4- Primeiro dia

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-João Phelipe

Eu caminho até o carro do Cadu e já sei que vai dar B.O, Cadu vai falar pra caramba. Eu abro a porta e entro. 

— Foi mal ae, dona Regina me fez engolir o café hoje — eu falo

— Tu ta sempre atrasado mano — o Cadu fala dando partida no carro

No momento que eu fui jogar minha mochila no banco de trás eu me assusto com duas meninas...aquelas meninas...

— Que merda é essa ? — eu pergunto pro Cadu

— Ah! já estava esquecendo —  ele ri — Essas é a Giulia — ele aponta pra uma garota loira, baixa e magrinha. —  E essa é a Gaby — ele fala e eu vejo aquela menina morena de olhos verdes que me xingou pra caramba por eu ter jogado lama nelas, SEM QUERER — E meninas esse é o João Phelipe — o Cadu fala

— Peraí...você é aquele garoto mal educado que jogou lama na gente ontem — a tal de Gaby fala

— Como assim mano ? —  o Cadu pergunta — Tu jogou lama nas mina porque ? 

— Cara, o que é isso ? tu ta pegando uma delas é ? — eu pergunto

— Ele só está sendo educado diferente de você — a gaby fala

— Não cria treta não, eu não tô afim — eu falo

— Eu também não estava afim de levar um banho de lama sabia ? — ela pergunta 

— Me explica isso direito que eu estou boiando— o Cadu fala

— Foi sem querer, eu só estava descendo de bike pra padaria do seu Carlos e acabei passando em uma poça de lama, só isso — eu falo

— Ah, esqueceu a parte em que você não pediu desculpas e na volta ainda me ignorou e saiu como se não tivesse feito nada ? — a Gaby fala e eu olho pra ela

— Tu é bem folgadinha né, deve se achar melhor que todo mundo — eu falo

— Opa gente, não vamos brigar né — a Giulia fala

— É cara, deixa isso pra lá , foi só um mal entendido, o Phelipe não é assim não — o Cadu fala tentando amenizar o clima.

— Sou sim, e sou até pior, essa daí deve ter sido castigada — eu falo

— Qual é...João, você que começou tudo isso — ela fala fazendo uma cara de debochada

— Primeiramente me chama de Phelipe, e em segundo... Eu não quero ficar discutindo com uma garota mimadinha igual a você e na real, não cria treta comigo não pra não se arrepender depois — eu falo me virando pra frente

Ela nem responde pois a amiga dela implorou.

O Cadu me olha com aquele olhar de reprovação e estaciona em frente a universidade.

Eu saio do carro o mais rápido que posso e entro na universidade mesmo sem o Cadu.

Eu ando pelos os corredores com minha mochila em um dos meus ombros.

— Phelipe!! — ouço a voz da Amanda atrás de mim. Eu quase viro meus olhos do avesso e me viro pra ela sem esboçar nenhum sorriso — Por que você não veio ontem ?? Eu te liguei, mandei mensagem e você nem me atendeu poxa — ela fala

— Foi mal por não te responder, e eu não te devo satisfação da minha vida. — eu falo

Amanda é uma garota bacana, crescemos juntos por que ela mora lá no morro branco, e eu, ela, o Cadu e umas outras pessoas ficava de zoeira na rua.

Ela faz parte daquelas garotas que sonha em ter popularidade e fama, e ela faz de tudo por isso, TUDO mesmo mas ela só é "conhecida" pelo os seus cabelos que cada dia estão com uma cor, hoje mesmo ele está rosa, mas amanhã pode estar azul, mas mesmo com isso chamando muita a atenção das pessoas ela não ofusca as irmãs Duarte, são duas irmãs gêmeas super populares aqui na facul, qualquer cara que não seja eu fica babando por elas, o Cadu é um deles, mas eu não vejo nada de mais, na real, eu só vejo peito e bunda nelas e isso é o que mais chama atenção nos babacas daqui.

— Tá, vai fazer alguma coisa depois da aula ? — a Amanda pergunta

— Por que ? Vai me chamar para algum encontro romântico ? — eu pergunto

Eu e a Amanda não namoramos, nós só ficamos algumas vezes ano passado mas não passou disso.

— Eca! Não — ela faz cara de nojo — Eu só ia te chamar pra caçar um emprego — ela fala

— Saquei, mas eu já arranjei um trampo — eu falo

— Como assim ? — ela pergunta — Aonde ?

— No seu Carlos da padaria lá da rua — eu falo

— Sério ? — ela ri — João Phelipe trabalhando como padeiro ? Como assim minha gente — ela fala

— Eu não vou trabalhar como padeiro, eu só vou atender os zé — eu falo

— Ah... To ligada — ela fala

— Falô, que minha professora é um cocô — eu falo e ela ri

Eu me distancio, passo por muitas pessoas até que chego na minha sala semanal e como eu não sou muito sociável pelo o fato das pessoas terem medo de mim eu não falo com ninguém e nem me importo com isso.

- Gabriela

Eu ainda estou desacreditada e injuriada por causa do João, só pode ser muito azar, tomara que isso não defina meu dia.

Entro na sala de arquitetura e fico assustada por causa dos olhares, eu me sento ao lado de uma menina de cabelo rosa que foi um dos únicos lugares vazios.

— Nervosa ? — a garota de cabelos rosas me pergunta

— Um pouco — eu falo

— É legal você vai ver — ela fala e eu dou um sorriso simpático — Eu sou a Amanda — ela se apresenta

— Sou Gabriela — eu falo

— Vou te chamar de Gaby — ela fala

— Você não é a única — eu falo

— Carioca ? — ela pergunta

— Sim — eu dou risada — Tá tão na cara assim ?

— Um pouco — ela fala

A professora entra na sala fazendo todos se calarem, eu espero me dar bem com essa professora.

A Giulia deve estar amando fazer faculdade de mestrado em design e moda.

Eu e você (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora