Lee Minho
Soltei o ar pelo nariz assim que o homem subiu as escadas com a caixa em mãos.
— Quem ele pensa que é para me chamar atenção? — Mordi o lábio com força. — Idiota! Era só não se vestir como um entregador...
Puxei o celular do bolso de dentro da jaqueta até perceber a foto da tela de bloqueio, que não se parecia em nada com a minha.
— Ah, é o celular do estressadinho! — Ri fraco e deslizei meu dedo sobre a tela, me deparando com a solicitação de senha. — Sorte a dele.
Voltei para a tela de bloqueio e encarei a foto. O homem estava abraçado a uma mulher sorridente e vários corações estavam desenhados.
— O que está fazendo com o meu celular? Por que não me lembrou dele? — O homem de antes puxou o aparelho das minhas mãos com força.
— Você faz várias perguntas seguidas, não?
— Você não responde nenhuma delas. — Murmurou e o vi digitar rapidamente no celular antes de colocar no bolso e pegar mais uma caixa.
— Parece que meu dia já começou horrível. — Murmurei sem paciência. — Com licença! — Chamei o homem no momento em que ele parou no meio da escada. — Parece que os entregadores esqueceram de fazer o serviço completo e como eu já paguei eles, acredito que não vão querer voltar para completar o serviço.
O homem assentiu duas vezes antes de arquear uma sobrancelha e me olhar de cima a baixo várias vezes. — E o que eu tenho a ver com isso?
— Bem, minhas caixas estão muito pesadas, estão com algumas coleções e minha mesa
desmontada. Você não parece estar com muita dificuldade, que tal eu te pagar para você...
O homem olhou para a próprias roupas e apontou para o suor em sua testa. — É sério? — Me encarou, parecendo indignado. — Ah, você é esse tipo de pessoa... — Murmurou antes de revirar os olhos e eu pisquei várias vezes, tentando processar o que ele queria dizer com aquilo.
— Como assim?
— A resposta é não. Eu não tenho nada a ver com as suas coisas e não sou um funcionário. Tente ser mais amigável da próxima vez e talvez consiga alguma ajuda. — Revirou os olhos e voltou a subir as escadas.
— O que eu disse de errado? — Murmurei baixo e suspirei com força. — Ele que tem que ser mais
amigável! Eu apenas o confundi!
...
Empurrei as caixas com dificuldade para dentro do quarto e suspirei cansado, sentindo o suor escorrendo por minha testa e o final das minhas costas.
— Essa caixa aqui é sua! — O vizinho de porta bateu em uma caixa. Esperei ele empurrar para o lado da minha porta, o que não aconteceu. — Acabei arrastando para cá por engano. — Completou, simplista.
— A mesa. — Murmurei desanimado e cansado. Puxei a camisa para fora do meu corpo, a jogando em cima da jaqueta que havia retirado anteriormente.
— Pudinzinho! — Formei uma careta no rosto ao ouvir a voz estridente gritar do fim do corredor. — Você demorou tanto que eu decidi encontrar você aqui. — A mulher riu e se agarrou as costas do homem.
— Tive que subir todas essas caixas sozinho, meus pais apenas me deixaram na frente do campus. — Puxou a mulher para frente dele e beijou sua testa com carinho. — Estava querendo terminar isso logo, para poder te encontrar, mas houve um pequeno contratempo. — O homem murmurou raivoso e me encarou, notando que eu estava no meio do corredor, apenas assistindo a interação.
— Você é a mulher da tela de bloqueio! — Sorri ao constatar e me aproximei dos dois. — É um prazer conhecer a irmã mais nova do cara da jardineira.
— Macacão. — O homem murmurou sem paciência e virou a mulher pelos ombros, assim que notou ela me encarando. — Por que não me espera no seu quarto?
— É proíbido homens dentro do quarto de mulheres, está nas regras do campus. Ela pode te esperar no corredor. — Ri de sua cara emburrada para mim. — Está querendo tirar sua irmã daqui por que?
— Ela não é a minha irmã, é minha namorada. — Murmurou sem vontade e a abraçou, quase que de forma infantil, como se estivesse protegendo seu brinquedo.
— Ah... — Ri depois de alguns segundos. — Uau!
— O que quer dizer com esse "uau!"?
— Pensei que pessoas com esse tipo de humor e esse tipo de vestimenta não namorassem pessoas bonitas, acho que foi erro meu. — Cutuquei. — Lembre-se, você foi mau educado primeiro. Eu apenas te confundi.
— Espera lá, tá? — O homem amansou a voz para a mulher.
— Está tudo bem, Ji, eu gosto de fazer novos amigos e... Posso ajudar vocês a fazerem as pazes. — Riu de forma adorável e caminhou em minha direção. — Eu me chamo Yuna. Aposto que não teve uma primeira boa impressão do meu Jisung... Não se aborreça, ele é um pouco difícil de lidar mas é um ótimo garoto. — Sorriu grande e estendeu a mão em minha direção.
— Acabou de fazer a descrição de um cachorro. — Ri nasal e aceitei seu aperto de mão. — É, não tivemos um primeiro contato muito bom, mas o que importa é o que acha de mim. O que você acha de mim?
— Hum... Você é bem direto. — Riu. Vi suas bochechas corarem e seus olhos se demorarem em meu torso nú.
— Não acho que ela goste de jardineiras, Jisan! — Exclamei antes de abrir um sorriso maldoso.
— É Jisung. E eu estou usando um macacão. — Murmurou impaciente e avançou, para puxá-la de perto de mim. — Você não tem o mínimo de respeito? Você não têm limites? Você está querendo arranjar um problema comigo por que?
— Você faz perguntas demais. — Bufei.
— É... Acho melhor irmos comer, Ji. — Yuna o puxou em direção as escadas. — Tchau... Você!
— Tchau, Yuna! Tchau, garoto da jardineira!
— Macacão! — Gritou da escada. — Vá se foder!
...
Heey,
Espero que estejam gostando até aqui ;) a dinâmica deles será essa... Provocações.
O que esperam? 💚
+5 comentários e eu volto ;) 💚
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Intense And Chaotic | Versão Minsung | EnemiesToLovers ✔
Fiksi PenggemarHan Jisung o odiou no momento em que o conheceu. Lee Minho sabia exatamente como testar sua paciência e desmanchar sua postura. Ou, Lee Minho queria bagunçar a vida de Jisung da mesma forma que Jisung havia bagunçado sua mente. "Talvez eu ame o caos...