No dia seguinte fui informada sobre uma nova reunião antes de irmos para Gregiadar.
Ao entrar na sala para a reunião convocada por Max, meu coração disparou ao avistar Ian entre os presentes. A lembrança do beijo e da grosseria ainda ecoava em minha mente, alimentando uma sensação de desconforto e irritação.
Decidi concentrar-me em manter uma postura firme e profissional, evitando qualquer contato visual com Ian. Caminhei com determinação até meu assento, mantendo-me ocupada com meus próprios pensamentos e evitando qualquer interação com ele.
Apesar da tensão que pairava no ar, fiz o possível para permanecer focada no propósito da reunião. Max iniciou a discussão, abordando os planos e estratégias para os desafios que enfrentaríamos em breve. Enquanto ele falava, mantive-me atenta às informações, tentando absorver cada detalhe e contribuir de forma significativa para o planejamento.
Embora meu desejo fosse simplesmente ignorar a presença de Ian, era impossível não sentir seu olhar sobre mim em alguns momentos. Contudo, permaneci firme em meu propósito, mantendo minha expressão neutra e meu foco na reunião.
Apesar das emoções conflitantes que me assolavam, sabia que precisava superar qualquer desconforto pessoal em prol do bem maior. Afinal, estávamos unidos por um objetivo comum, e era essencial trabalharmos juntos como uma equipe para enfrentar os desafios.
Ao receber os papéis com os planos de defesa das mãos de Max, mergulhei neles com uma determinação meticulosa, deixando-me absorver cada linha e estratégia delineada. No entanto, ao me deparar com uma pauta que me causou incômodo, não pude ignorá-la, optando por abordar o assunto com a devida diligência e análise crítica, já que sou a conselheira do grupo.
— Max, permita-me expressar algumas preocupações em relação a este ponto específico do plano. — Comecei, adotando um tom ponderado, porém firme. — A abordagem proposta pode, de fato, apresentar certas lacunas que poderiam ser exploradas por nossos adversários, especialmente considerando o perfil e as capacidades deles.
Max observou-me com interesse, evidenciando sua disposição para ouvir.
— Compreendo, Adeline. Por favor, exponha suas preocupações com mais detalhes.
Respirei fundo, alinhando meus pensamentos para articular minhas observações com clareza e lógica.
— Ao considerar os métodos e estratégias típicos de nossos oponentes, sugiro que analisemos mais profundamente as possíveis vulnerabilidades que essa abordagem pode apresentar. Talvez possamos explorar alternativas que nos proporcionem uma defesa mais abrangente e adaptável às circunstâncias variáveis que podemos enfrentar.
Max assentiu, reconhecendo a validade de minha análise.
— Suas observações são pertinentes, Adeline. Vou revisar o plano com sua perspectiva em mente e considerar possíveis ajustes. Obrigado por trazer isso à nossa atenção.
Agradeci-lhe pela consideração, satisfeita por ter contribuído para o aprimoramento das estratégias defensivas do grupo.
Era gratificante ser reconhecida por minha capacidade de análise e pensamento crítico, reforçando minha confiança em minha inteligência e habilidades.
— Max, seria produtivo se pudéssemos revisar esses pontos juntos mais tarde. Pode ser em meu quarto, já que a sala de reunião estará sendo utilizada por outro grupo — sugeri, mantendo um tom profissional e sereno.
Ele concordou prontamente, demonstrando sua disposição para colaborar.
— Claro, Adeline. Será um bom momento para revisarmos e fazermos os ajustes necessários.
Enquanto finalizávamos os detalhes da reunião, percebi o olhar sugestivo e acusatório trocado entre Ian e Joe. Aquela troca de olhares intrigante não passou despercebida por mim, despertando uma sensação de desconforto. No entanto, mantive minha postura calma e focada, decidida a não me deixar distrair por qualquer tensão ou conflito entre eles.
Após discutirmos detalhadamente os planos de defesa e fazer as devidas contribuições, todos do grupo adicionaram alguns pontos importantes. A atmosfera estava carregada de concentração e determinação, com cada um de nós comprometidos em garantir a eficácia de nossas estratégias.
Ao final da reunião, quando me preparava para sair da sala, Ian se aproximou e, de propósito, esbarrou em mim. Embora tentasse disfarçar, não pude deixar de perceber a intenção por trás daquele gesto.
No corredor vazio, enquanto eu caminhava em direção ao meu quarto, percebi que Ian não havia seguido seu caminho como o resto do grupo e estava vindo atrás de mim. Meu coração acelerou e um leve nervosismo me tomou, mas tentei manter a calma e aumentei o passo.
Ao chegar perto do meu quarto, senti a presença dele se aproximando rapidamente por trás. Antes que eu pudesse fechar a porta, Ian alcançou e a segurou, impedindo-me de fechá-la na sua cara. Engoli em seco, tentando manter a calma diante da proximidade indesejada.
Ian soltou um riso sarcástico, seus olhos brilhando com malícia enquanto observava minha reação.
— Convidando o Max para o seu quarto mais tarde, Adeline? Que atitude interessante...
Ele disse, sua voz carregada de sarcasmo e desdém. Eu senti um arrepio percorrer minha espinha, mas mantive minha postura, não deixando que suas palavras me abalassem.
Ian continuou, sua voz carregada de sarcasmo e zombaria.
— Eu já sabia desde o início que você era esse tipo de mulher, serpente. Desde aquele dia em que apareceu com aquela camisola transparente no Campo de Flor de Esqueleto... Me mostrando sua bunda e seus peitos. Não me surpreende que esteja convidando o Max para o seu quarto agora.
Suas palavras cortam como facas afiadas, mas eu mantive minha expressão firme, recusando-me a mostrar qualquer fraqueza diante dele.
Ian continuou com sua voz afiada e sarcástica. Ele não cansa nunca, sempre esperando que eu revide para que o jogo se intensifique.
— Você é esperta, tenho que admitir — disse ele, os olhos faiscando com malícia — já está tentando jogar seu veneno no líder do grupo, não é? Achando que assim conseguirá vantagens.
Infelizmente não tenho controle sobre a minha boca afiada, e sinto prazer em responder aos insultos do Ian.
Por esse motivo digo com sarcasmo, enfrentando-o diretamente.
— Você está com ciúmes, namoradinho atencioso? — Provoquei, lançando-lhe um olhar desafiador. — Não gostou de imaginar outro homem no quarto da sua mulher?
Ian rosnou, seus olhos faiscando de raiva.
— Você não passa de uma garotinha insolente, pensando que pode brincar com fogo e sair ilesa. — Ele retrucou, sua voz carregada de hostilidade. — Não subestime o que eu posso fazer, serpente. Eu não sou alguém com quem você deva brincar.
Sua expressão era ameaçadora, mas eu não recuei, mantendo-me firme diante dele.
— Oh, Ian — respondi com um sorriso malicioso — ainda não percebeu que eu adoro brincar com fogo?
— Mas não deveria, rata.
Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas mantive minha postura desafiadora.
— Acha que eu me intimido facilmente, Ian? Para mim não importa a droga da imensidão do seu poder.
Ele deu um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre nós.
— Você não tem ideia do que é capaz de enfrentar, garota — ele murmurou, sua voz carregada de promessas sombrias — mas você vai aprender. Um dia, você vai entender o verdadeiro significado do medo.
Recuei um pouco, sentindo-me desconfortável com a intensidade de seu olhar. No entanto, não recuei completamente.
— Eu não tenho medo de você, Ian. — menti, minha voz soando mais firme do que eu me sentia. — E se você pensa que pode me intimidar, está muito enganado.
Ele soltou uma risada amarga, seus lábios se curvando em um sorriso sinistro.
— Quer mesmo me fazer acreditar que você não tem medo de mim?
— Você não tem coragem de tentar nada contra mim, Ian. Você é apenas um covarde que se esconde atrás de ameaças vazias.
Ian avança em direção a mim, sua expressão cheia de fúria. Antes que eu possa reagir, ele me agarra e me joga na cama com força, fazendo-me ofegar de surpresa e medo. Ele se posiciona entre minhas pernas e me imobiliza com facilidade.
— Covarde? Você realmente não entende, não é? Eu sou muito mais do que você pode imaginar. Eu sou uma força da natureza, e você está brincando com fogo ao me desafiar.
Eu luto para me libertar de seu domínio, mas seus braços são como ferro ao redor de mim. Seu rosto está próximo demais, sua respiração quente contra a minha pele, e eu me sinto sufocada pela proximidade ameaçadora.
— Você acha que pode me enfrentar? Você não tem ideia do que é capaz de provocar, serpente. Você despertou algo em mim que estava adormecido há muito tempo. E agora, não há como voltar atrás.
Sua voz é baixa e perigosa, suas palavras reverberando no ar como um aviso sinistro. Eu sinto meu coração bater mais rápido, o medo se misturando com uma determinação teimosa.
— Eu não tenho medo de você, Ian. Eu nunca vou me curvar diante de alguém como você. Você não pode me controlar.
