Capítulo 33

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Joe


Minha mente estava turva de emoções enquanto eu permanecia no quarto com os outros membros da equipe. A tensão pairava no ar, pesada e sufocante, enquanto eu tentava disfarçar meu desconforto diante da situação. As memórias do Dave através de sua sombra faiscavam em minha mente e meu olhar vagava pelo ambiente, buscando distração em qualquer coisa que não fosse a realidade desconcertante que se desenrolava há alguns metros. Eu podia sentir a raiva borbulhando dentro de mim, uma chama ardente.

Meu melhor amigo estava lá fora, no banheiro, fodendo Adeline. E eu, com minha audição aguçada, era incapaz de ignorar os gemidos que escapavam pelas frestas da porta.
Eu sentia meu corpo tenso, minhas mãos cerradas em punhos apertados, lutando para conter a raiva que ameaçava me consumir.
Minha mente era um turbilhão de pensamentos tumultuados, cada um mais perturbador do que o outro. A raiva que eu sentia em relação a Ian não se limitava apenas ao que ele estava fazendo com Adeline, mas sim às consequências devastadoras que isso poderia acarretar.

Ele sabia muito bem as regras que regiam nosso mundo. Sexo com penetração entre preponderantes resultava na perda de poderes, uma queda que poderia comprometer seriamente nossa capacidade de enfrentar os desafios.
Eu queria confrontar Ian, sacudi-lo até que ele percebesse o quão irresponsável e egoísta estava sendo. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que não poderia arriscar expor nossa fraqueza para o inimigo. Nossos poderes eram nossa única vantagem nesta batalha, e não podíamos nos dar ao luxo de perdê-los por caprichos impulsivos.
Meu coração ferveu quando Ian entrou no quarto, faltando apenas vinte minutos para o início do segundo teste do desafio. Instantaneamente, as memórias dele passaram diante dos meus olhos como um filme acelerado, uma visão indesejada do que acontecera no banheiro.

Eu podia ver claramente cada momento, cada toque, cada estocada que ele deu nela, cada suspiro compartilhado entre ele e Adeline. A raiva borbulhava dentro de mim. Mas ao mesmo tempo, algo mais estava se agitando dentro de mim, algo que eu lutava para ignorar.
Apesar da minha indignação, eu não podia negar a intensidade daquela experiência. Uma sensação de excitação começou a se infiltrar em minha raiva, uma resposta física e primal ao que eu estava testemunhando. Meu corpo reagia automaticamente, atraído pela energia sensual que emanava daquelas memorias.
A raiva e a excitação colidiam dentro de mim, uma batalha interna que eu não sabia como vencer.
Enquanto Ian se aproximava, com sua expressão neutra, eu lutava para manter minha compostura. Por fora, eu permanecia impassível, minha máscara de controle intacta. Mas por dentro, eu estava em chamas.
Eu queria fazer aquilo com ela também.

Enquanto o tempo continuava a se esgotar antes do próximo teste, eu me encontrei preso em um redemoinho de desejo e desespero, sem saber como escapar da tempestade que eu mesmo ajudara a criar.
Ian se aproximou de mim, sua voz baixa e cautelosa para que os outros não ouvissem.

— Você já sabe o que eu fiz, não é? — ele murmurou, seu olhar cheio de culpa.

Eu o encarei com frieza, minha raiva ainda fervendo sob a superfície.

— Claro que eu sei — respondi com grosseria, mal conseguindo conter minha indignação.

— Perdi o controle. De novo.

— Pois é — resmungo — o que pretende fazer agora? Seus poderes vão enfraquecer até sumir.

Antes que a situação pudesse esquentar ainda mais, Kasper se aproximou, seu olhar inquisitivo pairando sobre nós.

— Onde está Adeline? — ele perguntou, e foi então que me lembrei de que nenhum deles, além de mim, sabia o que realmente havia acontecido.

Ian respondeu rapidamente, sua expressão tranquila, mas seus olhos traiam uma tensão subjacente.

— Ela precisou ficar mais um tempinho no banheiro — ele disse, sua voz soando um pouco forçada — mas ela já está bem.

— Ela precisa vir agora — Max diz — o segundo desafio começa em alguns minutos.

— Vou atrás dela — digo, passando um olhar de canto para o Ian. Em seguida saio do quarto e caminho até o banheiro.


Adeline

A água morna caía sobre minha pele levando embora toda a porra que estava entre minhas pernas.

Eu já havia perdido a conta de quantos banhos havia tomado hoje.
Enquanto eu me movia sob o spray reconfortante, a sensação de dor era mais pronunciada em minhas partes íntimas, uma pontada suave que me lembrava das atividades dos minutos anterior. Não era uma dor aguda ou insuportável, mas sim uma dor persistente e ardente. Meu pescoço estava cheio de marcas de dedos e mordidas, minha bunda continua vermelha, meus peitos estão doloridos e minha boceta... bem... aqueles dois a destruíram.

Eu tento não me concentrar nela, em vez disso, tento encontrar conforto na água que me envolve.
Enquanto a água morna acariciava minha pele, eu podia sentir uma eletricidade percorrendo meu corpo, uma sensação sutil e deliciosa que parecia vibrar em cada fibra de meu ser. Era como se um fio invisível de energia conectasse minha barriga, fazendo-me estremecer com a intensidade do contato.
Apesar das dores suaves que ainda latejavam em meu corpo, uma sensação de relaxamento começava a se insinuar, uma calma reconfortante que se espalhava lentamente por mim. Eu me sentia como se estivesse flutuando, envolta em uma aura de serenidade e renovação.

As cenas de alguns minutos atrás ainda ecoavam em minha mente, cada toque, cada beijo, cada gemido, cada mordida, cada tapa ressoando dentro de mim como uma sinfonia de paixão e desejo. Mesmo agora, com a exaustão pesando em meus membros, eu me sentia viva de uma maneira que nunca antes havia experimentado.
Havia uma eletricidade carregada que parecia pulsar ao meu redor. Cada respiração era como um suspiro de prazer, cada movimento era uma dança sensual entre eu e o mundo ao meu redor.

Eu me sentia mais forte do que nunca, como se tivesse passado por um renascimento, emergindo das cinzas com uma nova determinação e uma nova compreensão de mim mesma. Era como se todas as minhas inseguranças e medos tivessem sido deixados para trás, substituídos por uma confiança inabalável e uma sensação de poder interior.
Joe entrou no banheiro e seus olhos encontraram os meus, cheios de desejo e intensidade. Eu o encarei de volta, completamente nua diante dele, sem qualquer resquício de inibição. Minha boceta ainda está inchada e vermelha por causa do atrito dos outros dois selvagens.

Ele me observou por longos minutos, observando as marcas que os outros deixaram em minha pele, sua expressão revelando um turbilhão de pensamentos que eu não podia decifrar completamente.
Um sorriso brincou em meus lábios enquanto eu me mantinha sob seu olhar penetrante.

— Mesmo exausta, ainda aguento mais um — eu disse, desafiadora, provocando-o com minha ousadia.

Mas sua reação foi diferente do que eu esperava.

Uma carranca se formou em seu rosto, suas palavras cortantes, pedindo para que eu me vestisse, pois precisava me preparar para o teste que se aproximava. Senti uma pontada de decepção ao ver seu desejo reprimido pela a raiva que eu ainda não entendia.
Assenti em silêncio, ciente de que o momento não era adequado, Ian disse que o Max tirou o comando apenas dele, então mesmo se Joe quisesse, não poderia fazer nada.

Enquanto me vestia, pude sentir o peso das palavras não ditas pairando entre nós, uma promessa implícita de que ainda havia muito a ser discutido entre mim e Max  e que Joe não ficaria do meu lado.

Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora