29- o fim está próximo

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Gina Pellegrine
2 dias depois...

Já tinham se passado dois dias desde meu ultimato para Saulo, eu cansei de ficar sendo a boa menininha e eles não me respeitarem. Eu já estava no meu limite. A única coisa que estava sendo boa naquele tempo era minha sogra, dona Eleonora. Ela sempre estava me protegendo deles e não deixando-os ficar perto de mim. Stefan se mostrou triste por não falar comigo e os outros ficaram bem irritados.

Estávamos no jardim, conversando sobre o casamento e o plano de fuga. Eu mal podia esperar para escapar dali, ali não era o meu lugar, pelo menos não com eles.

- Tudo bem, Gina?

- Estou com tanto medo.

- Por que?

- O casamento está cada vez mais perto. Eles querem muito violar minha castidade.

- Oh... vocês não transaram ainda?

- Hã? Como assim?

- Transar, querida. Fazer sexo ou no caso, violar sua castidade.

- Meus pais sempre me ensinaram que se algum homem me tocasse, iria violar minha castidade, mas Damon me disse que não é assim e que eles vão fazer de outra forma. Eu não entendi o que ele quis dizer, de que forma irão fazer isso comigo?

- Gina, eles me falaram que você foi criada sob uma educação cristã bem rígida, seus pais nunca conversavam sobre esses assuntos com você?

- Não, eles nem sequer deixavam um homem falar comigo.

- Mas depois que meus filhos pegaram você, aconteceu alguma coisa?

- É... talvez.

- Alguma preliminar?

- Hã?

- Preliminares são algo que você faz antes do sexo para relaxar e não sentir tanta dor, no seu caso tenho certeza que eles te masturbaram.

- Eles tocaram na minha florzinha, o Stefan somente me beijou.

- Stefan não tocou em você?

- Não, ele foi o mais cavalheiro de todos eles. Saulo e os irmãos fizeram coisas comigo que me deixaram confusa.

- Confusa como?

- Era errado, eu violei meus ensinamentos ao ceder a luxúria deles, mas eu não resisti. Me desculpe dona Eleonora, mas eu simplesmente não consegui resistir! Eu não sei o que estava acontecendo, eu só sei que toda vez que eles me tocam, eu me arrepio e sinto um formigamento na minha florzinha.

- E aí eles tocam na sua florzinha para fazer parar?

- É, como sabe?

- Quando eu me envolvi com meu primeiro marido, eu também era um pouco inocente, mas sabia o básico e aprendi o resto com ele. Você chegou a ter um orgasmo?

- Eles disseram que sim, foi quando eles colocaram a língua deles dentro dela.

- Santo Deus, meus filhos são insaciáveis! Em algum momento, eles te forçaram?

- Não, eu quis. Eu gostei. Perdoe-me, Jesus Cristo, perdoe-me pela minha fraqueza.

- Gina, não há nenhum problema nisso, querida. Seus pais distorceram tudo, não é errado fazer sexo antes do casamento nem ter preliminares, errado é se privar do que te fornece prazer. Se você quer, diga á eles que façam com carinho, mas se você não quiser eles também não podem te obrigar. Toda mulher tem direito á dizer não.

- Eles disseram que são meus donos e que não posso me recusar á eles, porque são meus maridos.

- Gina, querida, olha eu vou conversar com eles de novo, mas não se preocupe. Se tudo der certo, você estará bem longe daqui em pouco tempo.

- Se eles me acharem, a senhora não faz ideia do que farão comigo.

- Farei o possível para que eles não te machuquem.

- Com licença, podemos falar com nossa noiva, mãe? - Damon disse após chegar instantaneamente e nos assustar.

- Oh que susto! Sim, podem. Gina, se precisar de mim é só gritar.

- Claro, obrigada.

Ela se retirou do jardim e foi em direção á casa, enquanto eles se sentaram no banco ao meu lado, mas eu me levantei e encostei na pilastra. Eu não queria ficar perto deles.

- O que querem?

- Viemos falar do casamento. Já estamos preparando tudo e queremos saber se já escolheu o vestido de noiva. - Saulo disse.

- Qualquer vestido preto, está ótimo.

- Preto?

- Para simbolizar o meu dia de luto ao entrar naquela igreja.

- Mio angelo, você fica linda de qualquer forma. Tenho certeza que ficará linda de preto também, aliás o vestido será seu.

- Nossa, jura? Então vou com um buquê de rosas pretas também e um caixão para eu me enterrar. - eu disse sendo debochada e Saulo agarrou meus braços com força, deixando sua marca vermelha neles. O olhar dele era escuro e sombrio.

- Olha Gina, a nossa paciência tem um limite e você não está cumprindo nosso acordo, onde está o respeito e a boa convivência?

- Eu que pergunto! Vocês também não estão cumprindo o acordo, ainda estão me machucando. Se não cumprirem, também não vou cumprir. Não sou obrigada á obedecer vocês, tenho direitos.

- Ora, ora, ora... nossa princesinha está virando adulta, irmãos. Mal posso esperar pra vê-la sendo adulta na nossa cama, acho que já que ela é adulta, ela não vai chorar né?

- Eu te odeio, Saulo. Você nunca me respeita! Nenhum de vocês me respeita! Monstros!

- Querida, estou ficando sem paciência, então só viemos te dar um aviso.

- Iremos agendar o casamento para daqui á três dias, então hoje você irá até uma loja escolher o vestido e tudo o que quiser comprar. Nós iremos te dar nosso cartão Black e a senha. Compre o que quiser e venha cedo para casa, queremos conversar com você á sós mais tarde.

Ele me soltou com brutalidade, fazendo meu corpo bater contra a parede. Eu limpei minhas lágrimas que escorreram pela bochecha e me virei de costas para eles. Ouvi Saulo indo embora furioso e bufei de raiva. A mão de Victor tocou em meu ombro e ele beijou meu pescoço, mas eu não senti nada, apenas medo. Sua boca se guiou até meu ouvido e disse:

- Use um vestido branco e fácil de abrir, por favor. Queremos nossa noiva mais linda do que já é, então não ouse aprontar nada, entendeu Gina?

- Sim, Victor.

- Diga sim, amor.

- Sim, amor. - eu disse com a voz embargada de choro.

- Boa menina. Até mais tarde!

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora