Intense And Chaotic | Versão Minsung | EnemiesToLovers ✔

43. Quer Assistir Comigo?

Han Jisung

Senti um peso na parte inferior do meu corpo e abri os olhos, grunhindo quando a claridade os atingiu. Sempre esquecíamos de abaixar as persianas, então o primeiro sempre era o azarado e, apesar de não ser um acordo verbalizado, o primeiro sempre abaixava, como um gentil e único favor.

Tentei me mover mas o aperto em minha cintura aumentou e um grunhido saiu pela boca de Lee Minho. Ele estava com a cabeça deitada em minha barriga, me levando a questionar como ele havia descido tanto ao ponto de conseguir usá-la como travesseiro.

Seus braços estavam por baixo do meu corpo e eu praguejei mentalmente por estar sentindo minha lombar tensa por causa da posição. Seu rosto estava um pouco inchado e ele parecia adorável com a boca entreaberta, deixando um pouco dos dentes da frente à mostra.

Definitivamente bonito. Lee Minho parecia ter sido esculpido. Seus traços eram delicados e ao mesmo tempo fortes, o dando a oportunidade de mudar de fofo para sexy em segundos, um traço realmente cativante.

— Precisava ter levantado meu pijama, cretino? Está me babando! Que nojo! — Cutuquei sua bochecha, testando se ele estava acordado, mas tudo que recebi foi um resmungo. — Está dormindo?

— Estou. — Murmurou, me fazendo arregalar os olhos antes de revirá-los.

— Se está acordado, por que não para de babar na minha barriga e me solta? — Puxei algumas mechas de sua franja o fazendo dar um tapa em minha mão.

— Eu não disse que estou acordado, eu disse que estou dormindo. — Resmungou e apertou ainda mais minha cintura, fazendo a parte inferior do meu corpo ficar um pouco levantada, sendo uma posição muito desconfortável e estranha.

— Estou falando sério, minha lombar está doendo. Quanto tempo ficou deitado aí? Hum? A noite toda? — Cocei um dos olhos e me virei de lado na cama quando ele me soltou e se sentou.

— Você é confortável. — Se limitou a responder. — Bom dia. — Murmurou, ainda com a voz rouca de sono e os olhos fechados.

— Bom dia. — Abri um pequeno sorriso ao vê-lo bocejar e puxar a franja para trás, deixando a marca avermelhada na lateral de seu pescoço exposta. — Minho! — Arregalei os olhos e pressionei a ponta dos meus dedos na marca, o fazendo estapear minha mão mais uma vez.

— O que foi, coisinha? Por que está me cutucando? — Abriu os olhos e grunhiu com a claridade do quarto. — Temos que comprar um dispositivo que fecha as persianas automaticamente, não aguento mais quase ficar cego pela claridade. — Resmungou e coçou os olhos. 

— Você está com uma marca vermelha enorme no pescoço. — Cutuquei mais uma vez e ele se encolheu. 

— Eu sei, eu vi quando fui no banheiro de madrugada. — Revirou os olhos. — Meu colega de quarto hétero deixou um belo de um chupão no meu pescoço, nem sei como vou conseguir explicar isso para as pessoas. — Apontou para o hematoma. — Pensando bem... Não sou mais um adolescente, não tenho que explicar nada para ninguém. — Deu de ombros e assentiu para si mesmo. — Ninguém vai ter coragem de perguntar, minha fama é de transante preguiçoso? Sim, mas ainda é um tipo de transante. — Mexeu as sobrancelhas e eu contorci meu rosto em uma careta. 

— Você é ridículo! Não acha que é um problema? — Cruzei os braços acima do peito e arqueei uma sobrancelha, não acreditando na lerdeza de sua mente. — Não está se esquecendo de nenhum detalhe? Nada lhe vem a mente quando olha para mim?

— Não é um problema maior do que esse chupão no seu pescoço. Espera! São dois! Estão bem bonitos, eu sou muito bom, não sou, não? — Apontou para um ponto em meu pescoço e eu arregalei os olhos antes de sair correndo em direção ao banheiro.