Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)

Capítulo 1

Existem vampiros fortes e vampiros fracos.

Eu sou uma vampira fraca.

Mesmo com o título de Preponderante sei que não tenho nenhuma chance nos testes infernais que, eu carinhosamente costumo chamar de massacre.

O Desafio das Sombras não é apenas um teste para definir uma nova classe de vampiros super poderosos, é uma forma de controlar a população. Ainda acredito que exista motivos muito mais complexos que foram varridos para debaixo do tapete, algo que traria revolta para os vampiros.

Eu não sei para onde estou sendo levada ou o que aguarda por mim, mas uma coisa é certa: não vou desistir.

Mesmo enquanto sou arrastada para longe, mantenho minha determinação de proteger minha irmã e encontrar uma maneira de escapar das garras dos vampiros que agora me prendem.

Olho para Ian com uma expressão suplicante, meus olhos vazios. Me agarro à última esperança de misericórdia, implorando ao vampiro que se sensibilize com minha situação desesperada.

— Ian, por favor — suplico, minha voz trêmula carregada de medo — pelo menos poupe minha irmã. Ela não tem culpa de nada.

No entanto, a minha súplica parece cair em ouvidos surdos.

Ian permanece impassível, seu olhar gelado e desprovido de qualquer vestígio de compaixão.

Seus lábios curvam-se em um sorriso arrogante, revelando a indiferença cruel que espreita por trás de sua máscara de serenidade.

— Você me enoja, coisinha feia — ele responde, sua voz suave como seda, mas fria como o gelo — você pensa que sua fragilidade e medo pode me comover? É tão ridícula. Sua irmã não é responsabilidade minha, e eu não tenho tempo para sentimentos fracos. Ou para vampiras fracas.

Um aperto angustiante invade meu coração enquanto absorvo as palavras de Ian.

Eu compreendo a verdade dolorosa de que ele é implacável em sua determinação de alcançar seus próprios objetivos, sem consideração pelo sofrimento dos outros.

Percebo, com uma sensação de desamparo, que não importa o quanto eu implore ou suplique, Ian não mostrará misericórdia.

No entanto, mesmo em meio à escuridão que se fecha ao meu redor, uma chama de determinação continua a arder dentro de mim. Eu me recuso a desistir, sei que encontrarei uma maneira de escapar e proteger Aurora, mesmo que isso signifique enfrentar inimigos formidáveis.

Estou em um carro à prova de balas que cheira a cigarro e perfume masculino. Ian está no banco da frente com um dos Ceifadores, enquanto dois deles estão sentados atrás comigo. Sinto-me espremida entre os dois homens grandes encapuzados com uma sombra de horror pairando sobre suas cabeças, mas não vou resmungar, pelo menos eles mantém as mãos fora dos meus peitos e da minha boceta.

O carro tem janelas negras e não consigo ver o lado de fora, então não sei que caminho estamos fazendo. Não que eu vá precisar de alguma maneira. Voltar para casa seria o maior erro da minha vida, se eu ainda conseguir fugir, tenho que ir para bem longe, talvez eu deva pintar o cabelo e mudar o estilo, fazer algumas tatuagens e ganhar peso.

Ao chegarmos à imponente fortaleza vampiresca, uma sensação de opressão me envolve enquanto os Ceifadores me conduzem pelos portões maciços.