17- carinho

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Victor Salazar
08:00

Acordei e vi o amanhecer do sol. Os pássaros estavam cantando e aquilo me irritava, eu estava com muito sono ainda. Me levantei da cama ainda sonolento e fui tomar banho, depois vesti uma calça e uma blusa social e desci para tomar café. Stefan e Damon estavam se servindo á mesa.

- Buongiorno, fratellos.

- Buongiorno, Victor. - eles disseram em uníssono.

- Dormiram bem?

- Sim, e você?

- Mais ou menos, ouvi Gina chorar á noite inteira.

- É meio natural que ela tenha esse comportamento, ela ainda não nos ama e nunca vai amar se continuarmos tratando ela assim.

- Não me importo, ela está com a gente e vai se acostumar, é o que importa. Quando será o casamento?

- Quando formos para casa, o Conselho está requisitando nossa presença na reunião do matrimônio.

- Estou com pena do nosso anjo. - Stefan disse com um olhar distante.

- Por que?

- Até pouco tempo, era negligenciada pelos pais, agora ela foi sequestrada por quatro mafiosos obcecados por ela e que vão se casar com ela, tornando-a uma dama da famiglia Camorra. Ela nos odeia e eu odeio fazê-la sentir isso.

- Stefan, para de ser um santo. No fundo, você quer foder aquela boceta tanto quanto nós. Ela é nossa garota, temos que fazê-la nos amar.

- Acha que ela vai nos amar se a estuprarmos?

- Não é estupro.

- Não aja com hipocrisia Victor! Você sabe muito bem que é.

- Stefan, ela vai ser nossa esposa e nas leis da máfia, a mulher deve se submeter ao seu marido, no caso nós quatro. Mesmo que não fosse lei, eu faria da mesma forma. Uma hora, ela vai ter que aceitar caralho!

- Ela pode aceitar se nós a tratarmos bem, mas vocês insistem em tentarem domá-la como se ela fosse um bicho.

- Ela é o nosso bichinho. Ela é muito fofa, mas vai ficar mais fofa ainda quando estiver gozando nos nossos paus.

- Você é um babaca.

- Eu sei, por isso eu me amo.

- Chega vocês dois, vamos tomar café como uma família normal por favor. - Damon disse impaciente.

- Desde quando somos normais, querido irmão?

- Verdade, nunca fomos.

- É isso que nos faz sermos os irmãos Salazar.

- Um brinde! - nós brindamos com nossas xícaras de café. Saulo em seguida desceu as escadas com um sorriso e nos olhamos curiosos com aquilo. Ele quase nunca sorria. Ele se sentou conosco e começou á se servir.

- Buongiorno, fratellos.

- Buongiorno, Saulo. - nós dissemos em uníssono.

- Pelo visto a noite foi boa, está sorrindo.

- Pois é, eu relaxei um pouco.

- Ah é? E o que você fez para relaxar?

- Digamos que talvez, ontem eu e Gina tivemos uma conversa como dois adultos e ela concordou em ficar na linha.

- Hmm... ameaçou? - Damon perguntou.

- Não, eu apliquei um leve castigo nela.

- O quê? - dissemos assustados. Stefan se levantou da cadeira e deu um soco na cara de Saulo, que caiu e se levantou em seguida dando outro soco. Damon segurou Saulo e eu segurei Stefan, antes que se batessem de novo.

- Filho da puta! Não toque nela!

- Ela é nossa noiva e mereceu o castigo!

- Vai se foder!

- Se acalmem, pelo amor de Deus! Saulo, onde ela está?

- No quarto, dormindo com a bunda vermelha.

- Seu desgraçado!

- Para, Stefan!

- Qual o seu problema? Será que não consegue tratá-la bem por um dia sequer?

- Ela escolheu apanhar do que se desculpar comigo, ela que quis apanhar de chicote! A culpa não é minha que Gina é tão teimosa, caralho.

- Olha aqui, seu...

- Rapazes, calem a boca! - eu disse após ver Gina descendo as escadas com sua camisola de seda rosa em direção á cozinha. Ela estava com o rosto vermelho de tanto chorar provavelmente e estava de braços cruzados tentando se cobrir. Além de triste, estava envergonhada já que seus seios estavam bem á mostra e aquilo estava nos deixando com água na boca.

- Gina? - Stefan disse.

Ela ignorou e foi até o armário da cozinha, parecia estar procurando alguma coisa. Ela achou uma caixa de remédios perto da pia e subiu novamente para o quarto, nos deixando sozinhos ali. Soltamos meus irmãos e subimos até o quarto dela, mas a porta estava trancada.

- Mio angelo, abra a porta, por favor. - Damon disse batendo em sua porta com delicadeza para não assustá-la.

Ela não hesitou e destrancou a porta no minuto seguinte. Adentramos no cômodo e ela estava em frente ao espelho, espalhando uma pomada para assaduras em sua bunda vermelha. Stefan a abraçou por trás, mas ela o empurrou.

- Gina, não me afaste de você, querida.

- Já viram o castigo que Saulo escolheu pra mim, podem ir agora.

- Nos deixe cuidar de você.

- Acho que o cuidado de vocês só me machuca, então não, obrigada.

- Gina, eu... - Saulo disse, mas ela o interrompeu.

- Não! Não fale nada, só me deixem um momento sozinha por favor. Só peço isso.

- Vamos embora, Saulo.

- Me desculpe, Gina!

- O quê? - nós dissemos assustados com o que ele tinha acabado de dizer. Saulo só havia pedido desculpas a ela uma vez, ele era orgulhoso demais. Aquilo fez os olhos de Gina se encherem de lágrimas novamente.

- Desculpar?

- Me desculpe, querida.

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora