sixty nine

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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Deslizo meus dedos devagar sobre o rostinho minúsculo da minha princesinha e sorrio quando ela sorri fraquinho e seguro sua mãozinha que logo agarra meu dedo.

Depois de horas de trabalho de parto eu finalmente estava com a minha filha nos braços.

Como é ruim e agonizante aquelas dores e e aquelas horas que parecem que nunca passam.

Mas só de ver esse rostinho lindo vale tudo a pena e eu faria de novo se precisasse.

Minha mãe já tinha me dado banho, a médica me examinou e examinou a bebê, fez todos os procedimentos finais e ela já tinha ido embora.

Gustavo tinha ido buscar o Benício e era pra mim estar dormindo, mas quem disse que eu consigo largar essa garotinha linda?

Ela é a minha cara, tem poucas características iguais a do Gustavo, a cor dos cabelos são iguais os meus, os olhos, a boca, ela é perfeita, parece uma boneca, a minha bonequinha.

Ela tinha acabado de mamar e estava dormindo, eu tinha que coloca-lá no berço, mas eu não conseguia deixar ela lá.

Escuto batidas na porta e olho pra cima, vendo o meu primeiro amor me olhando com os olhinhos curiosos e o pai dele logo atrás.

-- Mamãe... - ele me chama e se aproxima.

-- Oi meu príncipe... - me arrumo na cama e logo ele está sentado do meu lado e Gustavo na nossa frente.

-- Olha sua irmã campeão - Gustavo fala e Benício se apoia no meu ombro e aproxima sua mãozinha com cuidado do rosto dela.

-- Ela é tão pequena mamãe... - ele acaricia o rostinho dela e ela abre os olhos, procurando o dono da voz.

-- Ela é amor - beijo a testa dele e ele fica vidrado olhando pra irmã.

E nós quatro ficamos ali no nosso mundinho, minha filha tinha acabado de nascer e eu não via a hora de a conhecer. Meu mundo que antes era azul, hoje ficou cor de rosa também e eu não poderia ter filhos melhores.

Olho pra Gustavo e ele sorri emocionado olhando pra nós, sussurro um " eu te amo" pra ele que sorri e fala de volta.

Saio dos meus pensamentos com a voz do Benício.

-- Mamãe, você vomitou ela? - ele pergunta inocente e eu tenho vontade de rir -- Por que você engoliu ela né mamãe?! Aí pra sair tem que vomitar né?

Olho para Gustavo que prende o riso, respiro fundo e engulo a risada.

-- Filho já conversamos sobre isso, lembra? - acaricio seus cabelos -- O papai deixou uma sementinha na mamãe, o que fez gerar a sua irmã.

-- Tendi - faz biquinho e ainda posso ver em seu olhar um monte de dúvidas.

-- E como o papai faz...? 

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora