentro no que estava fazendo.
[...]
Deixo o carro no estacionamento da boate e logo saio, já vendo Murilo me esperando na porta.
-- E não é que ele veio mesmo - Diz já zombando de mim.
-- Fica quieto - Digo e ele só dá risada.
-- Vem, vamos entrar - Diz e caminha para dentro do estabelecimento.
Tinha que admitir, era totalmente diferente do buraco que ele enfiou a gente na última vez, as luzes não tão escuras, não estava tão cheio e o lugar cheirava bem, pessoas comportadas e não se esfregando uma na outra á cada cinco minutos, logo relaxei vendo que o lugar me agradava.
Não gosto de ir aos lugares que não me sinto bem, não estou sendo chato, só é ruim, sinto que não sou bem-vindo. Caminhamos até o bar e logo em seguida pedidos uma bebida pra cada um, com nossos copos em mãos, observo as pessoas dançando, tanto homem quanto mulher.
Vejo Murilo olhando pra um certo lugar e viro também, vejo uma mulher, dos cabelos castanhos, vestido vermelho e olhando diretamente para Murilo também.
-- Vai ficar só encarando boca aberta? - Pergunto só para o provocar.
-- Cala boca - Diz e eu dou risada, vendo ele indo em direção á mulher.
Percorro o olhar pelo lugar e quase me perco, quando vejo uma mulher ou melhor, uma deusa, apoiada no balcão, presumo que pedindo uma bebida, que morena bonita, fala sério. Os cabelos totalmente preto e longos, usando um vestido preto, curto e de brilho, ela meche nos cabelos e sinto o cheiro se aproximar de mim, fecho os olhos só sentindo aquele aroma gostoso.
Ela pega a bebida e toma um gole, e no final passa a língua nos lábios, esse movimento foi pra acabar comigo e um certo lugar do meu corpo. Ela passa na minha frente e por impulso, pego no seu braço, á puxando para mim.
-- Boa noite - Digo e sorrio pra ela, vendo ela me olhar confusa, mas já dando lugar á uma cara de brava.
-- Boa noite é o caralho, quer fazer o favor de me soltar? - Pergunta brava.
Me perco nesse lábios vermelhos dela e esse perfume cada vez mais próximo de mim, quero puxa-la e enfiar meu rosto nesse pescoço cheiroso dela.
-- Por que eu te soltaria? - Pergunto me aproximando dela.
-- Por que se você não me soltar eu te dou um chute no seu lugar mais precioso - Diz e dá um sorrisinho de deboche.
-- Você não faria isso - Digo e sorrio, á fazendo dar uma gargalhada falsa.
-- Ah eu faria sim - Diz olhando dentro dos meus olhos -- Dá pra me soltar? - Pergunta já impaciente.
-- Prazer morena, me chamo Gustavo - Digo á soltando.
-- Bom pra você e não perguntei - Diz e se vira, já saindo e indo em direção á uma mesa.
Que morena brava difícil, assim que eu gosto, não dá moleza. Que mulher bonita minha nossa senhora, parece que nem enxergo ás outras mulheres nesse mesmo lugar.
A gata é difícil então, mal sabe ela que já me pertence.
Ah morena, você ainda vai ser minha e eu vou fazer questão disso.
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Deixa eu pousar em você (miotela)
RomanceAssim que colocou os olhos nela, sabia que ela era dele e não haveria nada que o faria mudar de ideia. Mas, ela era difícil e ele teria que ir a conquistando devagar. Ana Flávia, uma modelo super reconhecida, uma mulher alegre, extrovertida, carism...