151 - Sumir

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- João Phelipe

Eu tento focar meu olhar em outra coisa, mas sempre acabo olhando de relance para os dois na minha frente.

E o pior que sinto que o Igor está querendo me provocar, e está conseguindo.

Decido trocar de lugar, me levanto e todos olham pra mim, pois eu não sei ser nada delicado quando estou assim.

Vou para perto de onde Amanda está e pego uma cadeira e coloco do lado.

— Você está bem cara ? — Biel pergunta

— Tô — bufo

— Se te conforta, eles são só amigos, Igor é vizinho da Luara — Amanda diz

— E você acha que eu nasci ontem ? Ta na cara que esse idiota está dando em cima da Gabriela, se eles nunca tiveram nada, vão ter. Mas isso não me importa, pra mim a Gabriela morreu, morreu! — falo

— Aí não fala assim, credo. Também não nasci ontem e sei que você gosta dela, só está tentando preencher esse espaço com raiva — ela diz

As pizzas chegam e eu tento me concentrar em comer, já que meus olhos sempre voltam para a Gabriela.

— Aí Luara, onde você trabalha? Vou querer atendimento de graça — Biel diz para animar a galera

— Eu posso abrir uma exceção pra vocês — Luara diz

— Eai Igor você faz faculdade? — Cadu resolve perguntar

— Sou formado em arquitetura, tenho minha empresa — Igor boy diz

Era só o que faltava.
Reviro os olhos

— E uma novidade, é que vou dar uma palestras na faculdade de vocês, talvez vocês me vejam por lá — ele continua

Agora que minha vida vira um inferno.

— Mais alguém de vocês além da Gabi cursam arquitetura? — Igor pergunta

— Não, todos aqui são cursos diferentes — Cadu diz

— Deixa eu adivinhar, pelo menos um aqui faz engenharia — ele diz

Eu fico quieto, nem quero dar muita moral pra esse boyzinho.

— O João Phelipe cursa — Amanda diz

— Bem que você tem cara mesmo — Igor diz

— Se eu fosse falar a cara que você tem, com certeza não seria de arquiteto — falo

— Seria o que ? — Igor pergunta

— É melhor não, deixa pra próxima — falo

— Não, seria o que ? — ele pergunta se alterando um pouco

— Com licença, vocês querem mais alguma coisa?

Salvo pelo o garçom, pois eu estava pronto para soltar a minha ofensa sem dó.

Eu e você (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora