17. Aposto Que Sou Melhor

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Lee Minho



Se passaram quatro horas de agonia. O céu estava começando a clarear quando o sono começou a me abater.


Jisung estava em um sono profundo enquanto eu permanecia sentado na cama, ao lado dele. Estava fazendo o meu melhor para não observá-lo dormir, sabendo que seria difícil explicar caso ele acordasse de repente.


Até havia conseguido pegar no sono, mas seus resmungos e sua movimentação contra meu corpo me pertubou ao ponto de eu ter que me sentar.


Jisung estava apenas em um sono agitado e com frio, procurando cada vez mais por calor e conforto, já eu, estava quase perdendo o controle.


— Eu sou patético! — Resmunguei baixo e passei as mãos pelo meu rosto antes de me levantar da cama devagar, procurando fazer o mínimo de barulho possível.


Catei minha jaqueta do chão e tirei meu celular do bolso de dentro. Desbloqueei e rolei a lista de contatos rapidamente, procurando pelo da mulher da festa, lembrando do momento em que ela havia digitado.


"Dormitório amarelo. Sofá." Foi o jeito que salvei assim que ela me devolveu. Não conseguia me lembrar de seu nome e nem se havia, de fato, perguntado.


Desviei meu olhar para Jisung por alguns minutos, antes de sair do quarto com a camisa e a jaqueta em uma das mãos e o celular bem  pressionado a orelha.


— Oi? Aqui é o Lee Minho. Já estava dormindo? Hum... Quer ajuda para conseguir dormir? 


Ela era uma das que nunca voltava para casa antes do amanhecer, então tinha quase a certeza de que me atenderia. 


Saí pela porta do dormitório e antes de fazer meu caminho até o amarelo, puxei o maço de cigarros de dentro de um dos bolsos da jaqueta.


Acendi um deles, o sentindo pesar em meus lábios e meus ombros relaxarem, sentindo meu estresse se esvair um pouco logo na primeira tragada. 


O céu estava um pouco mais claro, mas não o suficiente para a luz que vinha dos postes se tornarem inúteis. Fiz rapidamente as contas em minha cabeça, pensando em quanto tempo levaria o alívio e quanto tempo teria para descansar antes do teste.


Pressionei a ponta do cigarro contra um dos postes e joguei a bituca na lixeira antes de pôr a camisa e ajeitar a jaqueta em meu corpo.


...


— Lee Minho? — Ouvi a voz de Yuna assim que entrei. Ela estava parada em frente a porta, parecendo pronta para voltar ao próprio dormitório. — E o Jisung?


— O levei até o quarto. Você pode ir conferir, se quiser. — Arqueei uma sobrancelha e ajeitei minha jaqueta, quase puxando novamente o maço de cigarro. Fumar me trazia uma certa paz, então me vi quase ansioso para mais um. 


A voz de Yuna e sua falta de expressão ao perguntar por Jisung me deixava enjoado, até mais que sua expressão de flerte e desejo, que me direcionava em toda e qualquer oportunidade.


— Jisung sempre foi fraco para bebidas. Ele se torna quase uma criança birrenta e necessitada de atenção. Também fica um pouco necessitado de outras coisas... — Deu de ombros e passou os olhos do meu pescoço até meus pés. — Voltou para curtir o resto da festa?


— Não lhe interessa, ou... — Neguei com a cabeça e ri sem humor. — Não deveria interessar. — Endureci a expressão quando ela deu um passo em minha direção. — Por que não termina com ele?


Intense And Chaotic | Versão Minsung | EnemiesToLovers ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora