sixty five

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GUSTAVO MIOTO

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GUSTAVO MIOTO

Saio do carro e percebo a luz da sala ligada, abro a porta de casa com cuidado e deixo as chaves encima da mesinha que temos ali perto da porta.

Entro na sala e vejo a cena que cortou o meu coração.

Ana estava toda torta no sofá e o pijama que estava usando deixava um pouco sua barriga amostra, posso perceber uma certa movimentação ali e sorrio fraco.

José vem ao meu alcance e se apoia nas minhas pernas pedindo carinho, me abaixo e acaricio sua cabeça e depois de dar atenção á ele, ando até Ana vendo sua carinha linda que faz quando está dormindo.

Arrumo seus cabelos e a blusa do seu pijama, beijo sua barriga e logo depois seu rosto.

A pego no colo e beijo sua testa, ela reclama baixinho e encosta a cabeça no meu peito.

-- Gu... - escuto sua voz sonolenta e subo as escadas com cuidado.

Entro no quarto e ando até a cama.

-- Tudo bem? - pergunta e vejo sua carinha de confusa.

-- Descansa amor, conversamos amanhã - beijo seu rosto e cubro seu corpo.

Não demora muito pra ela cair no sono e eu fico ali igual um bobo velando seu sono.

Me descontrolei hoje a tarde quando soube que ela estava com dor, fiquei chateado sim e saí desparado de casa, fui pra casa da Bruna e do Felipe. Contei pra eles toda a situação e eles me fizeram entender a situação, que eu tinha que ver o lado dela também.

Sei que ela pensa que privar de me contar as coisas eu não vou ficar preocupado, mas eu fico em dobro quando ela não me conta.

Fiquei preocupado e chateado com a situação sim, é a minha mulher e a minha filha, claro que eu ia ficar preocupado.

Não sei á quanto tempo ela está sentindo dores, acredito que sejam as contrações começando, afinal faltam duas semanas pra ela completar nove meses e estamos redobrando os cuidados com elas.

Não vejo a hora de conhecer a minha menininha, a minha tão sonhada princesinha.

E pensar que faltam menos de duas semanas para conhece-la eu já começo á ficar ansioso e nervoso.

Eu sei o quanto Ana Flávia sofreu no parto do Benício, não consigo imaginar a dor que ela sentiu e só de pensar que ela vai passar por isso de novo, me parte o coração.

Saio dos meus pensamentos ao ouvir batidas pequenas na porta, corro pra atender para que Ana não acorde.

Abro e dou de cara com Benício sonolento e coçando os olhinhos.

-- Papai? - me olha com os olhinhos meio fechados.

-- Oi campeão - me abaixo e ele corre pro meu colo, coloca os bracinhos em volta do meu pescoço e me abraça apertado -- Tudo bem?

-- Uhum - resmunga e deita a cabeça no meu peito -- Eu estava com saudadi sua papai...

Beijo sua cabeça e o pego no colo, me sento no sofá do quarto e o deito no meu colo, igual eu fazia quando ele era bebê.

-- O papai também estava com saudades de você... - sussurro e logo percebo que ele dormiu, sorrio fraco e espero uns minutos, antes de leva-lo pra cama novamente.

Volto pro quarto e vou em direção do banheiro, tomo um banho e escovo os dentes, coloco meu pijama e me deito na cama com cuidado, trazendo o corpo de Ana pra cima do meu e tomando cuidado com sua barriga.

Beijo seu rosto com cuidado e fico ali, velando seu sono.

[...]

Sinto um carinho no rosto e não abro os olhos.

Eu conheço muito bem esse toque.

Ainda de olhos fechados, viro o rosto e beijo sua mão.

Abro os olhos e vejo ela sorrir envergonhada pra mim.

-- Tudo bem? - pergunto com a voz rouca e ela assente.

Suas mãos sobem pelo meu rosto e param no meu cabelo, fazendo um carinho.

-- Vai me deixar cortar ele? - sorrio e ela ri também.

-- Ainda não - sorrimos e ficamos nos olhando.

Ela me olha e percebo que quer falar algo, mas está com medo da minha reação.

-- Me perdoa? - sussurra com a voz embragada e eu a puxo pro meu peito.

-- Não tem o que perdoar princesa... tá tudo bem - beijo seus cabelos.

Ela assente e eu continuo fazendo carinho na suas costas.

-- Só me promete que não vai me esconder mais nada, Ana - ela levanta o rosto e me olha.

-- Eu prometo. Só que eu tenho medo de cansar você, de...

A interrompo e pego em sua mão.

-- Eu quero te ajudar, quero estar presente em cada dor, mesmo que você não me fale. Por favor... eu quero te ajudar nesses momentos, sabe que se pudesse eu pegaria essa dor pra mim, mas já que eu não posso, deixa eu estar com você nessas horas, em qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer momento... deixa eu te ajudar. 

-- Eu não tô aqui pra travar, pra prender, pra freiar você. Poe tua cabeça no meu ombro que eu enfrento qualquer coisa com você. Eu tô aqui pro caso de você cair eu tô embaixo pra amortecer.

Ela sorri o que me faz sorrir junto, a abraço apertado e ficamos ali no nosso mundinho, só nós dois, aproveitando a companhia um do outro.

-- Eu te amo Gu.

-- Pode apostar que eu te amo muito mais.

-- Pode apostar que eu te amo muito mais

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esse foi mais curtinho

mas eu já estou escrevendo o outro, amanhã eu já deva postar ou hoje ainda... se eu terminar de escrever 

beijinhos e até!!

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora