16- castigo

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Saulo Salazar

Durante o jantar, Gina ficou em silêncio olhando para o teto. Sua birra era totalmente irritante e sem sentido, era tão difícil dela entender que era nossa e que precisava obedecer? Porra! Depois que fomos para casa, meus irmãos foram para os quartos e no instante que ela subiu, eu agarrei seu braço e a coloquei por cima dos meus ombros.

- Ahhh Saulo! Me solte!

- Só depois que nós tivermos uma conversa.

- Monstro!

- Eu me contento com esse elogio.

Assim que entramos no escritório, eu tranquei a porta e a joguei no sofá de couro próximo a mesa. Me sentei em minha poltrona e coloquei meus pés em cima da mesa, enquanto acendia um charuto.

- Sabe Gina, se você fosse uma moça educada e obediente, você já estaria muito bem conosco. Mas você insiste em teimar e nos ofender!

- Vocês mataram meus pais na minha frente, me sequestraram e querem me obrigar á casar com vocês, como querem que eu fique? Feliz? Contente? Não, nunca!

- Depois do casamento, sabe que irá pagar por cada insulto, cada birra, cada coisa que você falar ou fazer terá consequências.

- Dona Francesca estava errada.

- Como assim? Aquela vizinha idosa?

- É, ela estava errada.

- Em que?

- Ela disse que vocês gostavam de mim, pelo visto era mentira. Vocês me enganaram.

- Gina, nós podemos ter todos os defeitos do mundo e mentir sobre qualquer coisa, mas eu te garanto que nós nunca mentimos pra você sobre nossos sentimentos. Nós te amamos de verdade, somos completamente loucos por você, anjo.

- Se me amassem de verdade, fariam o melhor para mim.

- O melhor para você é ficar conosco. Aprenda a nos amar e poderemos ser felizes.

- Não.

- Não?

- Não. Eu posso até me casar com vocês e tentar suportar o nojo do toque de vocês em mim na noite de núpcias, mas querer que eu aprenda a amar vocês é uma coisa totalmente impossível. Eu não quero amar vocês.

- Gina, você está apaixonada por nós quatro. Acha mesmo que irei acreditar nisso?

- Eu posso até gostar de vocês, mas não quer dizer que eu precise de vocês. Até que um dia eu vá embora daqui, eu irei fazer o possível para odiar vocês.

- Tudo bem então. Tire a calcinha e suba o vestido, fique de quatro no chão e se apoie no sofá.

- O quê?

- Isso mesmo que você ouviu, não me faça repetir Gina Pellegrine. Faça o que eu mandei agora.

Ela me olhou de cima a baixo e começou a tirar sua calcinha até que caísse sob o chão. Em seguida, ela subiu o vestido de cetim rosa até a barriga e se apoiou no sofá. Pude ouvir seu choro e seus tremores quando minha mão alisou sua bunda.

- Você tem uma bela bunda, Gina.

- Não seja imoral.

- Prefiro ser imoral do que não foder você. Escolha agora: o chicote ou a minha mão.

- Não!

- Escolha, vamos lá! Estou te dando a oportunidade de escolher com o que irei te espancar. Quer as minhas palmadas ou o chicote? - eu disse puxando seus cabelos com força.

- Prefiro que marque a minha pele com o couro de um chicote, do que com seu toque profano e nojento.

- Você que pediu, agora aguente firme.

Eu abri o armário e peguei um chicote de couro duro decorado com dourado. Assim que passei o couro na pele macia dela, ela se arrepiou de susto e abaixou a cabeça. Puxei seus cabelos novamente e disse em seu ouvido:

- Vou bater dez vezes e você vai contar todas elas. Se eu ouvir um choro ou algum barulho sequer, eu irei recomeçar as chicotadas. Entendeu?

- Sim, Saulo.

Ela merecia ser humilhada para que aprendesse a lição, então mandei que ela dissesse as palavras que tanto odiava.

- Diga: sim senhor, eu entendi que mereço ser punida por desobedecer meu noivo.

- Saulo, eu... ahhh! - ela gritou quando eu estalei o chicote em sua bunda.

- Fala, Gina.

- Sim, senhor, eu entendi que mereço ser punida por desobedecer meu noivo... - as palavras saíram com um suspiro de culpa da sua boca.

- Agora sim, boa menina. Está pronta?

- Faça logo, eu sei que quer.

- Eu só quero, porque você está me provocando. Se me pedir desculpas, eu paro aqui e agora.

- Me bata.

- Prefere apanhar do que se desculpar comigo?

- Sim. Me bata logo.

- Tudo bem.

Ao ouvir suas palavras, eu estalei o chicote em sua bunda, fazendo ela apertar o sofá de tanta dor que sentiu.

- Conte.

- Uma...duas...três...quatro...cinco...

Eu continuei batendo e batendo sem parar. Sua pele branca estava se transformando em vermelho vivo e eu ouvi seu choro, era impossível ela não chorar com o couro estalando na sua pele macia. Bati com mais força e por um instante, ela suspirou lento e parou de apertar o couro do sofá. Joguei o chicote no chão e me ajoelhei perto dela. Afastei seus cabelos e vi as lágrimas molhando o chão de tanto que ela chorava.

- Acabou, amore mio.

- Não me toque. Fica longe de mim.

- Gina, me desculpe, mas é que...

- Não! Me deixa em paz, só não me toca. Já conseguiu me punir, agora me deixe em paz.

Ela se levantou com dificuldade por causa da dor e destrancou a porta, saindo logo em seguinda cambaleando. Ela subiu as escadas até o seu quarto e eu fiquei ali no escritório, bebendo uma dose de whisky. Eu sabia o quão difícil era para ela nos aceitar, mas eu faria o possível e o impossível para que ela nos amasse um dia.

Ela era nossa e sempre seria nossa.

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora