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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Coloco Aurora no carrinho e logo ela reclama por sair do meu colo.

-- Nada de chorar pacotinho, mamãe tem milhões de coisas pra fazer - faço caretas pra ela que meche os bracinhos.

Volto o olhar para o computador e escolho as fotos para a campanha.

Eu tinha voltado a trabalhar, aos poucos, mas eu tinha.

Eu estou me sentindo bem melhor do que alguns dias atrás.

Gustavo me ajudou muito nessa questão, como sempre.

Meu marido é incrível.

Hoje eu estava em casa fiquei com a neném, Benício foi pra escola e o Gu foi trabalhar, depois de muita insistência minha, pois ele não queria ir.

Ontem eu fiz alguns ensaios, meu corpo já tinha voltado ao "normal". Minha barriga desinchou bastante. 

Daqui alguns dias Aurora completaria um mês de vida e eu queria fazer alguma coisa, pra não deixar passar em branco esse dia. 

Só alguns amigos e famílias, sem muita gente.

Eu deixei minha mãe e sogra cuidando disso, posso apostar que elas vão fazer uma festa enorme. Mas eu deixei claro que eu e Gustavo queríamos só um bolinho bem simples.

Além de que ela ainda é muito pequena, quase não vai aproveitar a festa.

Saio dos meus pensamentos com seu choro alto, me assusto e corro para pega-la no colo. Seu choro está diferente, parece um choro de dor.

A pego nos braços e começo a nina-la, ando pela sala e acaricio seus cabelinhos.

-- O que foi minha vida? - olho pra ela que agarra meu colar com as mãozinhas e eu beijo sua testa, sentindo sua pele quente.

Coloco a mão sobre sua testa e vejo que está quente demais.

Começo a sentir um nervoso e subo até o quartinho dela, quando entro vou atrás do termômetro e quando o acho, coloco de baixo do seu bracinho e me sento na poltrona de amamentação.

Quando ela sente algo gelado no seu bracinho começa a se mexer incomodada.

Abaixo a alça da minha blusa e coloco meu seio em sua boca, logo ela começa a mamar e esquece do objeto em baixo de seu braço.

-- Não fica doentinha amor... por favor - seguro em sua mãozinha.

Depois de alguns minutos, que foram agonizantes para mim, o termômetro apita e o pego, vendo que ela estava com trinta e sete de febre.

-- Aí Jesus... - coloco a mão na cabeça e olho pra ela, que estava toda concentrada mamando e agarrada ao meu colar.

Espero ela terminar de mamar e a deixo no berço, vou atrás do meu celular, o pego e disco o número do Gustavo rapidamente, que me atende no segundo toque.

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora