fifty six

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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Me levanto da cama depressa e corro até o banheiro, vomitando tudo o que tinha no meu estômago. Quando terminei dei descarga e me aproximei da torneira e lavei a boca e escovei os dentes.

Seco minha boca com a toalha e me olho no espelho.

Faz algumas semanas que estou tendo enjoos, náuseas e percebo meu corpo inchado.

Tenho uma ideia sobre o que pode ser, não sou boba. Mas menstruei normalmente esse mês, por isso não desconfiei tanto.

Pretendo acabar com essas dúvidas ainda hoje, alcanço meu celular e mando mensagem pra minha mãe.

" mãe, lembra do que descobrimos á quatro anos atrás juntas? Então, acho que preciso descobrir de novo... chego aí em meia hora. "

Tenho que aproveitar que Gustavo não está em casa. Ele viajou faz dois dias e como sempre foi uma luta pra Benício largar o papai.

Quando Benício nasceu ele diminuiu demais essas viagens e agora com quatro anos, ele voltou com a mesma frequência de viagens.

Benício chora quase todas as noites quando o pai não está, ele acostumou que eu e Gustavo o colocasse pra dormir e quando ele viaja, sou eu quem coloco.

As vezes eu o trago pra dormir junto comigo e isso o acalma, pois sente o cheiro do pai nos lençóis e no travesseiro.

Escuto seus resmungos no quarto e me apresso em sair do banheiro. Chego perto da cama e vejo ele deitado de bundinha pra cima e com os cabelos todo bagunçado, sorrio e me aproximo dele, beijando seu rostinho e acariciando os fios do seus cabelos.

-- Vamos acordar amor da mamãe... - beijo suas costas e já vejo ele se espreguiçando e lutando pra manter os olhinhos abertos.

-- Mamãe... - estica os bracinhos e eu o pego no colo, ele logo envolve meu pescoço com os bracinhos e eu beijo seu rostinho.

-- Vamos passear com a vovó Mi hoje.

Mal termino de falar e ele começa a se mexer animado no meu colo.

-- Vovó mamãe, vovó - repete animado e eu sorrio.

-- Vamos se arrumar e ficar cheiroso pra vovó Mi então? - me levanto com ele nos braços e vou até o seu quarto.

Lhe dou um banho rapidinho e o troco, penteando seus cabelinhos e passando seu perfume. Beijo a bochecha dele ao terminar e ele sorri na minha direção. Pego ele no colo e ele deita a cabecinha no meu ombro, saio do quarto e desço as escadas.

-- Quer papai... - escuto ele falar baixinho e sinto meu coração pequenininho.

-- Papai já chega amor - entro na cozinha e deixo ele sentado na cadeira -- Vamos papar? - mudo de assunto ao ver sua carinha triste e ele assente.

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora