Sinto o metal frio das correntes apertando meus pulsos enquanto estou sentada à mesa do refeitório. Meus movimentos estão restritos, mas minha fome descontrolada não conhece limites. Os olhares julgadores dos outros vampiros ao redor não são capazes de me fazer parar.
O Cidraki, com sua postura rígida e olhar de desaprovação, observa-me com repulsa enquanto como. Sinto o peso de seu julgamento sobre mim, mas já estou além do ponto de me importar. Minha mente está repleta de pensamentos suicidas sobre o que me aguarda no futuro, e cada pedaço de comida parece um pequeno ato de rebeldia contra meu destino incerto.
— Você come igual um animal selvagem! — Cidraki me repreende, e em um momento de surto de coragem grito com a boca cheia de comida:
— Foda-se!
Sinto um arrepio percorrer minha espinha quando o Cidraki me ameaça por ter levantado a voz. Seu tom é gélido e autoritário, e eu me encolho um pouco sob seu olhar penetrante. No entanto, minha fome voraz não cede diante da ameaça. Continuo comendo como se minha vida dependesse disso.
Os olhos do Cidraki estreitam-se com desaprovação enquanto observa minha determinação em continuar comendo. Seu silêncio é mais ameaçador do que qualquer palavra poderia ser. Mas não posso parar. Não agora.
Kasper se aproxima com um sorriso no rosto, seus olhos brilhando com diversão ao me ver comendo vorazmente.
— Adeline, você está devorando essa comida como se fosse a última refeição da sua vida, querida — ele comenta com uma risada suave, seu tom leve e descontraído aliviando um pouco a tensão ao meu redor.
Dou uma pausa na minha voraz ingestão de alimentos, olhando para ele com um sorriso torto.
— Bem, considerando as circunstâncias, pode muito bem ser — respondo com um leve toque de ironia em minha voz, tentando fazer piada da minha situação precária.
Kasper ri, seu riso sincero inundando o espaço ao nosso redor.
— Você tem um ponto. — Ele concorda, dando de ombros com um sorriso. — Mas não se preocupe, Adeline. Ainda temos muitos truques na manga para garantir que você saia dessa ilesa. Se depender de mim, você se tornará uma Dominante.
Nesse momento, Kasper olha ao redor, notando a presença do Cidraki que observa a cena com expressão severa. Ele se inclina um pouco mais para mim, sua expressão tornando-se mais séria.
— Ele está cuidando de você direito? — Kasper pergunta.
Suspiro, olhando para baixo antes de começar a compartilhar os detalhes sombrios de como o Cidraki tem me tratado desde que fui capturada.
Conto a Kasper sobre as correntes apertadas, a cela fedorenta e gelada, os olhares de reprovação e as ameaças veladas.
Kasper franze a testa com indignação ao ouvir minha descrição do tratamento que tenho recebido do Cidraki. Seu olhar torna-se sério e determinado enquanto ele se volta para o Cidraki, que ainda observa a cena com sua habitual expressão severa.
— Cidraki — ele chama com firmeza, sua voz ecoando pelo refeitório —, é inaceitável o modo como você tem tratado Adeline. Como membro desta comunidade, ela merece respeito e cuidado adequado.
O Cidraki ergue o queixo em uma atitude desafiadora, mas Kasper não se intimida.
— Ordeno que cuide dela com dignidade e a coloque em um quarto confortável imediatamente — ele continua, sua voz firme e autoritária — não tolerarei mais nenhum desrespeito ou negligência em relação a ela.
Ovulei.
— Eu sigo as ordens que me são dadas — Cidraki responde, sua voz carregada de desafio — se você quer que ela seja tratada de forma diferente, terá que convencer aqueles que estão acima de mim.
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Flor De Esqueleto - Harém Reverso - livro 1 (CONCLUÍDO)
Storie d'amore🪙 1° erótico | 25/09/2024 Em "FLOR DE ESQUELETO", somos transportados para um mundo sombrio, onde a humanidade enfrenta sua maior ameaça: uma escuridão implacável que consome tudo em seu caminho. Neste cenário desolador, os vampiros emergem como a...