ANA FLÁVIA CASTELA
Coloco minha bolsa no sofá da casa dos meus pais e me aproximo depressa da cozinha, já escutando vozes e o gritinho do meu bebê.
-- Cadê meu bebê? - entro na cozinha e assim que Benício escuta minha voz ele começa a chorar e se espernear no colo do meu pai.
-- Ah amor... - pego ele nos braços e ele agarra meu cabelo com força nas suas mãozinhas gordas.
Acaricio suas costinhas e beijo sua cabecinha várias vezes sentindo seu cheirinho de bebê, sinto as lágrimas escorrerem dos meus olhos e fecho os olhos ninando meu filho nos braços. Braços fortes passam pela minha cintura e abro os olhos, vendo Gustavo beijando a mãozinha de Benício.
-- Pelo visto você só sentiu falta da mamãe né meu guri - Escuto Benício rir e eu acabo rindo junto.
Gustavo pega ele nos braços e eu abraço minha mãe forte, ela acaricia meus cabelos e eu sinto aquele cheiro único dela e sorrio.
-- Que saudade mãeee - ela ri e beija meu rosto.
-- Aposto que nem deu tempo de sentir saudades minha... - ela me olha com uma cara divertida e eu tenho vontade de me enfiar num buraco.
-- Mãe!!
-- Até parece que você é uma santa Ana Flávia - revira os olhos e ri alto.
A olho brava e escuto meu pai me chamando.
-- Meu veinhooo - abraço ele e encho seu rosto de beijos, logo tiro seus óculos e cutuco sua barriga.
-- Mais já começou NaFlavia - ameaça correr atrás de mim e eu paro dando risada.
-- Já parei! - ergo os braços e vejo Benício me olhando -- Que foi meu bebê? - mordo seu pezinho gordo e ele ri encostando a cabecinha no ombro do pai.
-- Ele já comeu mãe? - pergunto fazendo careta pra Benício e ele ri.
-- Ah, comeu mas comeu pouco. Ele não se deu muito bem com a mamadeira.
-- Quer tetê amor? - ele começa a balançar as perninhas o que faz Gustavo rir e me entregar o bebê.
-- Trocado pelo tetê - faz drama e eu lhe mostro a língua.
Ando até a sala com Benício nos meus braços e sento no sofá, abaixo a alça da minha blusa e coloco meu seio na sua boquinha, ele logo começa a mamar como se a vida dependesse disso e agarra meu colar com os seus dedinhos.
Acaricio seus cabelinhos e beijo sua testa, amando tê-lo nos meus braços novamente.
[...]
Coloco Benício devagarinho dentro do berço e beijo sua testa. Depois de brincar com o pai e tomar banho, ele logo dormiu nos meus braços enquanto estava mamando.
Fecho a porta do quartinho dele com cuidado e ando até as escadas, descendo e encontrando meu marido apoiado na grade da sacada, aonde costumávamos ficar deitados por horas. O abraço por trás e encosto minha cabeça na suas costas, ele beija minhas mãos e eu sorrio.
-- Ele dormiu? - pergunta acariciando minhas mãos delicadamente.
-- Uhum... - murmuro e beijo suas costas sentindo seu cheiro.
-- Tudo bem? - ele se vira com cuidado e eu o olho.
-- Tudo... por que a pergunta? - estranho e ele logo sorri fraco.
-- Só confirmando se você está feliz.
Sorrio ao ouvir e abraço seu pescoço e fico na ponta dos pés.
-- E claro que eu estou feliz amor, olha o tanto de coisas boas que você fez e trouxe pra minha vida.
-- Muito bom ouvir isso, sabia? - aproxima seu rosto do meu e eu sorrio pra ele.
-- Sabia... mas e você, está feliz? - olho dentro do seus olhos e ele me olha sorrindo.
-- Mas que qualquer coisa nesse mundo princesa.
Acabo com a distância entre nós e encosto nossos lábios, num beijo calmo e lento, acaricio sua nuca com carinho e sorrio no meio do beijo, abrimos os olhos juntos e ele também sorri pra mim.
-- Te amo minha vida.
-- Eu também amo você, ursinho.
[...]
Na manhã seguinte eu acordei com dores fortes no pé da barriga e já podia adivinhar o que era.
Sabe a visitinha de todo mês?
Pois é, ela havia chegado.
Me viro na cama e não vejo Gustavo, suponho que Benício deve ter acordado e ele levantou já. Levanto da cama e coloco a mão na barriga, ando até o banheiro e fecho á porta, abaixo o short do pijama e confirmo as minhas suspeitas, prendo meus cabelos e termino de tirar o pijama. Entro no box e tomo um banho rapidinho, pois a dor estava ficando cada vez mais forte e eu precisava tomar o remédio, me enrolo na toalha, faço minha higiene e saio do banheiro, entro no closet e preparo minha calcinha com o absorvente e coloco um short de malha apertadinho e um moletom do Gustavo, coloco meia no pé e passo perfume, saio do quarto e desço as escadas com a mão na barriga e escuto vozes vindo da cozinha.
-- a mamãe já desce campeão... - escuto a voz de Gustavo.
-- mamãe já desceu.
Os dois me olham e vejo Benício balançar as perninhas animado, me aproximo e pego meu bebê no colo, beijando suas bochechinhas gordas e ele solta aquela gargalhada gostosa. Sinto um beijo na minha cabeça e olho pra Gustavo.
-- O que eu perdi enquanto você dormia? - me estende a caneca com chocolate quente e eu sorrio agradecendo.
-- Uma cólica desgraç...
-- Ana Flávia! - me corta antes que eu fale besteira e aponta pro Benício que me olha com os olhinhos curiosos.
-- Uai, esqueci.
Benício puxa meu colar e já sei que quer mamar, me sento na baqueta da cozinha e levanto o moletom, ele logo começa a mamar e eu começo a tomar meu café da manhã.
-- Quer o remédio?
-- Por favor.
Ele logo aparece com uma cartela de comprimidos e um copo de água, tomo o remédio e fecho os olhos quando a dor se intensifica.
-- Quer terminar de amamentar ele na cama, princesa? - se aproxima e me abraça pro trás.
-- Não precisa amor - sinto seus beijos na minha nuca e olho pra Benício, que estava mamando como se sua vida dependesse disso e agarrado ao meu colar com força.
-- Odeio te ver assim e não poder fazer nada - beija minha bochecha e eu sorrio de leve.
E assim foi a nossa manhã, nós três juntinhos e depois acabamos no sofá, assistindo filme e eu me entupindo de chocolate.
últimos capítulos...
beijinhos e até!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Deixa eu pousar em você (miotela)
RomantikAssim que colocou os olhos nela, sabia que ela era dele e não haveria nada que o faria mudar de ideia. Mas, ela era difícil e ele teria que ir a conquistando devagar. Ana Flávia, uma modelo super reconhecida, uma mulher alegre, extrovertida, carism...