forty nine

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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Natal.

A melhor época do ano havia começado e eu não poderia estar mais feliz ao ter meus meninos ao meu lado nessa data tão especial. 

Sempre passei o natal em Londrina com a minha família ou íamos pra fazenda do meu avó e ficávamos todos juntos.

Esse ano resolvemos passar na minha fazenda, viriam a minha família inteira e a de Gustavo também, aqui tem quartos o suficientes pra todo mundo. 

No momento estava no mercado com a minha mãe comprando comida o suficiente pra todo aquele povo e eu não tinha noção de quanto de cada coisa, então trouxe ela pra me ajudar. Tinha deixado Benício com Gustavo e um pouco da minha família que já tinham chegado, o resto chegaria só amanhã. Era a primeira vez que eles ficavam "sozinhos", estava tranquila por que sei que Gustavo cuida muito bem dele e sei que ele daria conta, afinal só vamos ficar fora por algumas horinhas.

-- Mãe do céu, tem certeza que vai tudo isso? - Olho pro carrinho mais uma vez e começo a achar que estamos levando o mercado inteiro.

-- Tem perigo até de faltar, querida.

A olho assustada e ela só ri da minha cara. 

Deixo ela concentrada vendo umas coisas e eu olho o celular mais um vez, pra ver se tem alguma mensagem de Gustavo...

-- Ana, largue esse celular.

-- Mas mãe...

-- Mas nada. 

-- Eles estão bem querida, se tivesse acontecido alguma coisa ele já teria te ligado.

-- Agora venha, me ajude a pegar as carnes.

Guardo o celular novamente e tento tirar eles da minha cabeça, minha mãe fez questão de me manter bem distraída.

[...]

-- Cadê o amor da vida da mamãe? - Pergunto após ver Benício no colo do pai e ao escutar minha voz fica todo agitado.

Vou até eles e largo a chave do carro encima da mesa, o pego no colo e beijo suas bochechas diversas vezes e ele coloco a mãozinha gordinha no meu rosto.

-- Que saudade que a mamãe estava de você... 

Cheiro o pescoço dele e logo aquele cheiro de bebê me invada e eu sorrio. Olho pra Gustavo e o vejo nos olhar com aquele sorrisinho bobo.

-- Do papai ninguém sentiu saudades né? - Ele faz bico e eu me aproximo dele, sentindo sua mão envolta da minha cintura.

-- Como esse papai é dramático, né Beni...

Deixo um selinho nos lábios de Gustavo e vejo ele sorrir pra nós, Benício deita a cabecinha no meu pescoço e vejo que está sonolento.

-- Ele não tirou a sonequinha da tarde? - Pergunto ao vê-lo piscar os olhinhos lentamente.

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora