fifty five

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ANA FLÁVIA CASTELA

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ANA FLÁVIA CASTELA

Algum tempo depois...

Abro a porta de casa e coloco minha bolsa encima da mesinha, tiro os saltos dos meus pés e quase solto um gemido ao sentir o chão frio nos meus pés. Depois de quase um dia inteiro encima deles eu mereço um descanso, mas de quatro sessões de fotos hoje e sem falar nos vídeos que tive que gravar, trocar de roupa toda hora, maquiagem e cabelo sendo mudado a cada minuto e eu no final do dia estava podre. Só queria chegar em casa, tomar um banho e ficar quietinha com os dois homens da minha vida.

Que eu achava que eles estavam em casa, pois o silêncio que está nessa casa não é normal quando se tem um filho de dois anos, que é mais bagunceiro e espoleta que sei lá o que. 

Quando Benício aprendeu a andar eu fiquei muito feliz e um pouquinho doida, pois ele andava por tudo e a cada minuto tinha que ficar de olho, qualquer descuido podia apostar que ele estava aprontando, ainda mais que Gustavo entra na onda dele e faz tudo que ele pede. 

Ainda mais quando mudamos de casa. Pois tínhamos uma criança que tinha acabado de aprender a andar e o apartamento ficou pequeno pra isso, queríamos que ele crescesse num ambiente natural, mais aconchegante e compramos uma casa que tinha um quintal enorme para brincarmos com o Benício e deixarmos ele correr a vontade. A casa era enorme, tinha até medo de perder Benício aqui dentro, mas aos poucos fomos se acostumando e o que ele mais gosta, é de brincar com os carrinhos lá fora.

-- Amor, já cheguei! - entro na sala e não encontro ninguém.

Ainda estranhando fui até a cozinha e não encontrei nada, fui nos quartos e nada também, por último passei no quintal só por desencargo de consciência, pois estava de noite e não acreditei muito que eles poderiam estar ali.

Escuto alguns barulhos perto da piscina e desço as escadinhas que tinha ali e dava acesso pro quintal de baixo. 

Não acreditando na cena que estava vendo, fecho os olhos e acho que estou sonhando. Abro novamente e realmente era verdade.

Gustavo, Benício e um cachorro estavam brincando de correr.

Cachorro.

Ou melhor, um golden.

Já tínhamos tido essa conversa e a minha resposta foi não e não. Pois Benício ainda era muito pequenininho pra correr e brincar com um cachorro. Mas pelo visto meu marido não quis me ouvir.

-- Gustavo Pieroni Mioto, o que significa isso? - falo e cruzo os braços.

Gustavo se vira e me olha com a carinha de cachorro abandonado e Benício ao me ver corre na minha direção, com as perninhas gordinhas e curtas, me abaixo e pego ele nos braços.

-- Mamãezinha - beija minha bochecha e eu beijo seu rostinho todo.

-- Tudo bem amorzinho? - pego na sua mãozinha e beijo.

Deixa eu pousar em você (miotela)Onde histórias criam vida. Descubra agora