Capítulo 11

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Eu estava olhando pela janela do meu quarto, observando o jardim do lado de fora, quando avistei uma figura feminina se aproximando. Ela era deslumbrante, com traços delicados e uma beleza que hipnotizava. Mas foi quando meus olhos se fixaram em sua boca em forma de coração que meu coração disparou de medo.

Ela era uma "Beijo Mortal", uma vampira com o poder de envenenar suas vítimas com um simples beijo. A macabra ironia estava estampada em seu rosto bonito, e por um instante, nossos olhares se encontraram.

Um arrepio percorreu minha espinha quando ela sorriu de forma sinistra para mim, como se soubesse exatamente o que eu era e o que ela poderia fazer comigo. Antes que eu pudesse desviar o olhar, Ian apareceu ao lado dela, e um calafrio de terror percorreu todo o meu corpo.

Eu assisti impotente enquanto a vampira se inclinava para Ian, seus lábios se encontrando em um beijo mortal. Meu coração batia tão forte que parecia prestes a sair pela minha garganta, e eu recuei instintivamente, com medo do que poderia acontecer a seguir. Aquela cena era como um pesadelo do qual eu não podia acordar, e eu me senti completamente impotente diante do perigo iminente.

Meu coração disparou quando vi Ian se contorcendo em agonia após o beijo da vampira. Seus gritos de dor ecoaram pelo jardim, enchendo o ar com uma atmosfera de desespero e aflição. Eu me senti completamente impotente, incapaz de fazer qualquer coisa para ajudá-lo enquanto a garota sorria com desdém para mim, como se estivesse me desafiando a fazer algo a respeito.

Meus gritos de pânico rasgaram o ar, ecoando pelo corredor da fortaleza vampírica enquanto eu implorava por ajuda. Eu precisava de alguém, qualquer um, para vir em socorro de Ian antes que fosse tarde demais. Mas o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, e eu me senti mais sozinha e vulnerável do que nunca.

Eu me agarrei à esperança de que alguém, em algum lugar, estivesse ouvindo meus apelos desesperados por ajuda. Mas à medida que o tempo passava, o desespero crescia dentro de mim, e eu sabia que precisava fazer algo para salvar Ian antes que fosse tarde demais.

Uma voz ecoando em minha mente parecia distante e irreconhecível a princípio, como um sussurro perdido em um mar de pensamentos confusos. Mas gradualmente, como se estivesse emergindo de um nevoeiro, comecei a perceber a familiaridade da voz de Max.

Ele me sacudia com firmeza, como se estivesse tentando me arrancar de um transe profundo. Minha mente turva lutava para se libertar do abraço do pesadelo que me aprisionara, mas aos poucos, a sensação de pavor começou a se dissipar.

Então, num piscar de olhos, eu me vi de volta à realidade, com o suor frio cobrindo minha pele e meu coração ainda martelando no peito. Era apenas um pesadelo terrível, percebi aliviada, mas a lembrança da agonia de Ian ainda pairava sobre mim como uma sombra.
Max estava ao meu lado, olhando-me com preocupação. Sua presença era reconfortante, e eu senti um alívio profundo por tê-lo ali comigo. Ainda atordoada pelo pesadelo, eu o encarei, agradecida por sua intervenção oportuna.

— Oh, meu Deus, Max, desculpe por isso. Acho que tive um pesadelo muito intenso. Fiquei te esperando, mas você demorou para vir e acabei pegando no sono.

— Não se preocupe, Adeline. Você está bem? Estava gritando por ajuda.

Um rubor toma conta do meu rosto por causa da vergonha.

—  Estou bem agora. Obrigada por me acordar.

— Você quer falar sobre o que estava sonhando?

Hesito um pouco, mas acabo falando:

— Era... sobre o Ian. Ele estava em perigo, e eu não conseguia fazer nada para ajudá-lo. Não tenho poder o suficiente para salvar nenhum de vocês caso seja necessário.

Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora