fifty seven

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GUSTAVO MIOTO

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GUSTAVO MIOTO

Enfio a cabeça dentro da blusa da Ana e vejo sua barriga com uma certa relevância, beijo seu ventre várias vezes e escuto a risada gostosa dela, automaticamente sorrio junto e ela levanta a blusa até a altura dos seios e me pega no flagra.

-- De novo amor? - acaricia meus cabelos sorrindo.

-- É que faz muito tempo que não converso com ela - acaricio seu ventre e dou leve beijos na região.

-- Não faz nem dez minutos - ela ri alto e eu dou de ombros.

Quando soube da segunda gravidez quase surto de tanta felicidade. Só Deus sabe o tamanho que era a minha vontade de ser pai novamente, é um sensação tão boa, um sentimento inexplicável que só quem é pai vai entender.

Confesso que estava pedindo pra Deus todas as noites antes de dormir, se fosse da vontade dele que ele nos enviasse mais um bebê, a minha tão sonhada menininha.

Se vir mais um garotinho eu vou ficar mega feliz também. Já ganhei o bebê que tanto pedi pra Deus então se vier menino ou menina iremos amar com a mesma intensidade.

Ainda não contamos pra Benício, estávamos esperando Ana completar três meses que é o tempo que o bebê já está um pouco formado e quase sem riscos. Confesso que estamos com medo da reação dele, claro que já falamos sobre isso com ele várias e várias vezes então espero não ser nenhuma novidade pra ele.

-- Gu? - escuto sua voz e levanto a cabeça.

-- Diga minha princesa.

-- Tô com medo da reação do Beni...

-- Confesso que eu também. Mas, aposto que ele vai gostar mais que a gente.

Sorrio pra tentar conforta-la e ela sorri fraco, mas ainda percebo que está apreensiva.

Escuto batidas na porta e sorrio já sabendo quem é. Ana cobre a barriga e se ajeita na cama, me levanto e vou até a porta, encontrando Benício coçando os olhinhos e com a carinha toda amassada.

-- Bom dia campeão - pego ele nos braços e ele deita no meu ombro.

-- Bom dia papai.

Levo ele até a mamãe dele que estica os braços e o pega no colo, beijando seu rosto várias vezes.

-- Dormiu bem meu príncipe? - arruma os cabelos dele com os dedos e ele assente.

Ele deita do lado dela na cama e acaricia os cabelos dele. É sempre assim. Acordamos e ele vem pra cá e ficamos juntos um pouco na cama e logo levantamos pra começar o dia. Hoje em especial é sábado, o dia em que tiramos pra ficar os três juntinhos e em breve seremos quatro. Só de pensar meu peito se enche de alegria e eu não consigo segurar o sorriso no rosto.

-- Por que o papai está sorrindo pra parede mamãe? - escuto a voz sonolenta de Benício e olho pra eles, vendo os dois me olhando.

-- Acho que tenho uma ideia do que seja...

-- E o que é? - ele olha com aqueles grandes olhos castanhos pra mãe e Ana me olha tipo "começa você."

-- Filho lembra de quando falamos sobre a ideia de você ter um irmãozinho ou uma irmãzinha? - ele me olha atentamente e assente com a cabeça.

-- Então amor... você vai ter um irmãozinho em breve -- Ana sorri pra ele e coloca a mão sobre a barriga.

Benício olha pra barriga dela e depois olha pra mim e posso ver seus olhos marejarem.

-- Mamãe vai esquecer do Beni...

-- Não amor, não e não. Mamãe jamais vai esquecer você. - Ana começa a ficar desesperada.

-- Filho, nós nunca iremos esquecer você. - me sento do lado dele na cama e ele logo saí do lado da Ana e se enrosca no meu pescoço.

-- Quero o papai... não quero mais a mamãe - ele sussurra e eu olho pra Ana, vendo seus olhos cheios de lágrimas.

-- Não faz isso com a mamãe... - escuto ela murmurar e cobre o rosto com as mãos.

-- Benício olha pra sua mãe - digo e ele nega com a cabeça.

-- Não papai, ela vai me esquecer - saí do meu colo e corre até a porta saindo do quarto.

-- Ana... - vejo as lágrimas caindo e eu a abraço forte -- Logo ele vai entender querida. Vou conversar com ele.

-- Não. Deixe ele absorver no tempo dele, sem pressa e sem pressão, uma hora ele vai ter que aceitar.

Beijo seus cabelos e acaricio suas costas.

[...]

Passo pelo quarto de Benício e paro ao escutar a conversa.

-- Quer ajuda amor? - escuto Ana perguntar com seu tom de voz carinhoso.

-- Não.

-- Mas a mamãe sempre te ajudav...

-- Mais eu não preciso de ajuda agora.

Benício pode ter quatro anos, mas ele tem um gênio forte que puxou de mim e um pouco do da mãe.

Me preparo pra entrar no quarto e o repreender por isso quando Ana saí e vejo seu rosto vermelho.

-- Vem cá princesa... - puxo ela contra meu peito e ela começa a chorar compulsivamente -- Isso não pode continuar assim Ana, vou falar com ele você querendo ou não. Ele tem que entender.

-- Eu não consigo aguentar ele me rejeitando assim. Tá me machucando tanto, não existe dor pior que essa...

-- Se acalma princesa, lembre do nosso outro bebê hum? Sem estresse e sem passar nervoso.

Ela assente e olho atentamente pro seu rosto, percebo ela pálida demais.

-- Você comeu querida? - coloco a mão na sua testa e está gelada.

-- Ana?

-- Hum...

-- Está me ouvindo?

Ela se amolece nos meus braços e vejo seus olhos fechados.

Não.

De novo não.

-- Benício! - grito seu nome e logo ele saí do quarto.

Vejo sua carinha de assustado quando vê a mãe desmaiada nos meus braços.

-- Pega a bolsa da sua mãe encima da cama e vá até o carro. Vou estar te esperando na garagem.

Ele assente e eu ajeito Ana nos meus braços, desço as escadas e vou até a garagem. Coloco ela sobre o banco e ajeito ela de um jeito confortável.

-- Amor não me assuste mais uma vez, por favor - sussurro e beijo sua testa.

Benício surge ao meu lado e o coloco sentado no banco, coloco seu cinto e entro no banco do motorista. Saio de casa e vou em direção ao hospital. Olho pelo espelho e vejo uma cena de esquentar o coração. Ele apoio a cabeça da mãe sobre o seu colo e faz carinho no seu cabelo e o rosto pálido.

Olho pra frente novamente e peço baixinho pra Deus pra que não seja nada, só um desmaio de nervoso.

não me matem, prometo recompensar no próximo

alguém tem algum palpite do que pode acontecer?

beijinhos e até!!

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora