- João Phelipe
Ver aquelas duas no maior papo tava me dando vontade de sair de lá, e não por ciúmes da minha mãe, mas sim pela a presença daquela barraqueira.
— Você tem quantos anos Gabyzinha ? — minha mãe pergunta
— Dezenove — a Gaby fala
— E já é tão independente! Eu acho muito bonito isso em garotas como você, tão bonita e gentil, você poderia estar fazendo outras coisas de jovens por aí, mas decidiu estudar — minha mãe fala sorrindo
— Isso é uma indireta ? — eu pergunto
— Você sabe que não Phelipe, você também é assim as vezes, tirando algumas noites que você não dormiu em casa, mas você também é assim — a dona Regina fala
— Mas essas noites que eu não dormi em casa, eu não estava com nenhuma menininha, a senhora tá ligada que eu acabei dormindo na casa do Cadu — eu falo
— Era o que eu ia falar... — minha mãe fala — Fala mais sobre você Gaby, você namora ?
Minha vontade é de sair daqui, na moral
— Não — ela ri — Eu já tive alguns casos no Rio mas não era nada sério sabe ? Meu pai sempre dizia que eu tenho um coração duro pra me apaixonar — ela fala
— Engraçado porque eu também sempre digo isso ao Phelipe — minha mãe fala e eu reviro os olhos — Tem uma garota que fica no pé dele, a Jenifer, essa menina é insuportável eu nunca apoiaria o namoro deles
— É Jéssica mãe e eu nunca vou ter caso com ela, tu ta ciente disso — eu falo
— Ainda bem né — diz minha mãe
Depois de minutos finalmente alguém decide encerrar
— Bom, dona Regina eu já vou ir, está ficando tarde — a Gaby se levanta
— Mas amanhã é sábado querida — minha mãe fala
— É...mas minha melhor amiga deve estar preocupada comigo, é melhor eu ir — ela fala indo até minha mãe
— Tudo bem então, vem aqui mais vezes, você será mais que bem vinda — minha mãe fala e elas se abraçam
— Pode deixar — a Gaby fala
— Phelipe leva ela até o portão — minha mãe manda
— O que ?! Por que ? — eu pergunto
— Porque sim, eu vou guardar as coisas aqui, o que custa ?
A Dona Regina vai ir além com esse seu planinho infalível, mas é uma pena que não vai dar certo.
— Não é preciso, eu vou sozinha — a Gaby fala
— Não, o Phelipe vai te levar até o seu portão, está tarde, não quero ficar com a consciência pesada se souber que você morreu de uma bala perdida — minha mãe fala
— E eu sou o colete a prova de balas ? — eu pergunto e a Dona Regina me olha com aquela cara de quem quer me esmurrar — Tá, bora logo
A Gaby acena pra minha mãe que mantém um sorriso, nós andamos em silêncio, eu abro o portão da minha casa
— Podemos fingir que você me levou até em casa — ela fala e eu ignoro
Nós atravessamos a rua, e eu deixo ela em frente a sua casa
— É estranho eu estar te agradecendo por algo mas... valeu — ela fala tirando algumas chaves do bolso
— Fique longe da minha mãe firmeza ? — eu pergunto sem querer arrumar briga mas...
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Eu e você (Concluído)
RomanceGabriela Santos de Oliveira uma garota carioca e birrenta que sempre faz de tudo pra se proteger e ganhar. Ela vai estudar em São Paulo e acaba trombando com um garoto Paulista totalmente igual a ela, e ao mesmo tempo oposto e por causa disso eles a...