Mas, apesar das minhas palavras bravas, uma parte de mim está tremendo de medo. Eu sei que estou em perigo, que enfrentei algo que está além do meu controle. E enquanto Ian olha para mim com seus olhos ardentes de raiva, eu me pergunto o que mais ele é capaz de fazer.
— Eu disse que se me chamasse de namorado atencioso de novo eu te foderia até você não suportar andar — Ian sussurra em meu ouvido, com sua voz carregada de raiva e ameaças sombrias — e agora, coisinha feia, eu vou te mostrar que não faço promessas em vão.
— Ah, é mesmo? — O provoco com desdém. — Vai me foder até que você e eu sejamos meros Extenuantes sem poderes? — solto uma risada beirando a loucura. — Então vá em frente, Ian! Me fode! Eu te desafio! Me fode com força! Coloca a porra da sua raiva para fora!
Sinto sua mão tatuada apertando meu pescoço com força, me privando de ar enquanto ele me observa com uma mistura de perigo e excitação.
Seu pau está completamente duro entre minhas pernas, como se a visão do meu pescoço sendo esmagado por sua mão fosse o suficiente para fazê-lo gozar.
Ainda chocada com sua coragem e sua atitude desafiadora, mordo meu lábio inferior, odiando-o cada segundo mais, embora, no fundo, minha boceta esteja ficando molhada com a visão de seu rosto me encarando com raiva e desejo. Esse filho da puta é lindo até quando se parece com um demônio devorador de almas.
Sinto nojo de mim mesma ao levantar um pouco o quadril no colchão e apertá-lo contra seu pau duro como pedra diante de mim.
Ele rosna ao sentir a fricção de nossas partes íntimas e empurra o quadril contra o meu também, em uma resposta rápida e acelerada de que se ninguém nos impedir, ele vai mesmo me foder.
E eu vou deixar...
E provavelmente vou gozar no pau dele.
Porra, porra, porra...
O que eu fiz?
Ian começa a tirar a minha roupa, expondo meus peitos vulgarmente, quando ouço batidas urgentes na porta do quarto. Um misto de alívio e decepção percorre meu corpo quando reconheço uma voz do outro lado.
— Pare com essa porra, Ian!
Claro que seria o Joe o responsável por impedir que o Ian me comesse. Embora as paredes grossas do quarto impeçam que o som ecoe pelo o corredor, ele tem super audição e devia estar por perto.
A voz de Joe soa determinada e séria, e eu podia imaginar a expressão implacável em seu rosto. Ian sai de cima de mim, voltando a minha blusa para o lugar como se tentasse esconder minha nudez de seu amigo.
Com um suspiro de alívio, levanto-me da cama e assisto o cara mascarado abrindo a porta.
Joe entra no quarto com uma expressão dura, seus olhos fixos em Ian, que ainda parecia atordoado com suas próprias ações. Havia uma tensão palpável no ar.
— Você perdeu a cabeça, cara? O que você estava pensando?
Ian olha para Joe, sua expressão mudando de surpresa para algo próximo do arrependimento. Pela primeira vez desde que ele entrou no quarto, ele parecia ciente do que estava acontecendo ao seu redor.
— Eu... Eu não sei. Eu só... perdi o controle.
Sua voz está fraca, e por um instante, eu senti pena dele. Mas então me lembrei da intensidade assustadora de seus ataques e endureci minha expressão.
— Foi culpa dessa venenosa do caralho!
— Bem, da próxima vez, pense duas vezes antes de agir como um animal. Agora, saia daqui. Deixe essa garota ridícula em paz. Não podemos nos prejudicar por causa de algo tão insignificante quanto ela.
— Isso! Deem o fora do meu quarto, seus babacas de merda! — grito enfurecida.
Ian se afasta lentamente, lançando um último olhar em minha direção antes de sair do quarto.
Assim que ele se foi, eu me vi tremendo, ainda processando o que acabara de acontecer. Só nesse momento percebo que isso séria o pior erro da minha vida, transar com o Ian vai contra meus próprios princípios. E embora Joe tenha me ofendido, eu agradeço silenciosamente por ele ter intervindo a tempo.Obrigada por ler! Deixe aqui o seu voto e um coração azul para mim🩵
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Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)
Romansa🪙 1° erótico | 25/09/2024 Em "FLOR DE ESQUELETO", somos transportados para um mundo sombrio, onde a humanidade enfrenta sua maior ameaça: uma escuridão implacável que consome tudo em seu caminho. Neste cenário desolador, os vampiros emergem como a...