84 - Jantar part. 1

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- Gabriela

— Estou terminando de me arrumar, mas já pode vir — eu gravo um áudio pro João.

Eu vou até minha penteadeira e termino de fazer minha maquiagem, até que estou ajeitadinha.

Estou com um vestido preto curto de manga pra não aparecer o roxo no meu braço.

— Amiga, me empresta seu rímel — a Giulia entra no meu quarto — Aí meu Deus! Que pedaço de mal caminho! — ela fala me olhando

— Nem estou tão bonita assim — eu falo indo pegar o rímel

— Phelipe que lute pra não te agarrar toda vez que te olhar — ela fala e eu entrego o rímel pra ela

— Nem é pra tanto — eu falo

— Mas amiga, tá tão calor, não é melhor você trocar de vestido ? Principalmente você que é toda frescurenta e passa mal com tudo — ela fala

— Não, eu tô bem — eu falo

— Dês de ontem você tá assim, você tá andando de cortando Gabriela ?? — ela pergunta

— Não amiga, claro que não, eu só achei esse mais bonito e quero usar — eu falo

— Tá bom então, vou lá buscar o Cadu — ela fala

— Oxi você nunca precisou fazer isso — eu falo

— Eu sei — ela sai do quarto

Eu dou risada sozinha.

— Amigaaa! O Phelipe chegou! — a Giulia grita

Eu respiro fundo, passo perfume e saio do meu quarto.

Minha mãe está na cozinha olhando a comida e meu pai está na sala assistindo o jornal de SP.

Eu passo por ele e saio de casa indo até o portão que já está aberto, eu quase desmaio de amor quando vejo o João todo bem vestido segurando a sobremesa da dona Regina nas mãos e dona Regina ao seu lado.

Ele está com uma camisa social branca com as mangas dobradas deixando visível seu relógio prata, está com seu brinco que ele não tira pra nada e uma corrente prata.

— Nossa mais que fofos! — eu falo dando um selinho no João

— Eu sempre estou chique, mas hoje eu caprichei em — dona Regina fala enquanto nos abraçamos

— A senhora está linda sogra, sempre arrasando — eu falo

— O que foi difícil foi deixar esse bicho do mato arrumado — ela fala apontando pro João

— Oh se liga, eu sempre tô arrumado dona — ele fala e ela ri

— Com aquelas roupas que você tava vindo a véia ia te fazer pro jantar — dona Regina fala

— Pô mãe tu chamou a minha sogra de véia ? Lembra que a gente treinou o vocabulário antes de sair ? — o João pergunta e a Dona Regina tampa a boca com as mãos

— Aí meu Deus, desculpa norinha, nem percebi que falei — ela fala

— Tudo bem sogra — eu dou risada — Minha mãe não liga não, podem ficar a vontade — eu falo dando espaço pra eles entrarem e eles entram e eu tranco o portão. — Não precisa fazer cara de quem nunca entrou aqui — eu falo pro João

Eu vou na frente e eles vem me acompanhando atrás.

Meu pai que estava quase dormindo no sofá levanta que nem um jato nós fazendo rir

— Gente esse é o meu pai Antônio, mas podem chamar ele de Tony — eu falo

— Prazer Tony, eu sou Regina — dona Regina diz apertando sua mão

— Olá, bem vindos — meu pai fala

— Esse daqui é o João Phelipe, meu namorado — eu falo e eu pego a sobremesa das mãos dele.

Ele vai até meu pai e eles batem na mão um do outro dando um abraço em seguida

— Eai sogrão — o João fala

— Então você é o cara que conquistou o coração da minha filha ? — meu pai diz

— Acho que sim — o João ri

— Vem, minha mãe está na cozinha — eu falo caminhando até a cozinha e eles vem junto

Dona Tereza está mexendo algo na panela, eu deixo a sobremesa em cima da mesa.

— Mãe, eles já chegaram — eu falo e ela se vira pra trás direcionando seus olhos pra eles

— Ah, desculpa eu estava distraída com a comida — minha mãe ri

Ela seca as mãos em um pano e vai até a dona Regina

— Você deve ser a sogra da minha filha — minha mãe fala entre o abraço

— Sim, sou Regina, prazer — dona Regina diz

— Nossa, você parece tão jovem! — minha mãe diz pra dona Regina

— Tenho quarenta anos querida — Dona Regina fala

— Com aparência de trinta e seis — minha mãe fala

— Ah, obrigada — dona Regina sorri

— E esse deve ser o famoso João Phelipe! — minha mãe vai até o João

— Ui, famoso! — o João ri

Minha mãe dá um abraço nele

— Uhm, está cheiroso! — minha mãe fala

— Sempre tô — o João fala e minha mãe ri

— Aí ai — Dona Regina ri

— Oxi, tá rindo do que senhora ? — João pergunta

— Ela não é sua mãe ? — minha mãe pergunta confusa

— Ah, brincamos assim as vezes — Dona Regina ri

— Chegamos! — a Giulia chega gritando acompanhada do Cadu

— Podem ficar a vontade — minha mãe fala e nós nos sentamos na mesa

— Tia! Esse é o Cadu meu namorado — a Giulia fala

— Fala tia, na boa ? — o Cadu fala

— Eita tu também veio parceiro — o João ri batendo na mão do Cadu

— Quando é comida né — o Cadu fala

— Aí esses meninos! — dona Regina ri dando tapas nas costas do João

— Ué cadê o Tony ? — minha mãe pergunta do meu pai

— Deve estar dormindo no sofá — eu falo e ela ri

— Eu vou lá chamar ele — minha mãe sai da cozinha

— Você se comporta viu! — dona Regina fala

— É o Cadu que já chegou fazendo bagunça — o João fala

— Fiquem tranquilos — eu falo rindo

— Não querida, esses dois aí são pior que tico e teco — dona Regina fala

— Tony dorme em todo lugar que encosta — minha mãe volta pra cozinha com o meu pai e se sentam na mesa.

— Foi só um cochilo — meu pai diz e todos dão risada

— É assim mesmo sogrão, qualquer oportunidade tamo lá, dona Regina não precisa nem encostar em algum lugar pra dormir — o João fala

— Se liga garoto — dona Regina ri

— As vezes também me dá umas recaídas — minha mãe fala rindo — Em fim, podem se servir — ela fala

Nós nos servimos e conversamos sobre o Rio de janeiro, e minha mãe e dona Regina falaram sobre os lugares de lá.

Eu estava com muitas saudades das comidas da minha mãe e principalmente da companhia.

Eu e você (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora