forty four

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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Quatro meses depois...

Nono mês de gravidez.

Sorrio ao escutar o coraçãozinho do meu bebê e vejo os olhos da minha mãe se encherem de lágrimas. 

Ela que veio nos acompanhar hoje e dá pra ver a felicidade estampada em seu rosto.

-- O bebê de vocês cada vez mais saudável, continue se cuidando e tomando as vitaminas certinho Ana.

-- A próxima vez que verei vocês, será para trazer esse lindão ao mundo.

Olho pro monitor, que mostra o rostinho do meu filho. Fico toda boba vendo ele, não vendo á hora de tê-lo nos meus braços, sentir seu cheirinho.

-- Não vejo á hora de pega-lo nos braços - Minha mãe parece que lê meus pensamentos.

Sorrio pra ela e olho pra Gustavo, que está quase na mesma situação que eu. Ele se levanta e pega na minha mão, beija minha testa e me agradece por esse momento.

Faltam algumas semanas pro Beni nascer e está quase tudo pronto pra chegada dele, minha mãe fez questão de lavar todas as roupinhas e arrumar minha mala de maternidade. Ainda faltam algumas coisas pra mim comprar pra mim, mas a dele está prontinha. 

Eu melhorei muito depois daquele vez, Gustavo me ajudou a se erguer e eu não pude arrumar um noivo melhor. Ele me apoio, me ouviu, respeitou o meu tempo e não forçou a barra. Só quando a situação estava critica que ele se impôs. 

Eu não tinha forças pra nada, só pensava no meu bebê toda hora, tinha medo que aquela maluca fizesse algo com ele, eu estava cega de medo, não comia, quase não dormir e só sabia chorar o dia inteiro.

Eu chorava quando Gustavo saía pra trabalhar, eu não conseguia dormir, ficava velando seu sono de noite, observava ele se arrumar pra trabalhar e contava os segundos para quando ele vinha se despedir, toda vez eu fingia estar dormindo, por que eu sabia que ele iria perguntar se eu estava bem e essa era a única pergunta que eu não queria responder. Eu não estava bem, era nítido, estava estampado no meu rosto. Eu não aguentava nem sair pra trabalhar, algo me prendia, não queria me alimentar na maior parte do tempo, mas eu tentava comer pelo meu bebê, ele não merecia passar pelo o que eu estava passando. Ele é um ser puro e inocente, não merecia tanto sofrimento.

Conversamos, ele me apoio e me ajudou a se levantar novamente. Quem me vê hoje nem sonha com o que já aconteceu comigo. E eu não sabia fazer outra coisa além de chorar, eu me prendi naquela bolha e não conseguia sair. 

Gustavo me tirou dela, com todo o seu carinho, amor e respeito. Não deixo de agradecer á Deus todos os dias, por ter colocado esse homem na minha vida e de ter nos dado o fruto do nosso amor.

Nosso Benício.

Fico ansiosa só de pensar nele, imagino seu rostinho, seu cabelinho, com quer vai se parecer mais. Confesso que, espero que ele nasça com o rostinho do papai gato dele, mas que pelo menos ele venha com alguma coisa minha não é?

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora