- Gabriela
Eu acordo com minha mãe e meu pai conversando alto, e como eu dormi na sala eu não tenho a opção de continuar dormindo.
Já posso sentir o cheiro do café da minha mãe, era sempre assim que eu acordava lá no Rio, com meus pais conversando alto, isso quando minha mãe não ligava o som dela logo de manhã, e com o cheiro de café feito por dona Tereza.
Eu abro os olhos
— Que horas são ? — eu pergunto com a voz rouca
—Bom dia, Já são nove da manhã — meu pai diz
Eu me levanto aos poucos.
— Já compraram pão ? — eu pergunto
— Ainda não — minha mãe grita da cozinha
— Vou lá comprar — eu falo indo para o meu quarto.
Eu tomo um banho rápido sem lavar o cabelo, e quando saio eu coloco um shorts branco e uma blusa preta de manga, calço meus chinelos e saio do quarto
— Bom diaa — a Giulia sai do quarto dela quase caindo
— Bom dia — meu pai responde
— Vou lá comprar pão — eu falo pegando as chaves do portão
— Olha só, primeira vez em — a Giulia fala se jogando no sofá ao lado do meu pai.
— Aí ai — eu falo
Eu saio de casa piscando algumas vezes pra me acostumar com a luz do sol.
Eu abro o portão e saio.
Desço a rua cumprimentando alguns vizinhos.
Chegando na padaria eu encontro ela cheia, tanto que os funcionários não estão dando conta, está até uma fila enorme que está até saindo da padoca.
Que droga.
Eu bufo ao ver a fila e vou em direção a porta pra ir pro final da fila.
— Ei — escuto uma voz conhecida, essa pessoa assobia e eu olho pra trás, como esperado, João Phelipe, está a apenas com duas pessoas a sua frente na fila.
Eu sorrio e me aproximo dele disfarçando.
— Oi — eu falo sorrindo dando um selinho nele
— Eai linda cê tá bem ? — ele pergunta me puxando pra frente dele na fila.
— Estou sim — eu falo
— Ei, está cortando fila ? — a mulher de trás reclama
— Ela está comigo — o João fala abraçando minha cintura
— Eu não vi ela antes — a mulher diz
— Poxa, eu acho que a senhora tá precisando de óculos — o João fala
— João para com isso — eu sussurro
— Como é que é ? E ainda me insulta desse jeito ? — a mulher altera a voz
— Eu não insultei ninguém não, a senhora que está fazendo barraco aí — ele fala
— E ainda me chama de barraqueira ? Estão ouvindo isso senhoras ? — a mulher fala olhando para as mulheres que estão atrás dela.
— Amor, você está piorando as coisas — eu falo
— Mulher folgada — ele fala
— A garota está cortando fila — a mulher grita
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Eu e você (Concluído)
RomanceGabriela Santos de Oliveira uma garota carioca e birrenta que sempre faz de tudo pra se proteger e ganhar. Ela vai estudar em São Paulo e acaba trombando com um garoto Paulista totalmente igual a ela, e ao mesmo tempo oposto e por causa disso eles a...