03- Obsessão

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Damon Salazar

Era hoje.
O dia mais importante de nossas vidas fodidas e caóticas: o aniversário de 18 anos do nosso pequeno anjo, Gina. Ela era linda, a garota mais linda que já havíamos visto em toda nossa vida. Seus olhos verdes eram como diamantes que brilhavam a cada vez que ela sorria. Seu sorriso era deslumbrante.

A ideia de comprar um buquê de rosas brancas foi do Saulo, ele dizia que ela era a coisa mais pura e única que existia naquele mundo sujo e tenebroso. Realmente, era verdade. Gina era pura, inocente e doce. Incapaz de machucar qualquer coisa ou pessoa, era fácil de manipular aquela cabeçinha linda e transformá-la.

Desde que nós mudamos para a vizinhança, ouvimos rumores sobre a família Pellegrine, rumores nada agradáveis. Alguns vizinhos suspeitavam que o pai espancava constantemente sua esposa e sua filha, outros disseram que eles eram membros da igreja e sempre foram devotos á religião, incluindo Gina, fazendo com que ela estivesse presa a eles.

Já havíamos reparado em vários comportamentos estranhos entre Gina e sua família, como por exemplo o estranho fato dele não deixar nenhum homem falar com ela. Quando qualquer homem se aproximava, ele afastava Gina e a trancava no quarto. Como sabíamos disso? Nossas casas eram de frente uma para a outra e tínhamos ampla visão para o quarto dela através da sua janela.

Na madrugada, nós entramos em seu quarto. Era tão boba que se esquecia de trancar a janela, uma presa fácil para pervertidos. Não era tão difícil entrar, era somente escalar o muro da casa e subir até sua varanda. Ao entrarmos, deixamos o buquê com um bilhete para ela e nos deparamos com sua linda imagem serena na cama, vestindo uma camisola branca e com sua calcinha á mostra. Aquilo estava me deixando excitado pra caralho.

Acariciamos sua bochecha e nos ajoelhamos perto da sua cama.

- Ela ainda vai ser nossa e de mais ninguém, quem tocar nela vai morrer. - Saulo disse.

- Concordo plenamente, irmão. Ela será inteiramente nossa, vou adorar foder ela.

- Cala a boca, Victor. Não podemos foder ela assim de primeira, não quero assustá-la quando a sequestrarmos. - Stefan sussurrou.

- Você é nossa, anjo. Agora durma bem, porque se você acordar, não vamos nos controlar. - eu disse beijando sua testa.

Fomos embora novamente pela janela e voltamos para nossa casa, aguardando ansiosamente pela manhã.

Algumas horas depois...

Amanheceu. Desci as escadas e Saulo e Stefan estavam na cozinha preparando o café. Stefan estava lendo um jornal e Saulo estava fritando os ovos.

- Bom dia, irmãos.

- Bom dia, fratello.

- Buongiorno!

- Victor ainda está dormindo?

- Aparentemente, sim. Ele sempre dormiu mais que nós desde que éramos crianças.

- Pois é.

- Vamos esperar ele acordar para conversarmos sobre hoje.

- Tem alguma ideia para hoje?

- Sim, mas só a usaremos se for realmente necessário.

- E qual seria?

- Depois conto.

Enquanto tomávamos café, Victor desceu e nos cumprimentou, em seguida se sentou conosco e começou a comer bacon com ovos, enquanto nós comíamos frutas e panquecas.

- Bom, agora que estamos todos aqui, diga qual o seu plano para hoje, Damon. - Stefan disse tomando seu copo de suco de laranja.

- Se quisermos que Gina seja nossa, vai ter que ser á força. Ela nunca vai aceitar fugir conosco e se envolver com nós quatro, é pura demais pra isso.

- E se conversarmos com jeitinho e usar os sentimentos dela á nosso favor? - Victor pergunta.

- Mesmo que ela seja apaixonada por nós desde a adolescência, não vai mudar nada. Ela é devota demais e acha que olhar para um homem é pecado! - Saulo bufa irritado.

- Tá, mas estamos esquecendo o ponto principal disso tudo!

- Que seria?

- Os pais dela. Mesmo que Gina viesse de boa vontade com a gente, os pais dela iria procurá-la e estragar a porra toda do plano.

- Então, só nos resta uma maneira dela ser nossa sem nenhum problema.

- Não está sugerindo que... - Stefan pergunta lentamente ao perceber minhas reais intenções.

- Sim, Stefan. Eu estou sugerindo que matemos os pais da Gina.

- Olha, por mais que sejam os pais dela, eu tô com uma vontade de matar alguém já faz um tempo e eles merecem por tudo que fizeram á ela. Nossa garotinha foi machucada demais.

- E também vai ser conosco.

- Saulo! Pare de ser assim, tente ser mais receptivo quando ela estiver conosco. Lembre-se: só iremos machucá-la para colocá-la na linha, quero que ela goste de nós.

- Ela já gosta, só falta admitir que nos pertence.

- Enfim, o que acham?

- E se nos descobrirem?

- Não vão. Nós já deixamos tudo pronto: o chalé, os passaportes, documentos, translado. Só falta a peça principal: nossa mulher.

- Ela não é uma mulher ainda, é uma garotinha inocente.

- Mas vai deixar de ser assim que estiver sendo fodida por nós quatro naquele chalé. Vou adorar usar uns brinquedinhos naquela boceta apertada.

- Saulo, estamos comendo e você falando de sexo agora? - Stefan reclama.

- Ué, mas ela não vai ser nossa refeição? Então pronto!

- Vocês são uns idiotas! - Victor joga uma torrada em Saulo.

- Cala a boca, pirralho! - eu disse rindo.

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora