Eu entrei no quarto com a frustração ainda ecoando em minha mente. Sem dizer uma palavra, me joguei na cama, afundando no conforto do colchão macio. O som da porta batendo ecoou no quarto, e eu olhei por cima dos ombros para ver Dave, Kasper e Ian entrando logo atrás de mim.
Kasper se acomodou no lado superior da cama, gentilmente colocando minha cabeça em seu colo e eu me permiti afundar ainda mais na cama, apreciando o calor reconfortante de sua proximidade. Dave se ajeitou no espaço ao meu lado, suas pernas estendidas enquanto minhas próprias pernas encontravam o conforto de seu colo.
Ian permaneceu na ponta da cama, um espaço entre nós que parecia maior do que deveria. Ele segurava algumas garrafas de bebida, sua expressão indecifrável enquanto distribuía os copos para cada um de nós. Seus olhos encontraram os meus por um breve momento, faiscando com uma intensidade que fez meu coração acelerar.
Enquanto o silêncio preenchia o quarto, o peso da tensão palpável que flutuava entre nós. Era como se estivéssemos dançando em torno de algo que não ousávamos nomear, uma atração mútua e proibida que pairava entre nós.
Eu me encontrei perdida nos olhos de cada um deles, uma mistura de desejo e incerteza borbulhando sob a superfície. Era uma dança perigosa que estávamos dançando, mas naquele momento, entre as quatro paredes do nosso pequeno dormitório, éramos apenas nós, compartilhando nossos fardos sob a luz suave do luar que filtrava pela janela.
Os olhos de Kasper encontraram os meus, e um sorriso suave curvou seus lábios. Seu olhar era caloroso e reconfortante, como se ele pudesse ler cada pensamento que passava pela minha mente conturbada. Com um simples olhar, ele transmitiu uma sensação de segurança e aceitação que eu não sabia que estava desesperadamente procurando. Kasper me aceitou desde o inicio e eu nunca terei palavras para agradecê-lo por isso.
Ao lado dele, Dave piscou para mim, um brilho travesso em seus olhos. Seu sorriso era contagioso, e eu não pude deixar de sorrir de volta. Havia algo inegavelmente divertido e despreocupado nele, uma energia que iluminava o quarto e me fazia esquecer, por um momento, as preocupações que pesavam em minha mente. Dave é especial a sua maneira, o tipo de homem que está sempre ali para você, que enxerga beleza e diversão até nos piores momentos, eu não sei o que seria de mim sem ele também.
E então, meus olhos encontraram os de Ian, e uma corrente elétrica correu pelo meu corpo. Seu olhar era intenso e penetrante, como se ele pudesse ver através de todas as minhas defesas e ler cada pensamento que eu tentava esconder. Havia uma feroz determinação em seu olhar, misturada com algo mais profundo, algo que eu não ousava nomear. Ian foi o meu inferno na terra, ele me assombrou durante dias antes de deixar aquele bilhete em minha porta, lembro dos passos a noite, dos socos em minha porta na madrugada, das pegadas em meu jardim no dia seguinte, e depois, no maldito bilhete. A minha captura era o meu maior medo, eu tinha pesadelos constantes com isso, ele foi o responsável por me fazer viver o meu pior medo, mas, agora, estou aqui, completamente fascinada por ele, completamente devota e apaixonada, agradecendo-o mentalmente por ser o responsável por me fazer viver a experiência mais intensa da minha vida.
Eu me vi perdida naqueles olhos, perdida em um mar de emoções conflitantes. Cada um deles representava algo diferente para mim — segurança, diversão, paixão. E juntos, eles formavam uma sinfonia de sentimentos que ecoavam dentro de mim, uma melodia complexa e arrebatadora que me envolvia em seu abraço caloroso.
Eu me sentia viva e vibrante na presença deles, como se finalmente estivesse encontrando meu lugar no mundo. E apesar do massacre que ainda nos rodeavam, havia uma certeza que queimava dentro de mim, uma certeza de que, de alguma forma, nós estávamos destinados a estar juntos, unidos por laços que transcendiam o tempo e o espaço.
— Eu quero vocês... — sussurro encontrando o olhar de cada um deles — por favor...
Kasper engole em seco e olha para o Dave, meu coração parece descontrolado em meu peito.
— Eu também te quero, veneno — Ian responde com sua voz rouca e firme. Olho para ele com um sorrisinho brotando em meus lábios, mesmo que a tristeza esteja tomando conta de mim novamente.
— Por que não podemos simplesmente ficar juntos? Por que o Max fez isso com a gente?
Meu coração se enche de mágoa.
— Porque, provavelmente, isso que você está sentindo por mim não é real. E precisamos respeitar isso.
— Só eu sei o que estou sentindo, Ian. Eu sei o que é real e o que não é. Meu sentimento por vocês três é mais intenso do que pelos outros dois, porque eu já sentia algo antes do feitiço.
— Eu tentei explicar isso para o Max — Kasper diz.
— pois é. — Dave joga a cabeça para cima. — Se ele soubesse o como você gozou nos nossos dedos...
Coro um pouco ao ver a expressão do Ian ao ouvir isso, ele me olha com um pouco de desconforto e isso só me deixa mais apaixonada, se ele sente ciúmes é porque realmente está gostando de mim.
— E como vocês se controlaram para simplesmente não fodê-la? — Ian pergunta dando um gole na bebida.
Olho para o teto enquanto eles respondem, sentindo o rubor tomando conta de mim.
— Ela ainda estava fraca, tinha acabado de acordar da pancada na cabeça. E, bem, é mais fácil ter controle com outra pessoa por perto, pelo menos um dos dois iria pensar melhor antes de afundar nela.
Ian bebe mais um pouco.
— Eu não quero dividi-la com ninguém — ele diz e se inclina para segurar meu rosto e forçar-me a olhá-lo — quando eu te pegar, será apenas eu e você, me entendeu?
Abro um pequeno sorriso nervoso e balanço a cabeça.
— Você deveria tentar com o Joe primeiro — O Kasper diz.
— Cara, estou impressionado — Dave comenta com um sorrisinho — você é realmente muito maduro, porque só de ouvir esse babaca dizendo que vai pegar o nosso recheio sinto vontade de quebrar os dentes da boca dele, e você está aí dando dicas para ele pegar a nossa garota com outro cara.
— Dave, a Adeline foi enfeitiçada para amar todos os cinco, ela precisa de todos, e eu também não curto a ideia, mas é algo que ela precisa.
Me sinto grata ao ouvir o Kasper e saber que ele pode lidar bem com isso. Ele sempre coloca o meu bem estar acima de tudo e isso me fascina de um jeito que nunca vou conseguir descrever em palavras.
— Por que você acha que eu deveria acrescentar o Joe? — Ian pergunta virando a garrafa contra a boca do copo para enchê-lo novamente.
— Porque não podemos simplesmente transar com ela. — Kasper vira seu copo na boca também. — Não podemos perder nossos poderes, precisamos deles para protegê-la. Não sabemos o que o Klaus quer com esse feitiço, precisamos ter cuidado, e acredite, cara, a Adeline é o tipo de mulher que faz seu pau implorar para fodê-la. Ela é perfeita, completamente perfeita e isso pode te fazer perder o controle fácil.
Ian trava o maxilar enquanto eu pisco algumas vezes me sentindo muito quente, ouvi-lo me elogiando assim acendeu a porra da chama da minha boceta carente.
— Ai, ai.... mó saudades... inclusive... — Dave diz, com um sorrisinho safado. Suas mãos estão massageando meus pés agora enquanto o Kasper me faz um cafuné. Apenas o Ian não está me tocando, ele apenas me olha enquanto bebe, como se estivesse imaginando coisas comigo.
— O que dá pra fazer? — pergunto com o coração batendo forte no peito.
— Sobre o quê? — Dave pergunta.
— Sobre nós, sobre o sexo, a pegação?
— Não dá pra fazer nada — Ian murmura — se a gente tentar encostar em você sexualmente, vamos sentir a pior dor que alguém poderia sentir.
— Dói tanto assim? — levanto uma sobrancelha.
— Alguém quer mostrar pra ela? — Dave pergunta com uma risadinha desafiadora.
Kasper prontamente aceita o desafio, e meu coração começa a acelerar com a expectativa.
Ele se inclinou em minha direção, como se fosse me beijar, e por um breve momento, eu senti meu corpo tenso de antecipação. No entanto, antes que seus lábios pudessem tocar os meus, uma dor lancinante, aguda e intensa, o atingiu em cheio.
O grito de dor de Kasper ecoou pelo quarto, e meu coração se apertou ao vê-lo contorcendo-se em agonia. Fiquei paralisada por um momento, com os olhos arregalados de horror, incapaz de acreditar na intensidade da dor que ele estava enfrentando.
Tentei tocá-lo para ajudar de alguma forma, mas recuei imediatamente ao sentir o calor abrasador da sua pele, parecia que ele estava queimando.
Dave e Ian também se aproximaram, preocupados, mas impotentes diante da dor que Kasper estava suportando.
— Kasper, meu Deus! — grito, minha voz ecoando com desespero. — Por favor, como fazemos isso parar?
Mas a dor parecia não ter fim, e eu me senti impotente, incapaz de aliviar o sofrimento. Era uma visão angustiante, vê-lo tão vulnerável e indefeso, e desejei com todo o meu coração poder fazer algo para ajudá-lo a se livrar daquela dor terrível.
— Ajudem ele! — grito, olhando para os outros dois. Kasper continua gemendo de dor.
— Já vai passar, boneca... — Dave diz com preocupação.
— Nossa, que ideia maravilhosa você teve, não é Dave! — Ian o repreende.
Aos poucos a dor vai se aliviando e o Kasper começa a voltar ao normal.
Ele me olha depois que já está bem e sorri.
— O poder do Max é insano. — ele brinca — Quase fritei.
— Irado pra caralho! — o Dave comenta com uma risada — precisava ver a sua cara! Quase se cagou de dor só por tentar beijar a menina!
— Isso não teve graça! — falo enfurecida — essa... essa porra não teve graça nenhuma!
Kasper me puxa para um abraço e eu me aninho em seu peito.
— Não faça mais isso. — peço com os olhos cheios de lágrimas — Me entendeu? Nunca mais.
— Nem fodendo vou passar o resto da minha vida sem te beijar — ele murmura — vamos dar nosso jeito.
— Pelo o visto, não tem muito o que fazer. — Ian comenta terminando sua garrafa de bebida — vou ali — ele se levanta e começa a andar em direção a porta, olho para ele por alguns segundos antes de perguntar para onde ele está indo e ele responde:
— Já que eu não posso te comer, vou bater uma punheta pensando em como deve ser te foder, veneno.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)
Romance🪙 1° erótico | 25/09/2024 Em "FLOR DE ESQUELETO", somos transportados para um mundo sombrio, onde a humanidade enfrenta sua maior ameaça: uma escuridão implacável que consome tudo em seu caminho. Neste cenário desolador, os vampiros emergem como a...