58. Aposta 🦄 | Spin-Off

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Avalon Hollywood

Após reunidas, as três irmãs percorreram cerca de alguns quilômetros de carro até a casa noturna mais movimentada de Los Angeles, a Avalon Hollywood. As veteranas haviam combinado de encontrar os amigos da universidade no ambiente festivo. Apesar de estar dirigindo, a primogênita não teve mais resistência contra a pressão do grupo e acabou virando uma garrafa de tequila garganta abaixo.

- Vai com calma, Talita, você não vai dirigir?

Yasmin pergunta, surpresa com seu comportamento. Menos extrovertida, ainda custava a experimentar a bebida com o guarda-chuva. Sequer tem intenção de virar a taça, segura pelo simples fato de alguém ter colocado em sua mão.

- Ah, é... eu vou? - A garota faz uma careta, brindando em seguida com uma amiga. - Eu vou dirigir pra onde?

- Relaxa, qualquer coisa a gente pede um uber, fadinha!

Gabrielly rodopia no banco alto prateado, oito ou sete copos atrás de Talita, certamente mantenedora de um pouco mais de racionalidade.

- A noite vai brilhar!

Talita canta, eufórica com a música dançante:

- Histórias a descobrir!

- Que música é essa? - Yasmin ri, se acomodando ao lado da cacheada, tendo a mais velha como alvo da atenção. - Desde quando ela começou a beber pra ficar doidona?

- Ah, desde aquela vez que nossos pais se divorciaram.

Gabrielly arranha a garganta, como se estivesse revivendo o passado. Seus olhos azuis se tornam brilhantes devido às lágrimas que segura.

A caçula suspira, finalmente dando um gole na tequila, ao ponto de tossir duas vezes após esvaziar a taça.

- Bil, eles estão mais do que bem agora, não vale a pena ficar lembrando daquela época.

- Sim, eu sei. - A figura levanta, apta a se juntar a Talita nos passos de dança chamativos. - Vem comigo, Los Angeles é nossa!

Yasmin ri dos movimentos das duas, preferindo continuar a observar o que todos fazem, se situando na nova atmosfera.

- Ei, Bil, qual é o lance de vocês com os unicórnios?

Nina surge por entre as luzes amarelas, perspicaz em notar que nesta data, o animal mitológico se fez presente em seus acessórios, o que pelo público afora, significa uma referência ou homenagem à caçula, que sempre foi apaixonada pela figura.

- O lance? - Gabrielly sorri torto, lutando pelo encontro de uma boa e rasa justificativa. - Como assim?

- Sei lá, tem teorias de que tem um significado sombrio por trás dele.

- Sombrio? - Talita ri sozinha com a palavra, se aproximando de ambas. - Bem que eu queria.

- Pra mim é.

Bil a repreende, tornando o olhar uma ameaça para que ela não saia contando em voz alta para todos os presentes.

- O quê? Do que vocês estão falando? A história não é só que uma vez no meu aniversário de doze anos eu fiquei pendurada em um unicórnio mecânico?

A ingenuidade de Yasmin ainda faz com que as mais velhas se sintam enojadas por terem descoberto algo íntimo de Harry e Louis.

- Nossa, tinha um unicórnio mecânico no seu aniversário? - Diana, a caloura de arquitetura, desata a rir. - Que irado.

- Na verdade, o pai Louis comprou uma camisinha de unicórnio e usou com o pai Harry até o talo, como disse o tio Liam, não foi, "Bora Bil"?!

Talita pergunta utilizando toda a sua extensão vocal em virtude do volume elevado da música que preenche o espaço. A embriaguez não permite que se envergonhe das palavras

DON'T LET ME GO Onde histórias criam vida. Descubra agora