CAPÍTULO 13

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AVISO: CONFIRA A NUMERAÇÃO DO CAPÍTULO ANTES DE LER! O WATTPAD BAGUNÇA MEUS CAPS!

***

Quando as duas horas que tinham acabaram, elas ainda não tinham encontrado nada que falasse sobre o tal Santuário. Alex às levou de volta para casa e o restante do dia se passou com Ariane contando à sua maneira a história da criação.

À noite Kiara notou várias mensagens de Hiago em seu celular e da Juliana também, mas não quis responder naquele momento, não conseguiria conversar com eles normalmente com o tanto de informação lotando a sua cabeça.

O dia seguinte chegou e com ele, o trabalho. Kiara descartava as luvas estéreis no lixo quando Evelyn abriu a cortina do biombo e pôs a cabeça para dentro.

— Kiara, tem uma garota na sala 3 de emergência, ela foi atacada por um animal desconhecido e está delirando.

Evelyn não precisou falar duas vezes, Kiara se dirigiu quase correndo até a sala em que a garota estava. Quando se aproximou, conteve uma careta de espanto ao se deparar com um grande corte no abdômen dela e uma mordida no ombro. Kiara soube de cara que aquilo tinha sido feito por um lobo.

A garota tinha sobrevivido por sorte, com aqueles ferimentos, com certeza o lobo pretendia matá-la.

— Olá — disse se aproximando da maca. A garota estava em estado de choque e parecia delirar. Ela virou o rosto de um lado para o outro enquanto resmungava algo que Kiara não entendeu. — Meu nome é Kiara, eu vou te atender, ok? Sabe seu nome?

A garota finalmente lhe olhou. Tinha os olhos vermelhos e inchados por causa do choro. A pele, já clara, estava pálida, os lábios brancos e rachados tremiam. Os cabelos loiros encaracolados estavam endurecidos com sangue e sujeira, assim como todo o rosto dela.

— Je-Jéssica — respondeu. Kiara suspirou aliviada por ela conseguir se lembrar, pelo menos.

Com a ajuda da enfermeira e uma técnica de enfermagem, fizeram os curativos da garota. Uma hora e meia depois, suspiraram aliviadas por terem desinfetado e estancado o sangue dos ferimentos maiores.

— Essa cidade fica cada dia mais esquisita, olha isso? — disse a enfermeira. — Que tipo de animal faz isso? — Ela segurou um dos braços de Jéssica e o estendeu para ver melhor o curativo que tinham feito.

Jéssica dormia profundamente por causa das medicações para dor e dos sedativos que usaram para costurar os cortes maiores.

— Graças a Deus, vou embora de São Paulo semana que vem — disse Larissa, a técnica de enfermagem e a enfermeira bufou.

— Como se essas loucuras só acontecessem aqui — Kiara murmurou.

As duas técnicas e a enfermeira saíram da sala, mas Kiara permaneceu para terminar a anotação no prontuário da paciente. Jéssica ressoava tranquila enquanto a médica debatia internamente sobre o que fazer em relação a ela.

Ela não sabia os detalhes do que tinha acontecido a Jéssica, mas sabia que a garota tinha sido mordida por um lobo, o cheiro dele estava nela. Mesmo o cheiro do sangue dela já começava a mudar. Por sorte, o sangue colhido pelas técnicas ainda não tinha mudado. Pelo pouco que Ariane havia explicado a Kiara sobre o mundo dos lobos, Jéssica se transformaria na primeira lua cheia, e como Kiara, Jéssica não tinha quem lhe ajudasse e tirasse suas dúvidas.

Kiara discou o número de Ariane, mas só deu caixa postal. Discou o número do Alfa, mas também, só deu caixa postal.

— Droga! — resmungou e guardou o celular no bolso do jaleco.

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