05- confissão amorosa

17.3K 1.2K 125
                                    

Stefan Salazar

Colocamos Gina numa situação delicada onde ela não sabia como sair, era inocente demais. Damon e eu bloqueamos a porta e Saulo a segurou contra seu peito e logo em seguida sussurrou a pergunta crucial. Ela olhou para nós e abaixou a cabeça.

- O quê?

- Sim, Gina. Nós já sabemos, sabemos á muito tempo que você sente algo por nós e tenho certeza que esse sentimento não vai sumir tão rápido. Então vamos lá, admita, acabou Gina.

- Saulo, por favor pare, eu não sei, eu não posso...

- Não pode ou não quer? Está com vergonha?

- Sim...

- Não tenha vergonha Gina, nós já sabemos de tudo, só queremos ouvir dos seus doces lábios a verdade.

- Eu, eu...

- Saulo, chega!

- Cala a boca, Stefan.

- Saulo, ela está constrangida, deixa ela ir por ora.

- Caralho, por que sempre tem que bancar o irmão bonzinho? Ela já está quase lá.

- Saulo, para! Está assustando ela! - Damon disse.

- Foda-se, porra! Eu quero ouvir!

Ele largou Gina bruscamente e veio até nossa direção.

- Saulo, se continuar assim nós nunca vamos conquistá-la, seja paciente.

- Eu estou me segurando desde que ela tinha 14 anos! Porra, estamos nos segurando á 4 anos e agora que ela pode nos dizer, vocês interrompem?

- Só queremos dizer que é melhor pegar leve.

- Foda-se, eu concordo com o Saulo. - Victor disse irritado.

- Obrigado, irmão!

- Victor, cala a porra da boca!

- Estou errado? Ele tem razão, se pressionarmos ela um pouquinho, ela vai confessar. A gente está a 4 anos esperando ela virar adulta para finalmente podermos pegá-la e agora que ela está aqui, vocês querem deixá-la ir? Por mim, a gente levava ela daqui mesmo.

- Para de ser idiota! O plano não foi esse!

Enquanto discutíamos, ouvimos um barulho de choro e percebemos que Gina estava virada de costas para nós com os braços cruzados.

- Olha o que você fez, seu babaca! - Damon o empurrou irritado com sua grosseria.

- Gina, nos desculpe por isso, é que hoje o Saulo está um pouco... arisco, sabe? - eu disse tocando em suas costas para acalmá-la.

- Ele tem razão. É verdade.

- O quê? - nós dissemos em uníssono.

- O Saulo tem razão: eu gosto de vocês.

- Caralho! Ela falou!

- Eu gosto de vocês desde a primeira vez que nos vimos, desde que conversamos, desde que eu olhei vocês. Desde esse dia, eu senti algo por vocês que sempre me deixava com o peito acelerado e com minhas bochechas vermelhas. Então sim Saulo, eu admito: eu gosto de vocês, mas o que importa? Vocês nem se importam comigo.

- Importa sim, Gina.

- Não, não importa. Eu já vi as mulheres que entraram aqui e eu sei que vocês gostam delas e não de mim.

O choro dela partia nosso coração, principalmente o meu. Ela achava que nunca nos importamos com ela, sendo que desde os 14 anos, somos obcecados por aquela ninfeta dos cabelos cor de mel. Ela confessou, seu coração era nosso.

- Aquelas mulheres não importam pra gente, só você Gina.

- É mesmo?

- Claro, nosso corpo é seu e o seu é nosso. Você já era nossa desde que olhamos pra você, meu anjo. Você só precisava admitir.

- Mas o que isso muda?

- Muda completamente tudo, você confessou que gosta de nós e agora só existe uma coisa á fazer: fazer com que você seja realmente nossa.

- Hã?

- Você quer ser nossa, Gina? - Damon perguntou segurando sua cintura.

- Ser de vocês? Não entendi.

- Quer ser nossa mulher, Gina?

- Não posso fazer isso, seria errado me envolver com vocês quatro, adultério é um pecado.

- Sabe o que também é um pecado? Se negar á algo ou alguém que te dá prazer, se negar ao que incendeia sua alma. Você nos quer Gina, é tão difícil admitir?

- Eu sinto muito, mas não posso desonrar meus pais dessa forma. Eles disseram que não poderia ter contato com homens até que eu me casasse.

- Mas o que você realmente quer, meu anjo? Seus pais não estão aqui. Você pode nos dizer.

- Eu só quero ir embora, por favor.

- Mas caralho...

- Saulo, deixa ela. Essa ninfeta não perde por esperar, deixa ela ir. - Victor disse com um semblante sarcástico.

- Tá bom, pode ir, meu anjo. É o que você quer? Então vai, sai da nossa casa agora. - Saulo disse com um tom grosseiro.

- Com licença.

Ela abriu a porta e saiu correndo em direção á casa da nossa vizinha, que estava esperando por ela na varanda. Elas pareciam ser muito amigas, Gina se sentia feliz com ela. Assim que ela saiu, Saulo socou a parede e gritou.

- Não adianta ficar com raiva agora! Você que foi um escroto com ela.

- Já estou perdendo minha paciência com Gina.

- Ela é inocente, o que você esperava? Que ela se declarasse e que se jogasse na nossa cama pra fodermos ela? Porra Saulo, você é um idiota mesmo.

- Ela já confessou os sentimentos e já demonstrou que quer ser nossa, então agora só temos que tirar uma pedra no caminho e ela será nossa. - Damon disse tomando uma dose de whisky.

- Damon, não acha que...?

- Stefan, ou é isso ou ela nunca vai nos ver de novo. Escolhe.

- Porra! Tá bom!

- Então está decidido, todos de acordo?

- Sim. - dissemos em uníssono.

- Então hoje á noite vamos agir e colocar um ponto final nisso tudo.

- Ok, essa noite esse ciclo se encerra. Ela vai ser nossa.

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora